sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

MÚSICA E MUSICOTERAPIA NO TRATAMENTO DO AUTISMO

Links, notícias e indicações a respeito de música e musicoterapia no tratamento do autismo.
O assunto é abordado por conta de um comentário que recebi hoje no blog. Foi de um professor de música do Rio de Janeiro, que espero, possa compartilhar conosco suas experiência com seu mais novo aluno.
Obrigada por desejar caminhar conosco e espero que as dicas auxiliem.


Não deixem de assistir os vídeos do grupo RAINBOW 0804, grupo de percussão formado por autistas (vídeo na barra de videos e no final do post). E nossos vídeos favoritos também: http://www.youtube.com/user/CaminhosdoAutismo
Um grande abraço a todos!!
Amanda Bueno

 Folha Online
A área de atuação do musicoterapeuta é diversificada.  
Pode se dedicar a autistas, deficientes mentais, pessoas com distúrbios neurológicos,
empresas, escolas ou meninos de rua.

A musicoterapia aplicada em autistas tem dado resultados positivos. A música é a única ponte de comunicação possível para os portadores deste tipo de transtorno neurológico.
Nesses pacientes, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do cérebro (subjetivo e emotivo). Ela se move até o centro de respostas emotivas, localizado no hipotálamo, e passa para o córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto).
Os sons verbais, no entanto, não "funcionam" dessa forma porque são registrados no hemisfério esquerdo, na região cortical (analítica e lógica) diretamente do aparelho auditivo. Em resumo, no autista, a música atinge em primeiro lugar a emoção para depois passar para reações físicas, como o batucar, por exemplo, nas pessoas normais. Dessa forma, o autista consegue interagir com o terapeuta. Pacientes que sofreram lesão do lado direito do cérebro, podem ter a percepção melódica comprometida. O tratamento com musicoterapia, nesse caso, utiliza estímulos sonoros nas adjacências da área lesada, que criará novas conexões cerebrais.
Em casos com pacientes em coma, os resultados também foram bons. Com fones de ouvido, o paciente ouve fitas gravadas com vozes das pessoas queridas, músicas preferidas, sons da casa e da natureza. Os depoimentos de pessoas que saíram do coma confirmaram o auxílio da musicoterapia: elas tinham as lembranças reavivadas com os sons, o que motivava o indivíduo a viver.
A terapia também atua em hospitais, principalmente no auxílio a crianças emocionalmente instáveis, portadoras de doenças graves. Crianças que desenvolveram câncer, por exemplo, fazem uma sessão de musicoterapia antes de serem "bombardeadas" pela quimioterapia.
Na área social, há iniciativas com meninos de rua que visam trabalhar a auto-estima, aumentar a confiança e ensinar a se autovalorizem. (Jorge Blat)

Fontes: Maristela Pires da Cruz Smith, presidente da Associação de Profissionais e Estudantes de Musicoterapia do Estado de São Paulo, e Conceição Rossi, musicoterapeuta e terapeuta holística da Endocrino-Clínica de São Paulo.

MUSICOTERAPIA


Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas.
A Musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele ou ela alcance uma melhor organização intra e/ou interpessoal e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida, através da prevenção, reabilitação ou tratamento.

Qualquer pessoa é susceptível de ser tratada com musicoterapia. As mais indicadas são aquelas pessoas virgens de conhecimentos musicais, em que há maior facilidade para se introduzir no contexto não-verbal. Particularmente são indicados no autismo e na esquizofrenia, onde a musicoterapia pode ser a primeira técnica de aproximação. O paciente com conhecimentos musicais prévios pode entrar em confronto com o musicoterapeuta, e é difícil romper com as defesas musicais ao pretender trabalhar com seus aspectos mais regressivos.
A musicoterapia é aplicável ainda em outras situações clínicas com certas adaptações, pois atua fundamentalmente como técnica psicológica, ou seja, reside na modificação dos problemas emocionais, atitudes, energia dinâmica psíquica, que será o esforço para modificar qualquer patologia física ou psíquica. Pode ser também coadjuvante de outras técnicas terapêuticas, abrindo canais de comunicação para que estas possam atuar eficazmente.


