terça-feira, 5 de julho de 2011

Justiça analisa pedido de habeas corpus em favor da falsa psicóloga

falsa psicóloga - Beatriz - 2011
Beatriz, de 32 anos, foi presa em flagrante no dia 27 de abril


A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio julga nesta terça-feira (5), às 14h30, o pedido de habeas corpus (pedido de liberdade) em favor da falsa psicóloga Beatriz da Silva Cunha. Ela foi presa em flagrante no dia 27 de abril, durante uma consulta em sua clínica de tratamento especializado em autismo, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
O TJ informou que três desembargadores vão decidir o mérito do pedido de habeas corpus. O objetivo do colegiado é julgar se a primeira decisão de manter a falsa psicóloga presa continuará valendo ou não.
O julgamento tinha sido suspenso na terça-feira (28) por causa de um pedido de vista da desembargadora Maria Angélica Guimarães Guerra Guedes. Isso significou que a magistrada necessitou de mais informações ou esclarecimentos para decidir seu voto.
Durante a sessão, a relatora do habeas corpus, desembargadora Elizabeth Gomes Gregory, chegou a proferir seu voto no sentido de negar o pedido.
No dia 10 de junho, a desembargadora Elizabeth Gregory já havia negado a concessão da liminar em favor da falsa psicóloga. 
Entenda o caso
Beatriz, de 32 anos, foi presa em flagrante no dia 27 de abril, depois que um pai de um paciente descobriu que ela usava o CRP (número no Conselho Regional de Psicologia) de uma profissional que atua na Bahia. Ela foi solta depois de três dias. Segundo a Polícia Civil, a falsa psicóloga atuava há 12 anos como uma das principais especialistas da síndrome no país.
Ainda de acordo com a polícia, Beatriz cobrava R$ 800 pela primeira consulta e depois R$ 90 por cada hora de atendimento.
A falsária disse à polícia que só cursou dois períodos da faculdade de psicologia. A fraude foi descoberta pelos pais de um paciente, que desconfiaram de Beatriz quando pediram a ela recibos para declarar as despesas no Imposto de Renda.
Ela responderá pelos crimes de estelionato, propaganda enganosa, exercício ilegal da profissão, falsidade documental e tortura. Por causa da denúncia de maus-tratos, a prisão temporária de Beatriz foi decretada no dia 7 de maio.
O marido da falsária, Nelson Antunes de Faria Junior, foi indiciado por coautoria, já que, segundo a polícia, sabia dos crimes praticados pela mulher.
André Muzell / R7

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