sexta-feira, 30 de abril de 2010

Em Apoio a Casa da Esperança/Fortaleza

Mães protestam em Fortaleza para garantir atendimento



Convocamos todos os pais, familiares e amigos a participarem de uma MANIFESTAÇÃO NO GABINETE DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE no dia 04/05/2010 (terça-feira) às 8:00hs da manhã o motivo dessa manifestação diz respeito á redução no repasse do SUS para a Casa da Esperança, que repercutirá na redução do número de pessoas atendidas atualmente por esta entidade.

Haverá uma concentração na Casa da Esperança, mas quem quiser poderá dirigir-se diretamente ao local que fica à Rua do Rosário,283 - Centro - 3º andar.


ESTAMOS CONTANDO COM A PRESENÇA DE TODOS, PARA FAZER VALER O DIREITO DE NOSSOS FILHOS CONTINUAREM SENDO ATENDIDOS!


Maiores informações com:Keyssiane ( Secretária ) (085) 3081-4873 ou 3278-3160ou Sônia, no celular (085) 8873-4307.

Protesto em Fortaleza:GABINETE DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE
Rua do Rosário,283 - Centro - 3º andar
04/05/2010 (terça-feira) - 8h00 (manhã)


O Secretário Municipal de Saúde de Fortaleza, Alexandre José Mont'Alverne Silva, pode ser contatado em:Fone: (85) 3452.6605


No sitehttp://www.fortaleza.ce.gov.br/

Há um formulário para enviar mensagens para a Prefeita Luziane Lins.


Fonte:
http://cronicaautista.blogspot.com/2010/04/fortaleza-protesta.html

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ALERTA - QUELAÇÃO

| David Whelan | Forbes de 18/1/2010 | 31/12/09 |

Tenho recebido muitos emails perguntando sobre Quelação. Acredito que não há algo mais esclarecedor do que esta simples reportagem.
Atenção amigos!
Um abraço,


postagem restirada do blog: http://cronicaautista.blogspot.com/2010/01/quelantes.html
Ronald Stemp

Há dois anos, Ronald Stemp, um encanador de Georgetown, Texas, começou a apresentar estranhos sintomas, incluindo esquecimento, problemas com a concentração e ataques de depressão. Sua esposa ficou preocupada que ele tivesse se exposto a toxinas no trabalho. Na internet, ela achou um lugar em Autin chamado Care Clinics que afirmava tratar de envenenamento por metais pesados.

A equipe do lugar realizou um "teste" para analisar se a urina de Stemp era positiva para metais pesados. Durante a visita seguinte, o encanador se consultou com a proprietária da clínica, Kazuko Curtin. Apesar de não ser médica ou enfermeira, ela usava um jaleco branco e lhe disse que, sem dúvida, ele sofria de envenenamento por chumbo e mercúrio. Também disse que Stemp, então com 41 anos, tinha mal de Alzheimer.

Sua prescrição: 18 meses de quelação para remover as toxinas. Duas a quatro vezes por semana, Stemp ficou quatro horas ligado a uma bolsa de soro a lhe injetar uma substância quelante que o deixava confuso e nauseado. Ele não conseguiu mais trabalhar.

-"Eu tinha desistido da vida e da família. Estava letárgico e tonto" - recorda. Ele gastou US$ 180 mil ao longo de dez meses antes de desistir, frustrado, um ano atrás. Agora, Stemp processa a Care Clinics e sua equipe por fraude. Eles negam as acusações.

Quelação é um cura-tudo, uma panacéia sem comprovação que nunca vai desaparecer. Desenvolvida para remover arsênico dos soldados contaminados por gases tóxicos durante a I Guerra Mundial, o método é usado na medicina oficial em raros casos de envenenamento agudo por metais pesados. Mas um renegado grupo de médicos a usam para um amplo espectro de doenças - tudo, desde problemas cardíacos a perda de memória - apesar das poucas evidências de sua eficácia e dos perigosos efeitos colaterais possíveis. Eles argumentam que remover pequenas quantidades de metais curará os sintomas.

