sexta-feira, 29 de abril de 2011

RETRATAÇÃO DO COMÉDIA MTV

Blog




ABR26

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Postado Portal MTV //
É de total responsabilidade da MTV a exibição da esquete “Casa dos Autistas”, veiculada no dia 22/03/2011 no programa Comédia MTV.
Todo o elenco do programa, assim como sua equipe de roteiristas e produção, são contratados da emissora e a ela prestam serviço, inclusive o humorista Marcelo Adnet, que vem sendo apontado por alguns como único responsável pelo conteúdo do programa.
A MTV Brasil entende que a esquete “Casa dos autistas” ultrapassou limites aceitáveis do humor. Portanto, pedimos desculpas a quem quer que tenha se sentido ofendido pelo conteúdo exibido.
Já estamos articulando possíveis ações conjuntas com associações ligadas ao autismo para dar ao assunto o devido encaminhamento.
A MTV reforça ainda que, independentemente desse episódio, ao longo dos últimos 20 anos a emissora vem defendendo a inserção social de pessoas com deficiência de maneira séria e informativa.

Teste rápido detecta autismo em bebês aos 12 meses de vida

 fonte: Correio do Estado

É o que propõe um estudo financiado pelos National Institutes of Health dos EUA, publicado hoje no "Journal of Pediatrics".
A pesquisa, feita por neurocientistas da Universidade da Califórnia, recrutou 137 pediatras para aplicar o teste em 10 mil crianças na consulta dos 12 meses de idade.
Os pais responderam ao questionário, com perguntas sobre gestos, compreensão e comunicação, e os pediatras avaliavam as respostas.
Ao todo, 184 das crianças que pontuaram abaixo da média foram acompanhadas nos meses seguintes.
Delas, 32 receberam o diagnóstico precoce de autismo.
Segundo a pesquisa, isso corresponde a 75% de acerto no diagnóstico, levando em conta outros distúrbios, como atraso no desenvolvimento e na linguagem, também detectados pelo teste.
Diagnóstico
O autismo afeta o desenvolvimento da criança e compromete áreas como a sociabilidade. Quanto mais tardio o diagnóstico, piores as perspectivas de melhora.
Na média, os casos demoram a ser detectados, segundo o psiquiatra Marcos Mercadante, da Unifesp. "No Brasil, o diagnóstico geralmente é dado quando a criança já tem cinco anos e perdeu muita oportunidade de ter uma melhora", diz.
Se o problema for apontado cedo, tratamentos como terapia comportamental, para estimular áreas do cérebro afetadas, são mais eficazes.
Para o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do ambulatório de autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, a ferramenta pode ser útil principalmente na rede pública.
"Um pediatra de posto de saúde atende centenas de crianças. Não há tempo para fazer uma triagem adequada e encaminhar ao psiquiatra."
Para ele, é importante que o pediatra assuma essa tarefa. "É ele quem tem o primeiro contato com a criança." Mas Vadasz ressalva que alguns sintomas só aparecem após os 18 meses. "O ideal seria repetir o teste depois."

Mãe diz que falsa psicóloga a convenceu de que filho era autista

Beatriz Cunha é acusada fazer família de menino normal pensar que ele tinha síndrome
fonte: R7

