sábado, 26 de junho de 2010

ALUNO COM SÍNDROME DE ASPERGER É DESAFIO PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Especialistas defendem opção por ensino regular.
Animação em cartaz nos cinemas traz personagem com Asperger.


Vanessa Fajardo
Do G1, em São Paulo
Especialistas defendem que as crianças que apresentam este tipo de síndrome podem - e devem - frequentar escolas regulares. “As pessoas aprendem de jeitos diferentes e a pluralidade faz com que a escola fique cada vez mais interessante. Ambientes homogêneos são desinteressantes”, diz Liliane Garcez, coordenadora do curso de pós-graduação inclusiva do Instituto Vera Cruz.

Para Liliane, o papel da escola é aproveitar o potencial do aluno e canalizá-lo para os demais conteúdos da série que cursa. "É preciso aprofundar o conhecimento sobre estas síndromes para melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas envolvidas. Não cabe mais a segregação."
Em cartaz nos cinemas, a animação “Mary e Max – Uma Amizade Diferente” mostra os problemas dos “aspies”. Na ficção, Mary, de 8 anos, uma menina gordinha e solitária, que mora na Austrália, torna-se amiga de Max, um homem de 44 anos, que tem síndrome de Asperger e vive em Nova York. Ambos têm dificuldade de fazer amigos e passam a trocar correspondências onde compartilham alegrias e decepções.
Na animação, Max é um homem de 44 anos que tem síndrome de Asperger (Foto: Divulgação)

Famílias

Na vida real, a professora e atual presidente da AMA (Associação de Amigos dos Autistas), em São Paulo, Sonia Maria Costa Alabarce Nardi, de 48 anos, conhece as dificuldades da síndrome. Seu filho, Guilherme Alabarce Nardi, de 15 anos, tem Asperger e passou por três escolas antes de completar 7 anos. “As escolas não estavam preparadas para recebê-lo porque ele chorava muito e não aceitava regras.”

Sonia buscou apoio na AMA, que fornecia suporte pedagógico a Guilherme e o matriculou em uma escola pequena, onde os funcionários podiam lhe dar mais atenção. “Ele não tinha facilidade de conviver com outras crianças e tivemos de nos adaptar.” Hoje, no segundo ano do ensino médio, Guilherme tem notas exemplares. “Ele é muito inteligente, tem uma memória excelente, mas a convivência ainda é um pouco difícil. São poucos os amigos.”

A auxiliar financeira Maria Aparecida de Santana Oliveira, de 53 anos, também tem um filho com a síndrome. Jefferson Santana de Oliveira, hoje com 23 anos, sempre estudou em colégios comuns. “Ele conseguiu acompanhar, ficava um pouco isolado, mas, aos poucos, começou a interagir. Às vezes os colegas o excluíam, mas ele gostava de ir à escola. Tinha dificuldade em matemática, mas muita facilidade para línguas.”
Concluído o ensino médio, Jefferson tem uma nova batalha: encarar a frustração de não ter passado no vestibular da Universidade de São Paulo (USP) e retomar os estudos. A mãe diz que antes o jovem quer encontrar um emprego.
Diagnóstico

O primeiro obstáculo dessas famílias é acertar o diagnóstico. Muitas vezes percorrem verdadeiras maratonas em psicólogos, psiquiatras e neurologistas que chegam a confundir a síndrome com hiperatividade ou déficit de atenção. “São sintomas sutis e muitas vezes os pais não identificam porque acham que é o jeito da criança”, afirma Cinara Zanin Perillo, psiquiatra especialista em infância e adolescência.

Outra característica da síndrome é a fixação por interesses específicos, geralmente ligados ao campo das ciências, como biologia, corpo humano, astronomia ou dinossauros.

Os “aspies” têm dificuldade de centrar o olhar em um determinado ponto e entender metáforas. Todas as expressões, para eles, têm sentido literal.

A síndrome de Asperger é causada por alterações genéticas associadas a fatores hereditários. É mais comum em meninos e os indícios podem ser percebidos a partir dos 3 anos. Segundo Cinara, é comum que os portadores desenvolvam outros transtornos psiquiátricos. Não há cura.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

MAMÃES, ATENÇÃO!!!!!

Tenho recebido muitos comentários solicitando orientações.

Muitas vezes eu não consigo ter acesso aos seus emails quando falam comigo apenas por comentários.

Resolvi então fazer um cadastro de mães, professores, enfim, de quem tem dúvidas e quer receber tudo direto no email!

1º Passo:

Me enviem um email com o nome "CADASTRO" para este endereço:

2º Passo:

Assinem nosso feed e recebam atualizações em sua página inicial:


Entrem em nossas redes sociais para entrar em contato com outras mães, profissionais e interessados:

Hoje recebi um comentário da mamãe do Kaio, Claúdia, e não consigo responder sem o endereço de email!


Um grande abraço!

terça-feira, 22 de junho de 2010

MENINO AUTISTA QUEBRA SILÊNCIO E SE COMUNICA POR COMPUTADOR

Usando técnica conhecida como comunicação facilitada, britânico de 13 anos, passou a se expressar e até a escrever poemas.

