BRINQUE SEM SACUDIR
Jogar a criança para o alto pode provocar danos neurológicos, traumatismo, cegueira e até a morte
Todas as vezes em que uma criança é jogada para cima por um adulto, como uma forma de diversão, ela parece adorar. Ri, se diverte. Mas o que poucos adultos sabem é que a brincadeira pode provocar danos neurológicos, parada respiratória, traumatismo cervical, cegueira e até a morte dos pequenos. O mesmo pode acontecer quando são chacoalhadas violentamente.
Conhecido como síndrome do bebê sacudido, o problema atinge principalmente as crianças com menos de cinco anos, especialmente os lactentes, nos primeiros 18 meses de vida, quando o organismo do bebê está se desenvolvendo. Nervos e vasos sanguíneos são mais frágeis, assim como as estruturas do pescoço.
De tão recorrente, a síndrome virou alvo de um projeto internacional para preveni-lo. A campanha teve início na Austrália, já está em mais de 150 países e foi lançada no Brasil no final do ano passado.
– A fragilidade muscular do lactente facilita essa ocorrência. Pais que atiram a criança para o alto como uma brincadeira devem saber que isso constitui risco e que devem utilizar outras formas de manifestar sua satisfação com a criança e criar novas alternativas para brincar com ela – diz o pediatra Carlos Eduardo Nery Paes.
O que é |
- A síndrome do bebê sacudido é constituída por um conjunto de sinais e sintomas decorrentes de movimentos de aceleração e desaceleração cerebrais, causando lesões cranianas, cervicais ou vasculares. Pode ocorrer devido a chacoalhões, brincadeiras em que a criança é jogada para o alto, balanços intensos ou outras situações similares, intencionais ou não. |
- Os pais devem saber diferenciar a síndrome de movimentações menos vigorosas, como embalar uma criança tranquilamente nos braços ou sacolejar o carrinho ao andar nas calçadas. |
Os danos |
- A síndrome pode causar danos de curto prazo, como lesões por contato, que causam hemorragias, fraturas cranianas e lesões no tecido cerebral. Pode também causar lesões decorrentes da desaceleração craniana, após forte movimento. |
- Nesse caso, o rompimento vascular e a ocorrência de lesão axional difusa podem ser as consequências que trazem encefalopatia aguda (com perda de consciência, aumento de pressão intracraniana, apneia, hipotonia, anemia, hematoma subdural unilateral e hemorragia retiniana), encefalopatia hiperaguda (consequência do movimento de chicote entre a aceleração e a súbita parada, pode causar morte repentina) ou danos crônicos (envolve retardo mental, distúrbios de comportamento, alterações visuais, epilepsia e alterações motoras). |
muito bom!!!
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