        A falsa psicóloga, que atendia crianças com autismo e foi presa em flagrante na quarta-feira (28), mexeu com a vida de várias pessoas e abalou de maneira severa a trajetória da família da ex-secretária Bianca Jardim Couto, de 30 anos, mãe de Gabriel, um dos pacientes tratados pela acusada Beatriz Cunha.       O menino, que hoje tem três anos e leva uma vida normal, apresentou sintomas da doença em 2009. Ele não falava e enfileirava carrinhos, sinais considerados comuns em crianças autistas. Foi então que a lábia da falsa psicóloga, que atendia em Botafogo, na zona sul do Rio, falou mais alto e foi capaz até de invalidar exames feitos com a mais alta tecnologia. Os pais de Gabriel entraram em desespero e depositaram na falsária a esperança de melhora do menino, como contou Bianca.       - Essa mulher acabou com a minha vida, com a minha saúde mental. Entrei em depressão, larguei meu emprego, parei de estudar. Ela disse que o meu filho era autista. Meu mundo caiu. Fizemos os exames [tomografia, eletro encefalograma] e os resultados não indicaram nada. Mesmo assim ela afirmou que o Gabriel tinha o problema e nos convenceu a começar o tratamento.       A família de classe média se viu sem saída. Como Bianca afirmou, estava em jogo a vida de seu “bem mais precioso”. Por isso, a solução para arcar com a primeira avaliação (R$ 600) e o tratamento (R$ 1.800 por mês) foi pedir doação a parentes e amigos.      - Nós ficamos assustados, mas tínhamos de tratar. Pedimos dinheiro para todo mundo. Ele [Gabriel] era atendido duas vezes por semana, mas depois de quatro meses, vimos que a situação do meu filho era a mesma. Percebemos que havia algo estranho, pois o Gabriel estava igual e, além disso, ela não queria dar recibo e pedia que a gente entregasse o dinheiro na mão dela.      Bianca conta também que o tratamento que eles pagavam não era o mais caro, e que uma mãe desembolsava R$ 9.500 por mês.      O estalo que fez acordar os pais de Gabriel aconteceu como salvação. A falsa psicóloga foi trocada por uma fonoaudióloga. Segundo Bianca, em menos de um mês, a criança começou a falar e rapidamente parou até de enfileirar carrinhos. Em nova consulta com uma psicóloga, dessa vez uma que tinha o registro no CRP (Conselho Regional de Psicologia) válido, foi constatado que o menino não tinha qualquer sinal de autismo.       - Hoje, o Gabriel fala pelos cotovelos. Aquela mulher quase acabou com a gente, mas ainda bem que conseguimos agir logo. Uma outra profissional o avaliou e disse que ele não passava nem perto de ter autismo.Com o tempo, a família retomou, aos poucos, seu rumo. Mas, em dezembro do ano passado, Bianca descobriu um câncer linfático. Ela diz acreditar que a doença é fruto dos traumas causados pela falsa psicóloga.      - Os médicos me disseram que o aborrecimento que eu passei pode ter influenciado na minha doença. Repito, essa mulher acabou comigo.Bianca contou que há cerca de um ano não ouvia falar de Beatriz Cunha, até que se surpreendeu quando soube que a falsa psicóloga havia sido presa. A sensação, de acordo com ela, foi de alívio.     - Agora ela tem de pagar por isso, pois me prejudicou e prejudicou muita gente. Ainda quero entrar com um processo contra ela.

Ressarcimento aos pais     O delegado Maurício Luciano de Almeida e Silva, titular da Decon (Delegacia do Consumidor), onde o caso foi registrado, informou que ainda irá investigar a vida da suspeita para que possa, então, pedir o sequestro dos bens. De acordo com ele, seria a maneira de ressarcir os pais dos pacientes.     - Estamos verificando ainda algumas coisas. Sequer sabemos quais são os bens dela. Esse é o jeito de pagar aos pais.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Revista Autismo Nº 01 - download

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Beatriz Cunha - Polícia do Rio prende falsa psicóloga que atuou em clínica por 12 anos

Questões para se pensar:


*Vocês já checaram o número de registro dos profissionais responsáveis pelo tratamento de seu filho? Se não, aproveitem o alerta!
*Quanto vocês pagam pelo tratamento de seus filhos? Já compararam valores? Se não, o façam já!
*Você sabe no que consiste o tratamento de seu filho? Exatamente o que é? O que seu filho faz enquanto está em atendimento? Peça para assistir! Cobre, questione, participe!!!! SEMPRE!!!!


Amanda Bueno.