Jamie Ponsonby não consegue falar (Foto: BBC) 
O britânico Jamie Ponsonby não consegue falar e durante anos permaneceu preso em seu próprio mundo.
Sua família, porém, o ensinou a usar um teclado de computador e hoje em dia o garoto de 13 anos, que sofre de autismo, consegue não apenas se expressar como também escrever poemas.
Sua mãe, Serena, disse que isso permitiu que Jamie se comunicasse com a família e que, assim, ela pudesse entendê-lo melhor.
"Nós não tínhamos ideia de que havia uma pessoa lá dentro que sabia tudo", afirmou ela.
Emoções e senso de humor
"Por meio da digitação nós descobrimos que ele sabe todo tipo de coisa. Ele está totalmente ciente de tudo, seu senso de humor está totalmente ali. Ele tem uma poesia linda, seus sentimentos e emoções são todos perfeitamente normais e acima da média para sua idade."
O diretor de pesquisas da entidade beneficente Research Autism, Richard Mills, disse que casos como o de Jamie são relativamente raros.
Ele disse que a técnica usada pelos pais de Jamie para ajudá-lo a se comunicar - conhecida como comunicação facilitada - apesar de polêmica, tem mostrado bons resultados.
Ela foi introduzida pela primeira vez na Austrália nos anos 70 e consiste em alguém apoiar a mão, o pulso ou o braço de um a pessoa com deficiência comunicativa enquanto esta usa um teclado ou outro aparelho para formar palavras e frases.
"Nós sabemos que pessoas com autismo muitas vezes precisam de muito tempo de processamento. Eles precisam que as coisas sejam visuais, então palavras digitadas em um teclado tendem a funcionar melhor (do que outras formas de comunicação como o uso da fala, por exemplo)".
Paciência
Serena disse que apesar de Jamie digitar com lentidão - ele levou duas semanas para digitar seu poema sobre autismo - ele está, aos poucos, ficando mais rápido e independente.
Ela percebeu que havia um problema com seu filho quando ele tinha 18 meses de idade.
"Ele foi diagnosticado com dois anos e meio, mas desde os 18 meses eu sabia que algo não estava certo. Ele costumava adorar música mas começava a gritar quando eu o levava para aulas de música", disse ela.
Durante alguns anos após seu diagnóstico, Jamie perdeu mais e mais habilidades , incluindo a fala. Ele tinha uma habilidade limitada para se comunicar por meio de sinais, portanto a comunicação se tornou difícil.
"Nós começamos a estimulá-lo a digitar aos nove anos de idade, após eu ler um livro sobre alguém que achava mais fácil digitar, apesar de ela saber falar", contou Serena.
"Pensei que talvez pudesse ser um caminho diferente. Começamos a estimulá-lo a digitar as palavras que ele sabia usar com sinais e fizemos progressos bem, bem lentos. Nós muitas vezes pensamos em desistir."
"Depois de alguns anos ele começou a ler placas e vimos que ele conseguia ler. Começamos a fazer perguntas e ele digitava todo tipo de coisa que nem sabíamos que ele conhecia", disse a mãe.
"Como uma família, isso nos permitiu a saber que existe alguém ali que sabe tudo que está acontecendo. Ele adora viajar e se você sabe que ele está ganhando algo com isso, sua paciência aumenta."
"Você não fala com ele como com alguém que não entende - sua autoestima e confiança estão infinitamente melhores."
Apesar do sucesso descrito pela família, a técnica da comunicação facilitada é criticada por cientistas que questionam o grau de interferência dos responsáveis no momento de comunicação pelo teclado.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pediatras e psiquiatras se unem para cuidar da saúde mental de crianças de 0 a 6 anos

