sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Temple Grandin nomeada para o Hall da Fama Nacional das Mulheres



Temple Grandin, professora de ciências animais da Universidade do Estado do Colorado e porta-voz renomada do autismo mundialmente, foi nomeada para o Hall Nacional da Fama das Mulheres. Grandin é uma das poucas 10 mulheres a receber essa honra neste ano.


‘Essas conquistas mudaram o curso da história dos Estados Unidos’
“Temos a honra de adicionar 10 mulheres norte-americanas para o ranking do hall da fama cuja liderança e conquistas mudaram o curso da história norte-americana”, disse Betty M. Bayer, co-presidente do Hall e professora de estudos femininos nas Universidades Hobart and William Smith.
Professora de ciências animais há mais de 20 anos, Grandin realizou enormes contribuições para a indústria agropecuária. Seu autismo faz com que ela pense através de imagens, e essa habilidade tornou-a uma visionária em seu campo de atuação. Seus insights sobre comportamento animal moldaram aproximações inovadoras para lidar com o gado, incluindo métodos e projetos para abate humano que se tornaram padrão na indústria.

Modelo para mulheres jovens
“Honrar a Dra. Temple Grandin neste estimado grupo de mulheres não fala apenas sobre o poder de sua pesquisa e engajamento, mas também no seu impacto como modelo para mulheres jovens de todos os lugares”, afirmou o presidente da Universidade Estadual do Colorado, Tony Frank. “Desde o começo de sua carreira, sua determinação a ajudou a ingressar numa indústria dominada por homens, na produção de animais, e ela continua sendo defensora das mulheres nas ciências, das pessoas jovens com autismo, e de todas as pessoas que não deixam laços artificiais se tornarem obstáculo no caminho de seu sucesso pessoal e profissional.”
O Hall aponta que a vida e o trabalho de Grandin revolucionaram o estudo do autismo, refletido no título de seu Ted Talk: “OMundo Necessita de Todos os Tipos de Mentes.”
A pesquisa, ensino e consultoria internacional sobre autismo de Grandin, comportamento animal e lida com animais bem como seus padrões de qualidade avançados e garantia nas indústrias agropecuária e de carne foram destacadas no anúncio.
As mulheres selecionadas para o Hall da Fama Nacional das Mulheres devem ser cidadãs dos Estados Unidos, de nascimento ou naturalidade, e sua contribuição deve ser de importância nacional ou global.

(Texto adaptado de: http://source.colostate.edu/temple-grandin-named-national-womens-hall-fame/)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Disfunções sensoriais no TEA