Fonte: G1 Bom Dia Brasil

Imagens feitas pela polícia mostram Beatriz Cunha se apresentando como psicóloga em uma clínica para tratar autistas e fazendo diagnósticos.

A polícia do Rio descobriu uma farsa que durou 12 anos: a falsa psicóloga.
Em uma casa na Zona Sul do Rio funcionava a clínica especializada no tratamento de autismo. Pelo menos 60 crianças eram atendidas no local. Entre elas, o filho de um casal que fez a denúncia. Depois de dez meses de tratamento, com sessões diárias, o filho deles, de sete anos, não apresentava melhoras. Mas eles só desconfiaram de que havia algo errado quando pediram os recibos das consultas com o registro profissional da responsável pelo centro, Beatriz Cunha.
“Eu procurei o CRP e neste momento a gente conseguiu detectar que ela não era psicóloga”, lembra Gilson Moreira, pai da vítima.
Imagens feitas pela polícia mostram Beatriz Cunha se apresentando como psicóloga e fazendo diagnósticos. Ela foi presa em flagrante e a clínica fechada.

“Estou indignada, chocada, decepcionada, descrente. Não tenho o que falar”, lamenta Andréia Ribeiro, mãe da vítima.
A operação que investiga o caso recebeu o nome de Sinal de Alerta, expressão usada pelos especialistas em autismo para que os pais fiquem atentos aos sintomas da doença no comportamento dos filhos. Segundo a polícia, nesse caso, é um chamado para que as famílias escolham bem os profissionais que contratam. Beatriz Cunha, a falsa psicóloga, vai responder por estelionato, falsidade ideológica, exercício ilegal da profissão e propaganda enganosa.
“Ela é uma típica estelionatária. Quem entra lá para sentar e conversar com ela acha que realmente é uma grande especialista. Está há 12 anos praticando essa mesma fraude. Por isso a importância de checar os profissionais que atuam nestas áreas”, avisa o delegado Maurício Luciano.

Fonte: G1 Globo Notícia
          No depoimento à polícia, revolta. “Estou indignada, chocada, decepcionada, descrente”, diz a mãe da criança, Andréia Ribeiro.         A partir da denúncia feita pelo casal, a polícia chegou a uma clínica, em Botafogo, zona sul do Rio, especializada em tratamento de autismo. Imagens gravadas pelos agentes mostram Beatriz Cunha atendendo a delegada pensando que ela fosse mãe de um paciente.          “Ela disse que - sem ver a criança - que era uma criança autista que precisaria do tratamento máximo de três horas de tratamento”, conta a delegada Patrícia Paiva Aguiar.           Beatriz foi presa em flagrante. Ela disse à polícia que estudou psicologia, mas não chegou a se formar. Mesmo assim, participava como palestrante em congressos, onde se apresentava como pós-graduada.          Durante dez meses de tratamento os pais da criança nunca desconfiaram que Beatriz Cunha não era preparada para o trabalho. Eles pagaram R$ 5 mil por mês pelo atendimento. Agora, querem saber o que o filho deles, de sete anos, fazia durante três horas, todos os dias, na clínica e entendem porque ele não vinha apresentando melhora.        Eles só perceberam que estavam sendo enganados quando pediram os recibos das consultas, com o registro profissional de Beatriz Cunha.A falsa psicóloga vai responder por estelionato, falsidade ideológica, exercício ilegal da profissão e propaganda enganosa. “É uma lesão que não é patrimonial só, não tenho como auferir. É uma lesão a cabeça do meu filho”, Gilson Moreira, pai da vítima.
Fonte; http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/04/presa-falsa-psicologa-que-atendia-criancas-na-zona-sul-do-rj.html

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA EM PORTO ALEGRE DIA 26,ABRIL,2010