Do nascimento à adolescência, a criança terá no mínimo 20 consultas com o pediatra, para avaliar sua saúde física e prevenir doenças. Já a saúde mental só será percebida se virar um problema para pais e mães, a maioria refém do modo de vida contemporâneo, em que predominam o estresse, as muitas horas fora de casa, as dificuldades para impor limites e, muitas vezes, a terceirização da educação a babás e escola. 
Os reflexos da modernidade e da competitividade incidem sobre os filhos. No corre-corre da rotina, são cada vez mais cedo submetidos a provas rígidas, precisam dar conta de grande quantidade de deveres de casa, têm menos tempo para brincar e muitas vezes isolam-se em frente a telas de TV, videogames, computadores.
Mas algumas mudanças já podem ser vislumbradas nesse cenário. Até o fim do ano, a Sociedade Brasileira de Pediatria, atendendo a um pleito antigo de psiquiatras da área infantil, começará a capacitar os pediatras para que eles identifiquem também a quantas anda a saúde mental da criança. Um dos objetivos é diagnosticar precocemente problemas graves, como o autismo, para o tratamento ser iniciado imediatamente. Mas o desafio não se restringe às patologias: o pediatra também será fundamental para perceber comportamentos inadequados e dificuldades dos pequenos, como agressividade, problemas de aprendizagem, ansiedade e medos. E poderão passar a bola para o psiquiatra orientar a família no tratamento.
-- É muito importante acompanhar as crianças entre 0 e 6 anos, para percebermos os sinais de alerta. Muitas vezes, a criança está só passando por uma fase mais difícil porque vai ganhar um irmãozinho e orientamos a família a ajudá-la. Outras vezes, há uma dificuldade simples que a impede de avançar na escola e ninguém percebe. E há também casos mais graves, como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e autismo. O bacana é que todas essas crianças que vão ao ambulatório são acompanhadas até os 15, 16 anos - diz a psiquiatra Gabriela Dias, coordenadora do Ambulatório Pré-Escolar da Santa Casa, autora junto com o marido e psiquiatra Fabio Barbirato, chefe do Setor de Psiquiatria Infanto-Juvenil da Santa Casa, de "A mente de seu filho" (Agir), um guia para a família estimular as crianças e identificar distúrbios psicológicos na infância.
Ansiedade atinge crianças pequenas
O.K., saúde mental é importantíssima, mas será que crianças tão novas precisam realmente de um acompanhamento? Segundo Barbirato e Gabriela, sim. Primeiro, porque nesta fase, até os 6 anos, é possível prevenir problemas mais graves no futuro, só com a terapia familiar e orientações simples, e evitar que um probleminha vire um problemão. E depois porque pesquisas internacionais, como a coordenada pela psiquiatra americana Hellen Egger, mostram que cerca de 10% das crianças entre 0 e 6 anos têm algum transtorno psiquiátrico grave, que causa grande comprometimento em suas vidas.
- Pouco se falava de ansiedade e depressão na infância e hoje já sabemos que 10% das crianças sofrem do problema. É duas vezes mais frequente na infância que TDAH e autismo. E, segundo a Organização Mundial de Saúde, ansiedade e depressão são muito mais incapacitantes na vida $do que qualquer outra doença - explica Barbirato.
Mas aquela criança agitada, ansiosa, ligeiramente estressada se enquadra nesses 10%?
- Não - garante Gabriela. - Nesses 10% é quando ocorre o comprometimento: a criança que não quer mais ir à escola, sair de casa, ver amigos.
Jéssica, de 9 anos, paciente da Santa Casa, faz parte dessa porcentagem. Diagnosticada com Transtorno de Ansiedade Generalizada, ela é tratada com terapia:
- Eu sou muito ansiosa, perco o sono, tenho bruxismo. Estudo, sei a matéria, mas sempre acho que vou me dar mal na prova. E fico estudando mais e mais.
Vitoria, de 9 anos, de olhar sério e poucos sorrisos, sente um enorme complexo de inferioridade, como definiu sua tia, apesar de muito inteligente. É super-responsável, preocupada ao extremo, e agora acha que tem poucos amigos na escola.
- Eu tinha algumas amigas, elas arrumaram novas e eu fiquei sobrando. Agora estou me esforçando para fazer outras amizades - conta.
Dados epidemiológicos apresentados no Congresso da Academia Americana de Psiquiatria da Infância e Adolescência em 2007 mostram que os transtornos de ansiedade são os mais comuns na fase pré-escolar, seguidos por transtorno opositivo-desafiador, TDAH e depressão.
- Mas o foco principal do ambulatório pré-escolar e desse trabalho integrado com os pediatras não é a doença. Queremos, sim, identificar logo alterações de temperamento, reconhecer aquele que é mais introspectivo, o mais agressivo, os problemas de convivência em grupo, as dificuldades de cognição, a birra frequente, os comportamentos inadequados, para ajudar a família. O tratamento consiste basicamente na orientação aos pais. Temos que ouvir a família e saber que nela está a chave da mudança - destaca Barbirato.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo Vaz, é o pediatra quem entende de desenvolvimento infantil e daí a importância da parceria com o psiquiatra. As etapas do desenvolvimento cognitivo e físico são muito individuais e compreendem uma faixa etária extensa, mas alguns marcos - como uma criança de 1 ano e meio não estar falando nada - não podem ser desprezados. E compreender essas etapas, serviço que o livro de Barbirato e Gabriela destrincha para os pais, ajuda tanto a não minimizar os diagnósticos como também a não maximizá-los.
- O desenvolvimento do cérebro é muito importante até os 6 anos, mas principalmente até os 3. Quem não recebe afeto nos primeiros anos de vida dificilmente vai gostar do outro. O pediatra precisa entender a dinâmica da família. Temos 35 mil pediatras no Brasil. Se eles estiverem treinados para identificar doenças ou problemas de comportamento da criança, tudo pode ficar mais fácil - explica Vaz, que destaca o trabalho do pediatra Ricardo Halpern, presidente do Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da SBP. - Houve uma mudança grande no estilo de vida dos pais e dos filhos. E há uma busca desenfreada pelo sucesso. Isso gera um impacto sobre a saúde mental das crianças. 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PROGRAMAÇÃO EVENTO- DIA DO ORGULHO AUTISTA 6ª edição mundial 18JUNHO2010

O Autismo pede socorro!

Uma mensagem a todos os membros de Movimento Orgulho Autista Brasil

18JUNHO2010 DIA DO ORGULHO AUTISTA
6ª edição mundial

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO:Credenciamento e Recebimento de material

Mesa de abertura (8h às 10h):
 -1ª Dama do Distrito Federal
Karina Curi Rosso
 -Coordenador CORDE-DF
Fernando Cotta
 -Secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania
Geraldo Martins Ferreira
 -Subsecretária de Cidadania
Adryani Fernandes Lobo -Coordenador Curso Psicologia IESB
João Cláudio Todorov -Presidenta do Movimento Orgulho Autista Brasil
Alexandra Capone
 -Presidenta Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Marcia Muniz


2ª Mesa (10h às 12h30min):
 - Professora SEDF
Giselda Jordão - Professor CETEFE
Ulisses de Araújo - Diretor Técnico CLIAMA
Aluísio Maluf  - Psicóloga CLIAMA
Anna Cristina Pires de Mello
3ª Mesa (13h30min às 16h): 
 - Médico Professor UNB
Icaro Batista
 - Médica Psiquiatra COMPP
Rosa Horita
 - Conselheira de Saúde
Maria Lúcia Gonçalves
 - Conselheira do CODDEDE
Nydia Silva

4ª Mesa (16h às 18h30min):
 - Psicólogo IESB
Gleidson Gabriel da Cruz
 - Professora IESB
Lilian Cavalheiro Rodrigues
 - Professor IESB
Marcio Borges Moreira

Identificada primeira droga a demonstrar efeito terapêutico contra o autismo

Solicitei informações a profissionais sobre essa notícia e em breve comentarei melhor sobre ela. Fiquem de olho!


