Por mais de 20 anos, a familia Geraldes – o casal Wilson e Valquires e o filho, Wilson – conviveu com a possibilidade iminente de deportação. No entanto, um juiz de imigração colocou um ponto final no processo que se arrastava na Corte de San Antonio. Os brasileiros, agora, já podem ficar na América sem problemas.
“Foi um pesadelo, mas tudo acabou bem. Amamos este País e queremos continuar aqui”, disse Valquires. O marido ganha a vida como motorista de táxi e os brasileiros são descritos pelos amigos como “pessoas boas e pais devotados”. O argumento para a permanência usado na ação foi a condição de autismo em nível severo do jovem Wilson, agora com 23 anos.
Segundo o advogado do caso, Simon Azar-Farr, eles jamais deveriam ter sido colocados em processo de deportação: uma junta médica aconselhou que o filho não fosse removido para o Brasil, pois aqui ele tem melhores condições de tratamento. “Trata-se de uma questão humanitária”, afirmou o advogado, acrescentando que eles já deveriam ter a residência permanente desde 1990.
Mãe e filho vieram do Brasil no final da década de 80 e foram logo fichados pelo serviço de imigração (o pai veio antes, com visto). “Estava quase deportada e agora vou ganhar o green card”, vibrou Valquires, que preferiu não revelar quanto gastou no processo imigratório nestes 20 anos – “Mas foram milhares de dólares, o suficiente para comprar uma casa”, disse. Agora a família pretende aplicar imediatamente para o social security para que o jovem Wilson possa ser assistido pelos programas do governo.
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