Fonte: 

karin rosane-transtornos do desenvolvimento

"Foi propósta pelo deputado estadual petista ALEXANDRE LINDENMEYER, uma Audiência Pública, que foi uma grande oportunidade para debatermos as políticas públicas sobre o AUTISMO,tentando estabelecer e criar novos horizontes.No Brasil existem cerca de 2 milhões de autistas.Faltam investimentos nesta área, informações e atendimentos especializados,sobram preconceitos.Autismo não escolhe raça, classe social e é resultado de uma desordem neurológica que afeta o desenvolvimento como um todo, sobretudo, a dificuldade na comunicação e interação social.Eu, Karin R.Scheer, participei da audiência pública, como mãe e membro da AMPARHO-ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS, MÃES, PAIS DE AUTISTAS E RELACIONADOS COM ENFOQUE HOLÍSTICO,pois estamos numa caminhada em busca de um Centro de Atendimentos Terapêuticos e Pedagógicos para nossos filhos.Respeitem a constituição e coloquem o "Autismo no Orçamento".

terça-feira, 26 de abril de 2011

Britânico Smith dedica combate à irmã com autismo

Gente!!
Que exemplo lindo!!!
Virei fã!!!!
STEPHEN SMITH: I'LL WIN IT FOR HOLLIE
Mais que uma vitória em seu próximo combate, o britânico Stephen Smith, 25, deseja ampliar ainda mais a conscientização do público para uma doença que atinge sua irmã menor, Hollie, 10. “Ela é uma menina linda e eu dedico todas as minhas lutas a ela”, declara o atleta sempre utiliza a inscrição “autismo” em seu calção. Smith briga pelo cinturão do Reino Unido pena (57,1k) diante do compatriota e campeão John Simpson, 27, no dia 27, no Olympia, da cidade de Liverpool, em Merseyside.

A pequena Hollie sofre do grau mais severo do autismo, e Smith (11-0-0, 6 KOs) diz que muitas pessoas lhe perguntam sobre a doença, depois de suas apresentações pela tevê. “Quanto mais os torcedores perguntam sobre a enfermidade, significa que estamos conseguindo nosso objetivo para seu esclarecimento, aponta Smith.
No ringue, porém, ele abre a possibilidade de revanche frente a Simpson (22-7-0, 9 KOs) a quem venceu em setembro do ano passado, por decisão dividida das papeletas. Justificando o triunfo na pontuação, Smith revela que teve fratura na mão logo no início do combate. “Agora, espero acabar com a luta de outra forma e mais rápido”.

USP - Hábito alimentar pode intensificar sintomas do autismo


Pesquisa mostra a influência dos alimentos no comportamento autista.

Os autistas atendidos no CEMA (Centro de Especialização Municipal do Autismo), em Limeira, foram alvos de uma pesquisa sobre a relação entre alimentação e comportamento autista realizada pelo Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP).

A triagem dos autistas também foi feita no Núcleo de Especialização e Socialização do Autista (NESA) de Mogi-Guaçú. Segundo a orientadora da pesquisa, Jocelem Mastrodi Salgado, 28 autistas participaram do projeto, com idade entre dois e 33 anos, sendo 17 de Limeira e 11 de Mogi-Guaçú. O projeto realizado pela nutricionista Nádia Isaac da Silva foi aprovado pelo comitê de ética de pesquisa com humanos da ESALQ. "O estudo teve como objetivo identificar o padrão de hábito alimentar de um grupo de autistas, promover testes para o desenvolvimento de métodos de análises laboratorais que comprovem a eficiência da dieta isenta de glúten e caseína e também identificar a ocorrência de alterações do metabolismo da creatina a partir da análise da concentração de creatinina em urina", explicou Jocelem.
CARACTERÍSTICAS

A pesquisa intitulada "Relação entre hábito alimentar e síndrome do espectro autista" foi elaborada após a realização de uma entrevista nutricional, contendo questões sobre características sóciodemográficas das famílias dos autistas participantes, histórico pessoal de doenças, comportamento autista durante as refeições e levantamento de hábito alimentar. Segundo a orientadora, também foi feita uma avaliação psicológica com aplicação do método quantitativo "Childhood Autism Rating Scale (CARS)".