 As disfunções sensoriais estão presentes na maioria das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), ocorrendo 45% a 96% dessas pessoas. Os casos são únicos e complexos e variam conforme o indivíduo.
Estudos apontam que entre 56% a 80% das pessoas no TEA apresentam sinais de hipersensibilidade sensorial (HS), também chamada de defensividade sensorial. Pessoas com defensividade sensorial experimentam os estímulos sensoriais de formas negativas e distintas entre si. Ou seja, uma sensação considerada normal e tolerável para uma pessoa neurotípica pode ser considerada como estímulo aversivo para um autista, gerando angústias e sofrimentos.
Crianças com disfunções sensoriais táteis na boca ou gustativas, por exemplo, podem apresentar atraso de fala e/ou desenvolver problemas em sua dieta. Uma pessoa hipersensível a estímulos auditivos, olfativos e visuais se sentirá desconfortável de uma forma tão grande que muitas vezes preferirá permanecer em casa ao invés de andar por uma cidade, visitar familiares ou ir a eventos com várias pessoas.
Estímulos táteis considerados aversivos podem reprimir a socialização de forma considerável ou desencadear estereotipias. Em alguns casos, movimentos repetitivos podem ser uma forma de buscar alívio de sensações aversivas causadas pela HS. No entanto, nem todas as disfunções sensoriais causam problemas comportamentais, ou seja, movimentos repetitivos também ocorrem na ausência de hipersensibilidade sensorial. Os efeitos negativos de HS em pessoas com autismo podem causar estresse não só para os pacientes, mas também para suas famílias.
Portanto, é necessário identificar e tratar de forma precisa as pessoas com disfunções sensoriais. Profissionais de Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia podem oferecer grande contribuição a essa população, através de terapias individualizadas. Estudos demonstram que intervenções sensoriais desenvolvidas por terapeutas ocupacionais em crianças no TEA trazem um ganho significativo na socialização e melhoria dos cuidados pessoais.
Alguns cientistas têm se dedicado a entender as disfunções sensoriais no TEA, o que ocorre no sistema nervoso e os genes relacionados. Já se sabe que pessoas com disfunções sensoriais apresentam alterações em substância branca do sistema nervoso central (que representa as fibras nervosas que conectam os neurônios e estabelecem suas ligações) de formas diferentes das pessoas no TEA, que não manifestam algum tipo de problema sensorial.
Recentemente, alguns genes foram relacionados à hipersensibilidade sensorial e autismo em modelo animal. Genes envolvidos no TEA, como MECP2, GABBR3, SHANK3 e FMR1, foram associados a problemas na discriminação tátil e hipersensibilidade tátil. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de Harvard alteraram camundongos geneticamente, de forma específica no sistema nervoso central ou apenas nas terminações nervosas da pele no sistema nervoso periférico. Esses animais foram submetidos a testes comportamentais e sensoriais. Os resultados mostraram que animais sem os genes MECP2 ou GABBR3 nos nervos da pele apresentavam ansiedade e déficit de interação social. Esses dois genes participam de um processo chamado “inibição pré-sináptica”, importante nas interações neuronais para evitar estimulações excessivas desreguladas nos neurônios.
Outro dado interessante desse estudo é que animais submetidos às mesmas alterações genéticas em MECP2 e GABBR3, mas na fase adulta, não apresentaram problemas de socialização ou ansiedade, apesar de demonstrarem os mesmos problemas sensoriais. Isso sugere (e colabora com outros dados clínicos) que um padrão sensorial tátil saudável na infância é importante para o desenvolvimento cerebral e o aprendizado de interações sociais e comportamentais.
As disfunções sensoriais prejudicam a maneira com que as pessoas no TEA interpretam o mundo físico ao seu redor e podem alterar o curso de vida. Entender essas condições de saúde que afetam pessoas no espectro do Autismo é muito importante para a qualidade de vida não só delas, mas também de seus familiares e da sociedade como um todo.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

www.pecs.com

Data: 23 e 24 de fevereiro de 2017
Horário: 8:30 às 16:30
Local: Alta Reggia Plaza Hotel - Rua Dr. Fraive, 846
Curitiba - Paraná
Inscrições: http://www.pecs.com

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Entrevista sobre o TEA com Amanda Bueno dos Santos

A diretora clínica do CEDIN, Amanda Bueno dos Santos, esclarece sobre o Transtorno do Espectro do Autismo no programa "Vamos falar de", da TV Sinal, que conta também com a participação das ativistas e mães de autistas, Rosimere Benites e Fernanda Maria, que estarão presentes na audiência. Confira a entrevista no link abaixo:
https://www.facebook.com/PericlesDeMello/videos/1201283823321771/


]https://www.facebook.com/PericlesDeMello/videos/1201283823321771/ 


A audiência pública sobre A Legislação do Autismo e sua Regulamentação no Paraná acontecerá amanhã (15/02/17) em Curitiba. Venha participar com a gente!

Data: 15 de fevereiro de 2017
Horário: 9 h
Local: Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná - Praça Nossa Senhora da Salete, s/n



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Convidamos a todos para participar da Audiência Pública sobre a legislação do autismo e sua regulamentação no Estado do Paraná. A diretora do CEDIN, Amanda Bueno dos Santos, será uma das palestrantes deste importante evento.

Confira a lista de palestrantes:
Nilton Salvador
Sergio Antoniuk
Renata Flores Tibyriça
Berenice Piana
Márcia Regina M.S. Valiati
Amanda Bueno dos Santos

Data: 15 de fevereiro de 2017
Horário: 9 h
Local: Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná - Praça Nossa Senhora da Salete, s/n


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