 Foto: Divulgação The Mount Sinai Medical Cente
Drogra de efeito terapêutico sobre um tipo de autismo desenvolvida pela Faculdade de Medicina Mount Sinai
Pesquisadores da Faculdade de Medicina Mount Sinai identificaram a primeira droga a demonstrar efeito terapêutico sobre um tipo de autismo. A droga mostrou eficácia na melhoria a comunicação entre as células nervosas de um modelo do rato com a Síndrome Phelan-McDermid (PMS). Os sintomas comportamentais de PMS enquadram-se na categoria do transtorno do espectro autista.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que uma mutação genética no cérebro chamada SHANK3 pode causar habilidades de linguagem ausentes ou severamente atrasadas, deficiência mental e autismo. A equipe de pesquisa desenvolveu ratos com o gene mutante SHANK3 e observou um lapso na comunicação entre as células nervosas no cérebro, que pode levar a problemas de aprendizagem. Essa falha de comunicação indicou que as células nervosas não foram amadurecendo de forma adequada.
Os pesquisadores injetaram então nos roedores um derivado de um composto chamado fator de crescimento 1 semelhante à insulina (IGF1), utilizado para tratar a insuficiência do crescimento em crianças.
Após duas semanas de tratamento, a comunicação entre as células nervosas foi normal e a adaptação das células nervosas para a estimulação, uma parte essencial da aprendizagem e da memória, foi restaurada.
"O resultado do tratamento com IGF1 nestes ratos é um desenvolvimento animador no caminho para terapias de pessoas com PMS", disse o pesquisador Joseph Buxbaum. "Se estes dados forem verificados em novos estudos pré-clínicos, os indivíduos com uma mutação SHANK3 podem se beneficiar de tratamentos com compostos como este."

fontes:

http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/7648/ciencia-e-tecnologia/identificada-primeira-droga-a-demonstrar-efeito-terapeutico-contra-o-autismo

 Síndrome deleción 22q13

De Wikipedia, a enciclopedia livre

  1. REDIRECT Plantilla:Ficha de doença
A deleción do extremo distal do cromosoma 22 associa-se a atrasos do desenvolvimento moderados a severos e a atraso mental. É conhecido também como síndrome de Phelan-McDermid.
 Etiología
A deleción afecta a região terminal do braço longo do cromosoma 22 (o cromosoma paterno em 75% dos casos), desde 22q13.3 até 22qter. Ainda que a deleción é o resultado de uma mutación de novo a maior parte do tempo, existe também uma forma hereditaria devida a traslocaciones cromosomales familiares envolvendo o cromosoma 22. Na forma de novo, o tamanho da deleción é variable e pode ir desde os 130kbp (130.000 pares de bases) até os 9Mbp (9.000.000 de pares de bases). Alguns signos clínicos parecem estar correlacionados com o tamanho da deleción, no entanto, as características principais da síndrome parecem ser independentes do tamanho, e dependentes só da deleción do gene Shank3 [1]. Acha-se que a haploinsuficiencia de Shank3 é a responsável pelos déficits neurológicos da síndrome (Wilson et a o., 2003).
A proteínas codificadas pelos genes Shank jogam um papel importante na maduración e estabilização das sinapsis entre neurónios no cérebro. Estas proteínas proveen o suporte estrutural para o asamblaje dos receptores de glutamato com o aparelho de señalización intracelular e o citoesqueleto na densidade postsináptica:
  • A inducción experimental da expressão de Shank3 tem mostrado ser capaz de produzir a formação de espinhas dendríticas funcionales em neurónios cerebelares lisas (sem espinhas dendríticas) (Roussignol et a o., 2005).
  • A actividade das redes de neurónios cerebrais regula a degradación de grandes grupos de proteínas postsinápticas através da proteína ubiquitina. As proteínas Shank foram identificadas como umas das poucas proteínas da densidade postsináptica que podem ser degradadas por ubiquitinación (Waites et a o., 2005)
Vão Bokhoven et a o. (1997) têm atribuído também o gene WNT7B à posição 22q13.3 [2]. Wnt7b actua através Dvl1 para regular o desenvolvimento dendrítico. Rosso et a o. (2005) descobriram que a sobreexpresión de Wnt7b produz um aumento da ramificación dendrítica em neurónios do hipocampo no cérebro do rato. Ratos knockout de Dvl1 são viables, fértiles e estruturalmente normais, mas mostram interacção social reduzida e patrões de sonho anormales (Lijam et a o, 1997)

Incidencia

Desconhece-se com certeza a incidencia da síndrome de deleción 22q13. A técnica genetica avançada essencial para sua diagnostico, hibridación fluorecente in situ (FISH pelas siglas em inglês de Fluorescent In Situ Hybridization), está disponível somente desde 1998 aproximadamente, e requer de laboratórios com instalações especializadas. Actualmente pensa-se que a síndrome de deleción 22q13 é probremente diagnosticado, e que pode ser uma das principais causas de atraso mental idiopático (Manning and a o. 2004).

Descrição

A quase totalidade dos meninos afectados de deleción 22q13 desenvolvem a linguagem com um atraso severo, ou nunca. Apresentam dismorfismos faciais menores, tais como unhas dos pés delgadas e quebradizas (78%); mãos grandes e carnudas (68%); grandes pés; orelhas prominentes e não muito bem formadas (65%); e outras características que não são evidentes ao exame visual como hipotonia (97%); crescimento normal ou acelerado (95%); grande tolerância à dor (86%); convulsões (percentagem desconhecida); estrabismo; anomalías da medula espinal; visão central pobre [3].