Os resultados sobre a população indicaram que 1/3 dos pais de autistas possuem baixa escolaridade e 60% renda familiar na faixa de dois a quatro salários mínimos. Segundo a avaliação psicológica, 64% dos autistas são casos graves e 68% se encontram na faixa de retardo mental. "A renite alérgica é a patologia de maior prevalência na população estudada. Em média 60,71% dos autistas apresentam sintomas gástricos, sendo o mais frequente a flatulência (39,90%)", apontou.
ALIMENTAÇÃO

Ainda dentro do campo de pesquisa, foi constatado que o grupo de autistas apresentou um elevado consumo de calorias, proteína, carboidrato, vitaminas do complexo B, ferro, zinco e cobre. Do outro lado, os autistas têm baixo consumo de cálcio, fibra e ácido ascórbico (vitamina C). "A análise de consumo de grupos de alimentos evidenciou elevado consumo de açúcares simples e baixo consumo de leite e derivados como também frutas e hortaliças", falou.

Sobre as alterações do metabolismo da creatina, a pesquisa concluiu que essa condição pode estar relacionada a fatores genéticos.
APOIO

O projeto de pesquisa foi realizado no laboratório de Nutrição Humana do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição em parceria com o laboratório de genética de plantas Max Feffer do Departamento de Genética (ESALQ). O projeto também contou com a participação dos profissionais do CEMA, a psicóloga Vera Lígia Alves Leite, fonoaudióloga Marcia Regina Cermaria da Silva e a psicóloga Karine Helena Rodrigues Carvalho do NESA para a avaliação psicológica. "O apoio e auxílio das equipes de profissionais e dirigentes das duas instituições participantes foram fundamentais para o desenvolvimento do projeto", declarou.

Esse trabalho teve início em 2008 e a sua conclusão está prevista para o segundo semestre deste ano.

Dados levantados na pesquisa:
* 1/3 dos pais de autistas possuem baixa escolaridade
* 60% tem renda familiar na faixa de 2 a 4 salários mínimos
* 64% dos autistas são casos graves e 68% se encontram na faixa de retardo mental
* Em média, 60,71% dos autistas apresentam sintomas gástricos
* Elevado consumo de calorias, proteína, carboidrato, vitaminas do complexo B, ferro, zinco e cobre
* Baixo consumo de cálcio, fibra e ácido ascórbico (vitamina C)
** Foram entrevistados 28 autistas, sendo 17 de Limeira e 11 de Mogi-Guaçú.
Derivados de trigo e leite podem intensificar os sintomas
A pesquisa feira pela nutricionista Nádia Isaac da Silva sob a orientação da professora Jocelem Mastrodi Salgado trabalha com a hipótese de que alimentos que contém glúten e caseína - proteínas derivadas do trigo e do leite respectivamente - podem intensificar os sintomas do autismo. "Estudos indicam que uma dieta isenta de alimentos que contenham essas proteínas (pães a base de trigo, bolachas, bolos, massas em geral, leite, queijos, iogurtes, sobremesas a base de leite) reduz alguns sintomas característicos da doença como isolamento social e déficit de atenção", explicou Jocelem.

Para a orientadora, com o conhecimento da patologia e também a criação de exames de diagnóstico seguros é possível contribuir para um diagnóstico precoce da doença. "Dessa forma haverá um maior acesso a tratamentos mais adequados que acarretem a melhora do quadro clínico e consequentemente, a qualidade de vida dos autistas", falou.

