quinta-feira, 17 de junho de 2010

Identificada primeira droga a demonstrar efeito terapêutico contra o autismo

Solicitei informações a profissionais sobre essa notícia e em breve comentarei melhor sobre ela. Fiquem de olho!


 Foto: Divulgação The Mount Sinai Medical Cente
Drogra de efeito terapêutico sobre um tipo de autismo desenvolvida pela Faculdade de Medicina Mount Sinai
Pesquisadores da Faculdade de Medicina Mount Sinai identificaram a primeira droga a demonstrar efeito terapêutico sobre um tipo de autismo. A droga mostrou eficácia na melhoria a comunicação entre as células nervosas de um modelo do rato com a Síndrome Phelan-McDermid (PMS). Os sintomas comportamentais de PMS enquadram-se na categoria do transtorno do espectro autista.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que uma mutação genética no cérebro chamada SHANK3 pode causar habilidades de linguagem ausentes ou severamente atrasadas, deficiência mental e autismo. A equipe de pesquisa desenvolveu ratos com o gene mutante SHANK3 e observou um lapso na comunicação entre as células nervosas no cérebro, que pode levar a problemas de aprendizagem. Essa falha de comunicação indicou que as células nervosas não foram amadurecendo de forma adequada.
Os pesquisadores injetaram então nos roedores um derivado de um composto chamado fator de crescimento 1 semelhante à insulina (IGF1), utilizado para tratar a insuficiência do crescimento em crianças.
Após duas semanas de tratamento, a comunicação entre as células nervosas foi normal e a adaptação das células nervosas para a estimulação, uma parte essencial da aprendizagem e da memória, foi restaurada.
"O resultado do tratamento com IGF1 nestes ratos é um desenvolvimento animador no caminho para terapias de pessoas com PMS", disse o pesquisador Joseph Buxbaum. "Se estes dados forem verificados em novos estudos pré-clínicos, os indivíduos com uma mutação SHANK3 podem se beneficiar de tratamentos com compostos como este."

fontes:

http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/7648/ciencia-e-tecnologia/identificada-primeira-droga-a-demonstrar-efeito-terapeutico-contra-o-autismo

 Síndrome deleción 22q13

De Wikipedia, a enciclopedia livre

  1. REDIRECT Plantilla:Ficha de doença
A deleción do extremo distal do cromosoma 22 associa-se a atrasos do desenvolvimento moderados a severos e a atraso mental. É conhecido também como síndrome de Phelan-McDermid.
 Etiología
A deleción afecta a região terminal do braço longo do cromosoma 22 (o cromosoma paterno em 75% dos casos), desde 22q13.3 até 22qter. Ainda que a deleción é o resultado de uma mutación de novo a maior parte do tempo, existe também uma forma hereditaria devida a traslocaciones cromosomales familiares envolvendo o cromosoma 22. Na forma de novo, o tamanho da deleción é variable e pode ir desde os 130kbp (130.000 pares de bases) até os 9Mbp (9.000.000 de pares de bases). Alguns signos clínicos parecem estar correlacionados com o tamanho da deleción, no entanto, as características principais da síndrome parecem ser independentes do tamanho, e dependentes só da deleción do gene Shank3 [1]. Acha-se que a haploinsuficiencia de Shank3 é a responsável pelos déficits neurológicos da síndrome (Wilson et a o., 2003).
A proteínas codificadas pelos genes Shank jogam um papel importante na maduración e estabilização das sinapsis entre neurónios no cérebro. Estas proteínas proveen o suporte estrutural para o asamblaje dos receptores de glutamato com o aparelho de señalización intracelular e o citoesqueleto na densidade postsináptica:
  • A inducción experimental da expressão de Shank3 tem mostrado ser capaz de produzir a formação de espinhas dendríticas funcionales em neurónios cerebelares lisas (sem espinhas dendríticas) (Roussignol et a o., 2005).
  • A actividade das redes de neurónios cerebrais regula a degradación de grandes grupos de proteínas postsinápticas através da proteína ubiquitina. As proteínas Shank foram identificadas como umas das poucas proteínas da densidade postsináptica que podem ser degradadas por ubiquitinación (Waites et a o., 2005)
Vão Bokhoven et a o. (1997) têm atribuído também o gene WNT7B à posição 22q13.3 [2]. Wnt7b actua através Dvl1 para regular o desenvolvimento dendrítico. Rosso et a o. (2005) descobriram que a sobreexpresión de Wnt7b produz um aumento da ramificación dendrítica em neurónios do hipocampo no cérebro do rato. Ratos knockout de Dvl1 são viables, fértiles e estruturalmente normais, mas mostram interacção social reduzida e patrões de sonho anormales (Lijam et a o, 1997)