Referências e Fontes

  • Bonaglia MC, Giorda R, Mani E, Aceti G, Anderlid BM, Baroncini A, Pramparo T, Zuffardi Ou (2005) Identification of a recurrent breakpoint within the SHANK3 gene in the 22q13.3 deletion syndrome. J Med Genet (Epub ahead of print) PMID 16284256.
  • Manning MA, Cassidy SB, Clericuzio C, Cherry AM, Schwartz S, Hudgins L, Enns GM, Hoyme TENHO (2004) Pediatrics 114(2):451-7. PMID 15286229
  • Phelan MC, Rogers RC, Saul RA, Stapleton GA, Sweet K, McDermid H, Shaw SR, Claytor J, Willis J, Kelly DP (2001) 22q13 deletion syndrome. Am J Med Genet, Vol. 101, Não. 2., pp. 91-99. PMID 11391650.
  • Rosso SB, Sussman D, Wynshaw-Boris A, Salinas PC (2005) Wnt signaling through Dishevelled, Rac and JNK regulates dendritic development. Nature Neurosci. 8: 34-42, 2005. PMID 15608632
  • Roussignol G, Ango F, Romorini S, Teu JC, Salga C, Worley PF, Bockaert J, Fagni L (2005) Shank expression is sufficient to induze functional dendritic spine synapses in aspiny neurons. J Neurosci, Vol. 25, Não. 14., pp. 3560-3570. PMID 15814786
  • Vão Bokhoven H, Kissing J, Schepens M, vão Beersum S, Simons A, Riegman P, McMahon J A, McMahon AP, Brunner HG (1997) Assignment of WNT7B to human chromosome band 22q13 by in situ hybridization. Cytogenet. Cell Genet. 77: 288-289. PMID 9284940
  • Waites CL, Craig AM, Garner CC (2005) Mechanisms of vertebrate synaptogenesis. Annu Rev Neurosci, Vol. 28, pp. 251-274. PMID 16022596.
  • Wilson HL, Wong ACC, Shaw SR, Tse WY, Stapleton GA, Phelan MC, Hu S, Marshall J, McDermid TENHO (2003) Molecular characerisation of the 22q13 deletion syndrome supports the role of haploinsufficiency of SHANK3/PROSASP2 in the major neurological symptoms. J Med Genet 40:575-584. PMID 12920066

Notícia do dia: INCLUSÃO DE AUTISTAS EM ESCOLA REGULAR DIVIDE ESPECIALISTAS

  E a polêmica continua!!
 Qual é sua opinião sobre o assunto? Divida conosco!

O neuropediatra José Salomão Schwartzmann criticou a exigência de que as crianças autistas sejam educadas em escolas regulares. Para ele, a adaptação às escolas comuns depende de cada criança. “Se o indivíduo tiver rendimento na escola regular, tudo bem. Mas exigir isso de todos é um desserviço à pessoa, que vai se marginalizar ao invés de socializar”, disse o médico, que condenou o fechamento das escolas especiais.
A diretora da Escola Metamorfose de Niterói (RJ), Sandra Cerqueira, afirmou que, na sua experiência à frente de uma escola privada especializada em autismo, um portador da doença precisa de alguns requisitos mínimos na educação que não são oferecidos pelo Poder Público: acompanhamento familiar especializado, número reduzido de alunos, currículo personalizado e equipe muiltisciplinar. “O autista tem de ser avaliado individualmente e ser tratado nas suas deficiências”, disse.
Já a pesquisadora da Universidade Federal de Natal Eliana Rodrigues Araújo defendeu a inclusão dos autistas em escolas regulares. “A educação pública é um direito de todas as crianças, e é preciso que se ofereça condições para isso”, comentou a pesquisadora, que tem um filho autista. Segundo ela, a inclusão do seu filho na escola só foi possível depois de muito diálogo com os professores, que não estão capacitados para lidar com crianças autistas.

ALIMENTAÇÃO
O médico Salomão Schwartzmann criticou ainda o uso de tratamentos que não foram comprovados cientificamente, como é o caso do uso de dietas sem glúten em crianças autistas. O método é utilizado pela diretora da Escola Metamorfose, Sandra Cerqueira, que defende projetos de leis estaduais para que o Sistema Único de Saúde (SUS) financie exames para o estudo desse tratamento.
O médico alertou que o sucesso em casos pontuais não pode ser generalizado sem o devido estudo. “Se o filho de alguém tem alteração quando come glúten, ele tem de ter uma dieta especial. Mas sugerir que isso seja aplicado a todos os autistas do Brasil e que o Poder Público pague por isso, sem comprovação científica, não tem sentido”, afirmou Schwartzmann. Segundo ele, ainda não se conhecem as consequências de retirar o glúten da dieta de uma pessoa que não tenha alergia.
Sandra Cerqueira rebateu as críticas do neuropediatra. Ela disse que há pesquisas suficientes que apontam intolerância ao glúten e outras substâncias por crianças autistas e que é preciso investir na pesquisa desses sintomas. “Quanto tempo vamos esperar para que essas pesquisas sejam comprovadas? Até que nossos filhos cresçam, se tornem adultos e já não possam ser tratados?”, questionou a diretora.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

GRATUITO! I SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR SOBRE AUTISMO E EDUCAÇÃO - PRESENCIAL E À DISTÂNCIA NA UFSM

DIVULGANDO EM PRIMEIRA MÃO!!!
I SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR SOBRE AUTISMO E EDUCAÇÃO

Obrigada à Patrícia Lourega de Panambi/RS por me enviar material para divulgação!
As inscrições serão abertas no dia 24/06.
Um grande abraço a todos,
Amanda

O I Seminário Transdisciplinar Sobre Autismo e Educação será um evento realizado no Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Pretende funcionar como momento para a troca de conhecimentos e experiências entre os participantes mediante a criação de um espaço de diálogo e interação. 
O objetivo será de fornecer informação multidisciplinar, especializada e cientificamente embasada aos estudantes, profissionais e familiares de autistas a respeito do tema Autismo e outros Transtornos Globais do Desenvolvimento.
Os temas que serão discutidos no seminário abordarão desde os conhecimentos da área médica até as questões educacionais do aluno com o autismo. 