Para Jocelem, as pesquisas com finalidade de criar novos tratamentos coadjuvantes e exames de diagnóstico para o autismo são de grande importância para o Brasil em virtude do elevado número de casos de autistas que não tem acesso ao diagnóstico e nem tratamento adequado. "Não existe no país dado oficial sobre a prevalência do autismo. Informações apontam para a média de 50 mil autistas, mas estima-se que existe pelo menos um milhão sem diagnóstico." (Stefanie Archilli)
Aumenta número de diagnósticos precoce
O número de diagnósticos precoce está aumentando por dois motivos: maior conhecimento da patologia por parte dos profissionais de saúde e a constante mudança dos critérios de diagnóstico.
Segundo a Fundação Verônica Bird, para um diagnóstico precoce orienta-se aos pais e profissionais - pediatras e educadores - a observação do desenvolvimento da linguagem. "As crianças com atraso da linguagem devem ser observadas, pois, segundo essa instituição esse é um dos primeiros sintomas. Orientam-se os pais a observar o comportamento da criança como, por exemplo, se ela responde aos sons, arredia ao toque e se a criança mantém contato visual com a mãe durante a amamentação", declarou a professora da ESALQ, Jocelem Mastrodi Salgado.

Os primeiros estudos indicavam de quatro a cinco casos de autismo para cada 10 mil nascimentos. Pesquisas estimam um aumento, atingindo a média de 15 a 20 registros para cada 10 mil pessoas. Segundo Jocelem, não existe diferença na prevalência da classe social ou etnia. "O sexo masculino é mais afetado, sendo quatro homens para uma mulher autista", falou.

O autismo é classificado como transtorno invasivo do desenvolvimento e é caracterizado pelo início precoce na infância. Essa doença é marcada por permanente prejuízo da interação social, alteração da comunicação e padrões limitados ou esteriotipados de comportamento e interesses.
Segundo a professora, dificuldade com interação social pode se manifestar como isolamento ou comportamento social impróprio, pouco contato visual, dificuldade em participar de atividades em grupo, indiferença afetiva ou demonstrações inapropriadas de afeto. "Alguns autistas não desenvolvem a habilidade de comunicação. Outras têm uma linguagem imatura. Os que desenvolvem de forma adequada podem apresentar uma dificuldade em desenvolver e manter uma conversação", explicou.

Os padrões repetitivos e esteriotipados de comportamento característico do autismo incluem resistência a mudanças, insistência em determinadas rotinas, apego excessivo a objetos e fascínio com movimento de peças como rodas e hélices. "Podem apresentar esteriotipias tais como se balançar, bater palmas repetidamente, andar em círculos ou repetir determinadas palavras, frases ou canções." (Stefanie Archilli)
CEMA é referência no Estado em tratamento
Em Limeira foi instituído o dia de conscientização do autismo a ser comemorado no dia 2 de abril. O projeto de lei é de autoria da vereadora Nilce Segalla (PTB).
O município também conta com um centro de especialização em autismo, o CEMA, que oferece atendimento gratuito. Fundado em 1993, o centro de Limeira foi o segundo do Estado; o primeiro nasceu em São José do Rio Preto. Hoje, Americana também possui um espaço semelhante ao de Limeira e, em Pirassununga, foi construído o primeiro centro para autistas vinculado à APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais).

Em Limeira são atendidas 25 pessoas no CEMA, com idade entre três e 34 anos. Muitos deles estão com a equipe desde o início do projeto.
O tratamento é baseado no método americano TEACCH (Tratamento e Educação para autistas e crianças com déficits relacionados à comunicação) e no trabalho dos pais. O autista sempre terá que ter o apoio da família.

O CEMA (Centro de Especialização Municipal do Autismo) fica na Rua Bartolomeu Bueno, 165. (Stefanie Archilli)
Artigo
Uma luta diária
Quando recebi a tarefa de buscar mais informações sobre o autismo em Limeira, não imaginei que teria a oportunidade de conhecer pessoas como Vanda Alexandrina Ferreira e Irene Carmo Cordeiro Polizeli, mães de autistas. As duas foram personagens de uma matéria publicada no Jornal de Limeira, no dia 10 de abril.
O trabalho do CEMA (Centro de Especialização Municipal do Autismo) é muito importante para a vida de crianças, jovens e adultos autistas, mas a dedicação das mães dessas pessoas é algo imensurável.