Através dos anos, a quelação sempre volta. O mais novo grupo de ingênuos a ser alvo dos vendedores da quelação são os pais de crianças autistas. Alguns estão convencidos de que o autismo é causado por mercúrio nas vacinas, apesar de muitos estudos afirmarem o contrário. Centenas de médicos oferecem quelação no mercado do autismo, muitos deles certificados por um grupo empresarial chamado American College for Advancement in Medicine (Colégio Americano para o Progresso da Medicina). Um compromisso de cessação, assinado pelo grupo em 1998 com a Federal Trade Commission (Comissão Federal de Comércio), no qual se comprometia a parar com suas alegações sobre a segurança e efetividade da quelação evidentemente não se pôs no caminho desses médicos.

A quelação pode ser lucrativa. um tratamento envolve 40 sessões que custam 125 dólares cada, geralmente pagas em dinheiro. Vários testes associados podem elevar o custo do tratamento acima dos dez mil dólares. Nacionalmente, o mercado da quelação "pode ter algo em torno de cem milhões de dólares", estima Stephen Barrett, um psiquiatra aposentado que atua no site de denúncias QuackWatch.org.


Heavy Metals Inc.
David Whelan, 12.31.09, 04:30 PM EST
Forbes Magazine dated January 18, 2010
Doctors pushing chelation therapy are a creative, resilient bunch.


Two years ago Ronald Stemp, a plumber from Georgetown, Tex., started having strange symptoms, including forgetfulness, problems concentrating and bouts of depression. His wife became worried that he had been exposed to toxins at work. On the Web she found a place in Austin called Care Clinics that claimed to treat heavy metal poisoning.

The staff there performed a "challenge test" to see if Stemp's urine was positive for heavy metals. During his next visit Stemp consulted with clinic owner Kazuko Curtin. Though not a doctor or a nurse, she wore a white coat and told him that he was indeed suffering from lead and mercury poisoning. She also told Stemp, then 41, that he had Alzheimer's.

Her prescription: 18 months of chelation to remove the toxins. Two to four times a week, Stemp spent four hours hooked to an IV that transfused a chelating chemical. It made him confused and nauseated. He could no longer work. "I was withdrawn from life and family. I was lethargic and dizzy," he recalls. He was billed $180,000 over ten months before he quit a year ago in frustration. He's now suing Care Clinics and its staff for fraud. They deny the allegations.

Chelation is the unproven cure-all that will never die. Developed to remove arsenic from soldiers gassed during World War I, the method is used in mainstream medicine for rare cases of acute heavy metal poisoning. But a renegade group of doctors use it for a far broader range of ills--everything from heart disease to memory impairment--despite scant evidence it works and potentially dangerous side effects. They claim that removing small amounts of metal will resolve the symptoms.

Over the years chelation has been repackaged over and over again. The latest round of easy marks for chelation vendors are parents of children with autism. Some parents are convinced autism is caused by mercury in vaccines, despite many studies to the contrary. Several hundred doctors offer chelation in the autism market, many of them certified by a trade group called the American College for Advancement in Medicine. A 1998 consent decree the group signed with the Federal Trade Commission, in which it agreed to stop making claims about chelation's safety and effectiveness, evidently doesn't get in the doctors' way.

Chelation can be lucrative. A treatment might involve 40 sessions that cost $125 each, usually paid in cash. Various ancillary tests can push the tab above $10,000. Nationally, the chelation market "could be $100 million a year in total billings," estimates Stephen Barrett, a retired psychiatrist who operates QuackWatch.org.
Doctors pushing chelation therapy are a creative, resilient bunch
http://www.forbes.com/forbes/2010/0118/health-medicine-chelation-therapy-heavy-metals-inc.html

terça-feira, 27 de abril de 2010

EBPA - 1° Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo - COBERTURA DO EVENTO


Em comemoração às 3.000 visitas no blog trago à vocês uma cobertura do EBPA. Baseada nas minhas anotações e observações. O evento foi maravilhoso, muito informativo e rico. Trago isto à vocês por que sei que muita gente que gostaria de ter ido, não pôde. Essa é uma singela maneira de compartilhar conhecimento. Intenção primordial deste blog que é feito com muito carinho.





Nos próximos dias atualizarei o encontro por completo. Acompanhem!!

Um grande abraço,

Amanda *** amandabueno.autismo@gmail.com



PARTE 01
Quinta – 22 de abril - MANHÃ

08:20 - Abertura - Coordenação: Rudimar Riesgo (UFRGS)
Presidente da organização do evento.