Serão ao todo 6 palestras entre Julho e Dezembro de 2010, ocorrendo mensalmente ás quintas-feiras, das 19:00 ás 20:30hs. A palestra de abertura será no dia 8 de julho com a presença da Dra Maria Sonia Goergen (Neuropediatra especialista em autismo).
As inscrições serão gratuitas, mas devem ser solicitadas através site  do grupo de pesquisa promotor do evento EDUCAÇÃO ESPECIAL E AUTISMO.
As inscrições ocorrerão de duas maneiras: presencial ou á distância.
1)    Presencial: As inscrições serão realizadas no hall do Centro de Educação a partir do dia 24 de junho para aluno de graduação e no site para professores, profissionais de outras áreas, familiares e alunos de pós-graduação interessados no tema. O auditório Audimax do Centro de Educação conta com 120 lugares e será oferecida uma cota de 80 destes para cada grupo interessado (professores, profissionais de outras áreas, pais)e o restante para alunos interessados no evento.
2)    À distância: As inscrições devem ser feitas no site, preenchendo um cadastro com suas informações pessoais. Essa modalidade terá 4000 vagas e as palestras serão assistidas pela internet.
*Para cada palestra é necessária uma nova inscrição, confirmando a sua participação.
Inscrições para o evento clique aqui: www.ufsm.br/autismo/eventos
RESPEITE O TRABALHO DO COLEGA!
Se for copiar esta portagem credite ao http://caminhosdoautismo.blogspot.com
Obrigada!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

ARTIGO CIENTÍFICO: AUTISMO- BREVE REVISÃO DE DIFERENTES ABORDAGENS

Indico este artigo científico por ser muito esclarecedor quanto às abordagens do estudo autismo. Escrito por uma das autoras que mais me utilizo para estudo.

Clique no nome do artigo para acessar o texto completo.

Bom início de semana para todos e lembrem-se:
ESTUDAR SEMPRE!!!!

Cleonice Bosa
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Maria Callias
Institute of Psychiatry – University of London, Inglaterra

O artigo examina diferentes abordagens no estudo do autismo: psicanálise, teoria afetiva, teoria da mente, teorias neuropsicológicas e de processamento da informação. As principais contribuições e limitações dessas abordagens são identificadas. Reivindica-se a necessidade de integração dos diferentes domínios e de investigações que incluam tanto as deficiências quanto as competências sociais dos indivíduos com autismo. Isso auxiliaria no reconhecimento das diferenças individuais ao longo do continuum autista.
Palavras-chave: Autismo; revisão; diferentes abordagens.
Cleonice Bosa é Psicóloga, especialista em Psicopedagogia Terapêutica, Mestre e, Pscologia  do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e PhD em Pscologia pelo Instituto de Psquiatria, Universidade de Londres, Professora do PPG em  Psicologia do Desenvolvimento e da Personalidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Maria Callias é BA (Hons.), MA. MSC, PHd, em Psicologia Clínica, Professora e Psicóloga Clínica do Instituto de Psquiatria, University of London e Moudsley Hospital (até 1995). Atualmente, Chefe do Departamento de Psicologia Clínica da Infância e da Adolescência do St. George's Hospital, Londres, Inglaterra.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

REVISTA NATURE: DESCOBERTOS NOVOS GENES RAROS DO AUTISMO

Este estudo foi publicado na Revista NATURE ontem!
Agradeço ao Dr. Carlos Gadia por ter me enviado o arquivo por email para contribuir com o blog.
Sou muito grata pela atenção, carinho e incentivo que tenho recebido de ti, o blog agradece muito pela contribuição!

Segue a baixo o link para a publicação na íntegra:

A INFORMAÇÃO É DE TODOS!

Um grande abraço,
Amanda
*** amandabueno.autismo@gmail.com



POR GINA PEREIRA
Novos genes de susceptibilidade para o autismo e variantes raras do genoma foram identificados em doentes autistas, muitos deles encontrados apenas no indivíduo e não nos pais. Os resultados constam de um estudo internacional, em que Portugal participa.
É o maior estudo jamais realizado sobre autismo e envolve cerca de mil doentes com perturbações do espectro do autismo, entre eles cerca de 300 crianças portuguesas que são seguidas no Hospital Pediátrico de Coimbra. Os novos resultados do Autism Genome Project (AGP), consórcio internacional criado em 2002 e constituído por 120 cientistas provenientes de 11 países, entre os quais Portugal, são hoje publicados na revista científica "Nature". E abrem a possibilidade de, no futuro, poder haver um diagnóstico precoce molecular do autismo.
O que os investigadores conseguiram agora identificar foi que os pacientes com autismo tendem a possuir no seu genoma mais alterações submicroscópicas - designadas Copy Number Variants (CNV's) - do que os indivíduos controlo. E que muitas destas alterações no ADN não são herdadas dos pais, mas correspondem a alterações dos cromossomas do próprio indivíduo, como acontece na Trissomia 21.