Aqui seguem indicações para interessados no assunto:

Marisa do Carmo Prim Padilha  - Tese de Mestrado


Leomara Craveiro de Sá


Vídeo Raibow 0804




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5 comentários:

  1. Parabéns pelo lindo trabalho....Acredito muito em vc!!!

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  2. oi Amanda...
    muito bacana sua iniciativa de falar sobre a musicoterapia..
    enquanto musicoterapeuta sei que muitos aspectos seriam dignos de discussões e reflexões, mas no momento me deterei a citar algumas referências de autores que tratam da mt enquanto ciência (o que é e o que faz) e também mais especificamente da mt e o autismo.
    Nordoff e Robbins são os pioneiros no uso da mt com crianças profundamente autistas, traduções podem ser consideradas praticamente inexistentes, mas qualquer trabalho deles ou sobre eles vale a pena ter contato!
    http://www.musicoterapia-rj.com.br/musicoterapia/personalidades.html neste link existem alguns nomes mais conhecidos no meio musicoterapêutico, além deles gostaria de citar André Brandalise, Leomara Craveiro e Gregório de Queiroz...para quem tem interesse, vale a busca pelo autor que mais se aproxima com sua visão de homem e terapia, afinal, a mt como qualquer outra área de conhecimento possui linhas e métodos diferenciados.

    E como você mesma diz, para qualquer questão que surgir "vamos caminhar juntos"
    abraços!!!

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  3. OLÁ BOA TARDE ,

    SOU A MÃE DE KAIO , ELE TEM 03 ANOS , TENHO ANDADO MUITO COM ELE , PELO SIMPLES FATO DELE SER MUITO HIPERATIVO, COM ISSO OS MEDICOS JA FIZERAM EXAMES E FALARAM Q KAIO NÃO TEM NADA , OU SEJA ELE É CARENTE , PELO FATO DE EU TER ENGRAVIDADO DO MEU FILHO COM APENAS 20 DIAS DE RESGUARDO, OS MEDICOS FALARAM Q TODA A ATITUDE DELE É PARA CHAMAR ATENÇÃO, MAIS ELE NÃO FALA DIREITO, AI O NEURO ME ANCAMINHOU PARA A FONO, AI A FONO SÓ EM CHAMAR PELO NOME DELE E ELE NEM OHLOU PARA ELA , NA MESMA HORA ELA DISSE: MÃE SEU FILHO É AUTISTA, EU NUNCA NEM OUVI FALAR NESSA PALAVRA, ELA ME ENCAMINHOU PARA OUTRA NEURO-PEDIATRA , MAIS ELA NÃO ATENDE PELO PLANO DO MEU FILHO , SOU SEPARADA MEU EX NÃO ME AJUDA , A CONSULTA DESSA NEURO CUSTA r$300,00 , NÃO TENHO CONDIÇÕES DE PAGAR, COM ISSO VOLTEI NO NEURO PEDIATRA Q O KAIO ESTAVA SENDO PACIENTE, O NEURO PEDIATRA , ME PASSOU UM ELETROCELOFALOGRAMA DO CRANIO , MAIS ESSE EXAME CUSTA 900,00 , O PLANO DO MEU FILHO ESTA NA CARENCIA , NTREI COM UM PROCESSO NA PREFEITURA , MAIS ATE AGORA NÃO CONSEGUI FAZER ....
    GOSTARIA Q VC ME AJUDASSE , QUAL OUTRO TIPO DE EXAME Q DEVO FAZER NO MEU FILHO , ATE AGORA , NÃO COMECEI FAZER NENHUM TIPO DE TRATAMENTO COM ELE , ESTOU NESSE PENDENCIA ...

    POR FAVOR O Q VC ACHA Q DEVO FAZER , A QUEM PROCURAR...
    TRABALHO O DIA TD, QUERIA MUITO FICAR EM CASA CUIDANDO DELE , PQ AS PESOAS NÃO ESTÃO ENTENDENDO O PROBLEMA DO MEU FILHO...



    BJS

    DESDE DE JÁ AGRADEÇO.

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  4. Cláudia,...
    Existe inúmeras associaçoes que trabalham com crianças com problemas neurológicos como a AACD, APAE,...nelas, existem profissionais de diversas áreas, inclusive médicos neuropediatras, que poderão lhe auxiliar no diagnóstico e no tratamento do Kaio.

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  5. Olá Amanda!
    Adorei seu blog e justamente é um dos assuntos que geraram meu tcc na minha graduação, hoje estou querendo levar um pouco desse assunto para dentro de escolas que tenham crianças autistas e jovens, mas também para auxiliá-los no trabalho com essas essas crianças. Portanto adorei este vídeo do grupo de percussão só com autistas e queria colocá-lo em meu blog se não importar.
    Abraço e sucesso!!! Visite meu blog se quiser, mandarei o link!

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