terça-feira, 5 de julho de 2011

Games também podem ser terapêuticos, aponta pesquisa

Estudo feito no Reino Unido revelou que portadores de deficiências como síndrome de Down e autismo conseguiram melhorar concentração em até 143%.

Por GamePro/EUA

Publicada em 05 de julho de 2011 às 14h50

 A pesquisadora e PhD Rachael Folds, da Escola Trent de Educação da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, tem-se dedicado ao estudo do uso interativo mimético digital de games (movimentos físicos focados em jogos para Wii e Kinect) e como eles podem ajudar a melhorar habilidades assim como aumentar a motivação de aprender.

A pesquisa contou com a participação de estudantes do Loughborough College, também do Reino Unido, que estavam prestes a ser submetidos a um programa de treinamento especializado, como parte da transição de escolas especiais - onde eles teriam um pequeno grupo ou apoio um a um devido a dificuldades de aprendizagem - para cursos educativos mais aprofundados voltados a jovens com 16 anos ou mais. Os participantes do estudo tinham entre 16 e 24 anos e tinham deficiências que variavam de síndrome de Down às diversas formas de autismo.
Para medir o progresso dos estudantes. Folds pediu que eles tentassem acertar dez bolas de tênis com a palma da mão virada para frente, dez com a palma da mão virada para trás e dez saques. Eles então treinaram usando o jogo de tênis do Nintendo Wii por cinco semanas. Ao final do período, Folds descobriu que 75% de um total de 24 estudantes aumentaram a pontuação no videogame e no mundo real, as habilidades médias dos participantes melhoraram 53%.
A segunda fase do estudo ocorreu de forma similar, usando um jogo de boliche de dez pinos. Dezoito estudantes participaram desta etapa, que durante as cinco semanas de treinamento usaram o game de boliche do Kinect em vez do Wii. Nos resultados do videogame, os estudantes melhoraram 94%, enquanto que na vida real as habilidades aumentaram 143%.
Aprender melhor
Após os testes, 92% dos estudantes afirmaram que gostariam de continuar usando os games para conseguir cursar uma universidade no futuro. A mesma proporção acredita que os jogos, como os que jogaram, os ajudaram a aprender melhor do que com métodos tradicionais. Entre os participantes, 93% disseram que os games efetivamente capturaram seu interesse; 87% declararam ter aprendido coisas que não esperavam; e todos os envolvidos no programa concordaram que estavam mais confiantes de que passariam em um teste baseado no que aprenderam.
“O resultado inicial deste pequeno grupo de pessoas sugere que jogos interativos ensinam aos estudantes movimentos que podem ser melhorados e imitados na vida cotidiana. Embora eles estivessem jogando tênis e boliche no teste, os jogos que ensinam a fazer coisas, como preparar um bolo ou trocar um pneu, podem ser potencialmente benéficos”, concluiu Folds.
Anita Smith, do Loughborough College, acrescentou que “nossos estudantes geralmente têm dificuldades de prestar atenção. Este projeto permitiu que eles melhorassem a motivação e concentração em aprender. Estamos ansiosos para expandir a pesquisa em colaboração com Rachael, envolvendo ativamente mais estudantes em 2011 e 2012, assim como desenvolver as habilidades dos participantes usando jogos digitais baseados em aprendizagem no futuro".
(Pete Davison)

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