As causas para o aparecimento dos CNV's não são ainda bem conhecidas, mas verifica-se que podem incluir entre um a 20 genes, parte dos quais já se sabe serem importantes no autismo ou na deficiência mental.
Outra das descobertas dos investigadores é que, enquanto isoladamente cada uma destas alterações é rara - isto é, responsável por uma fracção diminuta de casos de autismo - no seu conjunto estas variantes poderão levar à doença numa grande percentagem dos indivíduos afectados. O que acentua a convicção dos cientistas de que "existe uma enorme variabilidade genética na base do autismo", disse, ao JN, Astrid Vicente, investigadora-principal da Unidade de Investigação e Desenvolvimento de Promoção da Saúde e Doenças Crónicas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que participa neste projecto.
Num "futuro longínquo", o que estes resultados podem vir a permitir é que passe a existir um teste molecular que permita fazer um diagnóstico mais precoce do autismo, visto que actualmente o único diagnóstico que existe é comportamental. Por norma, os pais têm de esperar até aos dois/três anos para terem a certeza de que os comportamentos dos filhos correspondem a um diagnóstico de autismo.
Guiomar Oliveira, médica do Hospital Pediátrico de Coimbra que também participa no estudo, admite que esse diagnóstico possa vir a permitir "tirar dúvidas mais precocemente", mas o que aponta como mais relevante neste estudo é o facto de apontar "causas até então desconhecidas". "É um avanço enorme", diz, garantindo que "todos os dias" tem estado a encontrar respostas para casos de meninos cujo autismo não tinha qualquer explicação, o que acontecia em 80% dos casos.

|A maior análise genética já feita no mundo em autistas e em suas famílias determinou que muitos pacientes têm um padrão único de mutações genéticas, e que não necessariamente herdado.
As descobertas, publicadas na edição desta semana da revista Nature, ajudam a confirmar o forte papel que os genes desempenham no autismo, e sugere que os pequenos defeitos genéticos podem começar nos óvulos e esperma dos pais.
"Nossa pesquisa sugere fortemente que esse tipo de variação genética rara é importante e responde por uma porção significativa da base genética do autismo", disse Tony Monaco, do Centro Welcome Trust de Genética Humana da Universidade Oxford, que participou da chefia do estudo.
"Ao identificar as causas genéticas do autismo, esperamos ser capazes, no futuro, de melhorar o diagnóstico e o tratamento dessa condição", disse ele a jornalistas.
O Projeto Genoma do Autismo estudou os genes de 996 pessoas com autismo e 1.287 sem, todas de ancestralidade europeia.
A equipe descobriu que pessoas com autismo tendem a ter mais perdas e duplicações de blocos inteiros de DNA. Essas deleções e inserções são chamadas variantes de número de cópias, e podem interferir no funcionamento dos genes.
Pessoas com autismo têm, em média 19% mais dessas mudanças genéticas que as sem a condição. Os pesquisadores também determinaram que cada caso de autismo tem um conjunto diferente de perturbações, embora algumas afetem genes de função similar.
"Aqui é onde fica complicado. Vasa criança mostrou uma perturbação diferente em um gene diferente", disse o médico Stanley Nelson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
Daniel Geschwind, também da UCLA, declarou que as descobertas indicam que "minúsculos erros genéticos podem ocorrer durante a formação dos óvulos e esperma dos pais", e que essas variações acabam copiadas no genoma da criança.
"A criança autista é a primeira pessoa da família a carregar a variante. Os pais não têm", disse ele.
A descoberta apoia o consenso emergente de que o autismo é causado, em parte, por "variantes raros", ou mudanças genéticas, que só aparecem em menos de 1% da população.
Embora cada variante só responda por uma pequena parcela dos casos de autismo, juntas elas começam a dar conta de uma grande porcentagem.

Estudo liga diversas mutações genéticas, nem todas herdadas, ao autismo

O Projeto Genoma do Autismo estudou os genes de 996 pessoas com autismo e 1.287 sem


|A maior análise genética já feita no mundo em autistas e em suas famílias determinou que muitos pacientes têm um padrão único de mutações genéticas, e que não necessariamente herdado.
As descobertas, publicadas na edição desta semana da revista Nature, ajudam a confirmar o forte papel que os genes desempenham no autismo, e sugere que os pequenos defeitos genéticos podem começar nos óvulos e esperma dos pais.
"Nossa pesquisa sugere fortemente que esse tipo de variação genética rara é importante e responde por uma porção significativa da base genética do autismo", disse Tony Monaco, do Centro Welcome Trust de Genética Humana da Universidade Oxford, que participou da chefia do estudo.
"Ao identificar as causas genéticas do autismo, esperamos ser capazes, no futuro, de melhorar o diagnóstico e o tratamento dessa condição", disse ele a jornalistas.
O Projeto Genoma do Autismo estudou os genes de 996 pessoas com autismo e 1.287 sem, todas de ancestralidade europeia.
A equipe descobriu que pessoas com autismo tendem a ter mais perdas e duplicações de blocos inteiros de DNA. Essas deleções e inserções são chamadas variantes de número de cópias, e podem interferir no funcionamento dos genes.
Pessoas com autismo têm, em média 19% mais dessas mudanças genéticas que as sem a condição. Os pesquisadores também determinaram que cada caso de autismo tem um conjunto diferente de perturbações, embora algumas afetem genes de função similar.
"Aqui é onde fica complicado. Vasa criança mostrou uma perturbação diferente em um gene diferente", disse o médico Stanley Nelson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
Daniel Geschwind, também da UCLA, declarou que as descobertas indicam que "minúsculos erros genéticos podem ocorrer durante a formação dos óvulos e esperma dos pais", e que essas variações acabam copiadas no genoma da criança.
"A criança autista é a primeira pessoa da família a carregar a variante. Os pais não têm", disse ele.
A descoberta apoia o consenso emergente de que o autismo é causado, em parte, por "variantes raros", ou mudanças genéticas, que só aparecem em menos de 1% da população.
Embora cada variante só responda por uma pequena parcela dos casos de autismo, juntas elas começam a dar conta de uma grande porcentagem.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

FILME 2010: OCEAN'S HEAVEN - JET LI INTERPRETA PAI DE UM AUTISTA

Tradução: Amanda Bueno

O diretor Xue Xiaolu e o elenco do filme "Ocean Heaven" participou de uma exposição de arte por crianças autistas no dia 02 de abril em Pequim, para marcar o Autism Awareness Day deste ano.
  "Ocean Heaven" é o primeiro filme dramático do ator Jet Li e é dedicado a informar sobre crianças autistas e suas famílias.