A Vanda foi deixada pelo marido - depois que foi descoberto o transtorno do filho - e cria sozinha Paulo Henrique, 12 anos. Ela faz jóias em casa porque não pode deixar o filho sozinho e também não conta com muito apoio de familiares.
Mas nada disso a desanima. Pelo contrário. Para ajudar o filho, ela é capaz de muito mais. Lê sobre autismo, assiste a filmes, pesquisa na internet. Em casa, ela mesma desenvolve atividade com o filho, porque ele passa apenas uma hora e meia no CEMA.
Se Paulo Henrique não tivesse todo esse aparato da mãe, talvez não teria desenvolvido algumas habilidades. Ele faz caminhadas, joga bola, passeia com a mãe e consegue fazer suas necessidades fisiológicas.

Cleber Polizeli, 27 anos, também conta com toda a dedicação e o amor de sua mãe, Irene. Mãe de mais dois filhos e viúva, ela consegue dar um novo sentido à vida de seu filho autista.
Irene também briga pelos direitos dos autistas de Limeira. Ela quer que eles tenham uma piscina e mais espaço no CEMA. Existem estudos que comprovam a eficácia de tratamentos na água com autistas.

Limeira já tem um centro de apoio aos autistas, mas o atendimento gratuito a eles não pode parar por aí. A administração pública precisa olhar com mais atenção para essas crianças, jovens e adultos, que dependem do apoio de sua família e do poder público.
A luta diária dessas mãe por seus filhos autistas deve chamar a atenção daqueles que podem fazer algo por eles.

Petistas protestam contra programa que ridiculariza autistas

 "Esse programa ridiculariza as crianças com autismo. Há, inclusive, um abaixo-assinado na Internet contra esse programa que demonstra insensibilidade, falta de inteligência e preconceito, ainda presente, inclusive em canais de televisão, que são concessões públicas", disse o deputado Cláudio Puty (PT-PA). "Esse tipo de incentivo ao preconceito, de ridicularização daqueles que não tiveram a opção de escolher nascer ou não com autismo, é algo que causa repugnância", ressaltou Puty.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) defendeu que a Comissão de Direitos Humanos expresse reprovação formal acerca dessa manifestação "absolutamente inadmissível, de preconceito".
De acordo com Cláudio Puty, uma em cada 110 crianças nascidas apresenta características do autismo, que é uma alteração cerebral/comportamental que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia. O autismo é mais conhecido como um problema que se manifesta por um alheamento da criança ou adulto acerca do seu mundo exterior encontrando-se centrado em si mesmo.
"Nós que temos parentes, entes queridos, com essas características que os tornam diversos, sabemos que ainda temos muito a avançar no sentido de garantir que os serviços públicos, as escolas apresentem um ambiente no qual as crianças com autismo possam sentir-se inseridas. É um desafio enorme", disse Cláudio Puty.
por Gizele Benitz

Deputado do RS aciona Ministério Público contra programa da MTV Brasil

25 Abr 2011 . 18:46 h . Com informações da assessoria . 

[ i ]O deputado classifica o “Casa dos Autistas” como um programa discriminatório.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) ingressou, nesta segunda-feira (25), com uma representação no Ministério Público Federal para que sejam tomadas providências com relação a um quadro do Programa Comédia MTV, chamado “Casa dos Autistas”. Nasketch, que busca ser uma sátira do Casa dos Artistas do SBT, o dia-a-dia as pessoas com disfunção global do desenvolvimento é retratado, a partir de uma visão particular dos humoristas do canal musical.

No documento, o deputado classifica o “Casa dos Autistas” como um programa discriminatório que explora de maneira preconceituosa a imagem das pessoas com transtornos globais do desenvolvimento. A representação do deputado Pimenta está baseada na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é signatário. O texto da Declaração diz que “os Estados Partes proibirão qualquer discriminação baseada na deficiência e garantirão as pessoas com deficiência igual e efetiva proteção legal contra a discriminação por qualquer motivo”.

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