Incidencia

Desconhece-se com certeza a incidencia da síndrome de deleción 22q13. A técnica genetica avançada essencial para sua diagnostico, hibridación fluorecente in situ (FISH pelas siglas em inglês de Fluorescent In Situ Hybridization), está disponível somente desde 1998 aproximadamente, e requer de laboratórios com instalações especializadas. Actualmente pensa-se que a síndrome de deleción 22q13 é probremente diagnosticado, e que pode ser uma das principais causas de atraso mental idiopático (Manning and a o. 2004).

Descrição

A quase totalidade dos meninos afectados de deleción 22q13 desenvolvem a linguagem com um atraso severo, ou nunca. Apresentam dismorfismos faciais menores, tais como unhas dos pés delgadas e quebradizas (78%); mãos grandes e carnudas (68%); grandes pés; orelhas prominentes e não muito bem formadas (65%); e outras características que não são evidentes ao exame visual como hipotonia (97%); crescimento normal ou acelerado (95%); grande tolerância à dor (86%); convulsões (percentagem desconhecida); estrabismo; anomalías da medula espinal; visão central pobre [3].

Referências e Fontes

  • Bonaglia MC, Giorda R, Mani E, Aceti G, Anderlid BM, Baroncini A, Pramparo T, Zuffardi Ou (2005) Identification of a recurrent breakpoint within the SHANK3 gene in the 22q13.3 deletion syndrome. J Med Genet (Epub ahead of print) PMID 16284256.
  • Manning MA, Cassidy SB, Clericuzio C, Cherry AM, Schwartz S, Hudgins L, Enns GM, Hoyme TENHO (2004) Pediatrics 114(2):451-7. PMID 15286229
  • Phelan MC, Rogers RC, Saul RA, Stapleton GA, Sweet K, McDermid H, Shaw SR, Claytor J, Willis J, Kelly DP (2001) 22q13 deletion syndrome. Am J Med Genet, Vol. 101, Não. 2., pp. 91-99. PMID 11391650.
  • Rosso SB, Sussman D, Wynshaw-Boris A, Salinas PC (2005) Wnt signaling through Dishevelled, Rac and JNK regulates dendritic development. Nature Neurosci. 8: 34-42, 2005. PMID 15608632
  • Roussignol G, Ango F, Romorini S, Teu JC, Salga C, Worley PF, Bockaert J, Fagni L (2005) Shank expression is sufficient to induze functional dendritic spine synapses in aspiny neurons. J Neurosci, Vol. 25, Não. 14., pp. 3560-3570. PMID 15814786
  • Vão Bokhoven H, Kissing J, Schepens M, vão Beersum S, Simons A, Riegman P, McMahon J A, McMahon AP, Brunner HG (1997) Assignment of WNT7B to human chromosome band 22q13 by in situ hybridization. Cytogenet. Cell Genet. 77: 288-289. PMID 9284940
  • Waites CL, Craig AM, Garner CC (2005) Mechanisms of vertebrate synaptogenesis. Annu Rev Neurosci, Vol. 28, pp. 251-274. PMID 16022596.
  • Wilson HL, Wong ACC, Shaw SR, Tse WY, Stapleton GA, Phelan MC, Hu S, Marshall J, McDermid TENHO (2003) Molecular characerisation of the 22q13 deletion syndrome supports the role of haploinsufficiency of SHANK3/PROSASP2 in the major neurological symptoms. J Med Genet 40:575-584. PMID 12920066

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