O filme é sobre o relacionamento entre um homem doente terminal interpretado por Li e seu filho autista adolescente interpretado por Wen Zhang. A atriz Kwai Lun-Mei interpreta um palhaço que se apresenta num aquário que acaba por conhecerpai e filho.
Baseado em uma história real, "Ocean Heaven" é a estréia como diretor de Xue Xiaolu. O diretor já escreveu o roteiro para o filme de Chen Kaige "Together".

"Ocean Heaven" será lançado em julho.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

AAMPARA -CURSO AUTISMO EM CURITIBA. DIAS 16 E 17 DE JULHO!

Curso em Curitiba!!!!
Dias 16 e 17 de julho.

Especial PECS: Sistema de Comunicação por Troca de Figuras


Já que estamos rumo à 6.000 visitas resolvi postar, em agradecimento, um especial sobre o PECS.
O que é, suas fases, indicação de sites, vídeo e artigo científico.
Que obter modelos de cartões?
E também nosso perfil no orkut: ORKUT: CAMINHOS DO AUTISMO

Um grande abraço! Obrigada! 
Desejo uma ótima semana à todos!
Amanda *** amandabueno.autismo@gmail.com


O Picture Exchange Communication System (PECS), em português, Sistema de Comunicação por Troca de Figuras, foi desenvolvido em 1985 como um pacote de treinamento aumentativo/alternativo único que ensina crianças e adultos com autismo e problemas correlatos de comunicação a começarem a se comunicar. Inicialmente utilizado no Delaware Autistic Program, o PECS é reconhecido mundialmente por se dedicar aos componentes iniciativos da comunicação. Ele não requer materiais complexos ou caros e foi desenvolvido tendo em vista educadores, cuidadores e familiares, o que permite sua utilização em uma multiplicidade de ambientes.

O PECS começa ensinando o aluno a trocar uma figura por um item desejado com o “professor”, que imediatamente satisfaz seu pedido. O protocolo de treinamento é baseado no livro de B.F. Skinner, Verbal Behavior (Comportamento Verbal) em que comportamentos verbais funcionais são sistematicamente ensinados usando estratégias de estímulo e reforço que levarão a uma comunicação verbal independente. Dicas verbais não são utilizadas, o que contribui para um início imediato e evita a dependência de dicas. O ensino continua com a discriminação de símbolos e como colocá-los juntos numa frase simples. Nas Fases mais avançadas, os indivíduos são ensinados a comentar e responder perguntas diretas. Muitas crianças que estão na fase pré-escolar e utilizam o PECS começaram a desenvolver a fala.

O sistema tem sido bem sucedido com adolescentes e adultos que têm um amplo comprometimento comunicativo, cognitivo e físico. O embasamento para o sistema é fornecido pelo Manual de Treinamento do PECS, 2ª Edição, escrito por Lori Frost, MS, CCC/SLP e Andrew Bondy, PhD. O manual fornece todas as informações necessárias para a implementação efetiva do PECS, guiando os leitores por seis fases de treinamento e oferecendo exemplos, dicas úteis, e modelos para elaboração de um relatório de dados e progresso. O manual de treinamento é reconhecido por profissionais de comunicação e análise do comportamento como um guia prático e eficaz para um dos sistemas mais inovadores disponíveis.
FASES DO PECS:

 Um panorama do PECS...
Fase I - Ensina os alunos a iniciarem a comunicação desde o início por meio da troca de uma figura por um item muito desejado.
Fase II - Ensina os alunos a serem comunicadores persistentes - ativamente irem à busca de suas figuras e irem até alguém e fazerem uma solicitação.
Fase III - Ensina os alunos a discriminar figuras e selecionar uma figura que represente um objeto que eles querem.
Fase IV - Ensina os alunos a usarem uma estrutura na frase para fazer uma solicitação na forma de “Eu quero”.
Fase V - Ensina os alunos a responderem a pergunta “O que você quer?”
Fase VI - Ensina os alunos a comentarem sobre coisas no ambiente deles, tanto espontaneamente como em resposta a uma pergunta.
Expandindo o vocabulário - Ensina os alunos a utilizarem atributos, como cores, formas e tamanhos, dentro das solicitações deles.


Indicação de sites:


Indicação de artigo científico:

Maria Amélia AlmeidaI,1; Maria Helena Machado PizaII; Dionísia Aparecida Cusin LamônicaIII

IPsicóloga. Pós-Doutorado em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos. Professora do Curso de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos
IIFonoaudióloga. Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos. Professora do Curso de Pedagogia da Universidade Vale do Itajaí
IIIFonoaudióloga. Doutora em Distúrbios da Comunicação pela Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. Professora Doutora do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo


RESUMO
TEMA: comunicação alternativa.
OBJETIVO: avaliar a eficácia do Sistema de Comunicação por Intercâmbio de Figuras (Pecs-Adaptado) e do Picture Communication Symbols (PCS) na comunicação de paralítico cerebral.
MÉTODO: participou uma menina de 9a e 10m, com quadriplegia atetóide. Aplicou-se todas as fases do Pecs-Adaptado (Walter, 2000), usando figuras do PCS (Johnson, 1998), tendo como programa o currículo funcional (LeBlanc, 1991). Utilizou-se o delineamento experimental AB, tendo "o sujeito como seu próprio controle".
RESULTADOS: a participante passou por todas as fases propostas e usou sua prancha de comunicação nas atividades curriculares escolares.
CONCLUSÃO: o Pecs-Adaptado mostrou-se efetivo para melhorar as habilidades comunicativas e escolares da participante.
Palavras-Chave: Paralisia Cerebral; Comunicação Alternativa; Barreiras de Comunicação; Patologia da Fala e Linguagem.

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