Resumo Lattes: Neuropediatra e Especialista em Epilepsia e EEG pediátrico. Tem Mestrado e Doutorado em Pediatria (UFRGS).Fez um fellowship trainning em EEG e epilepsia no Miami Children's Hospital (FL/USA). Membro da International Society for Autism Research. Principais temas de interesse: desenvolvimento neuropsicomotor, aprendizado, TDAH, autismo, epilepsia e EEG Pediátrico, bem como doenças cerebrovasculares na infância. Organizou dois lívros e escreveu 15 capítulos de livro no campo da Neuropediatria. Professor de Medicina do Departamento de Pediatria da UFRGS. Professor do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente (UFRGS). Lidera o Grupo de Pesquisa em Neuropediatria (CNPq). Criou o ProTID (Programa para Transtornos Invasivos do Desenvolvimento - UFRGS). É Chefe da Unidade de Neuropediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Mensagem principal: Encontro para PESQUISA. Quais são as áreas pesquisadas no momento e quais são as áreas promissoras para tal. O EBPA se propôs a mostrar quais CAMINHOS a pesquisa em AUTISMO toma hoje.

Indicação de Livro:

Transtornos da Aprendizagem - Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar - Newra Tellechea Rotta; Lygia Ohlweiler; Rudimar dos Santos Riesgo
  
  
 
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08:30 - Newra Rotta (UFRGS) – “O desafio do diagnóstico precoce”
 


Resumo Lattes: Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963) e especialização em Medicina pela Universidade de São Paulo (1964) . Atualmente é Professor adjunto IV da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Assessor da Secretaria Estadual de Saúde e funcionário da Jornal de Pediatria. Tem experiência na área de Medicina , com ênfase em Saúde Materno-Infantil. Atuando principalmente nos seguintes temas: Transtono do Aprendizado, Exame Neurologico Evolutivo, Criança.
  Resumo da palestra:
  Raramente é diagnosticado antes dos 2 anos.

Pouco se sabe sobre os sintomas iniciais quanto ao desenvolvimento neurológico, comportamental e cognitivo dos lactentes com TEA.

Há indicações de que os primeiros sintomas comportamentais são manifestados ainda no primeiro ano de vida.

Cerca de 20% dos irmãos mais jovens recebem o diagnóstico

Por isso se deve acompanhar estes irmãos. Os lactentes de risco, por serem irmãos de crianças com autismo, podem compartilhar algumas características com indivíduos afetados, mesmo que eles não cheguem a receber o diagnóstico

Apesar dos avanços, o diagnóstico ainda é feito com base em características comportamentais e as As ferramentas diagnósticas foram validadas somente para crianças de 18 meses ou mais!
Para avançarmos em encontrar as crianças precocemente três coisas são fundamentais: triagem, diagnóstico e supervisão.

 Poucas pesquisas sobre TEA incluido crianças pequenas!

Prejuízos na atenção conjunta são característicos em crianças pequenas com TEA.
Prejuízo precoce da atenção conjunta pode levar a dificuldades em outras áreas do desenvolvimento

Draª Newra também falou de algo que é muito conhecido por nós mas que é impossível acontecer sem diagnóstico precoce: Intervenção antes do 3 ½ anos tem impscto decisivo no prognóstico.

Falou sobre dois CAMINHOS diferentes que o diagnóstico de TEA pode tomar:
O primeiro em que os sinais aparecem precocemente e rornam-se mais claros com o desenvolvimento.
O segundo envolve crescimento aparetemente normal seguido de um período de regressão.

Mensagem principal: É um desafio tentar compreender a maneira pela qual os genes, o cérebro e o ambiente operam e interagem. A pesquisa com irmãos lactentes mostra oportunidades para explorar os efeitos de intervenção precoce e se elas são bem sucedidas na redução de impacto de sintomas!

Indicação de Artigo Científico:http://caminhosdoautismo.blogspot.com/2010/02/artigo-autismo-e-doencas-invasivas-do.html
Indicação de livro:
Rotinas em Neuropediatria Newra Rotta, Lygia Ohlweiler, Rudimar Riesgo


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09:10 - Andy Shih / Michael Rossanoff (Autism Speaks - USA) - “The Autism Speaks’s: global autism public health initiative”

ashih@autismspeaks.org

Resumo da palestra:
 Desafios Globais!

- Falta de estáticas de saúde pública
Porque internacional?
Necssitamos obter dados sobre:
-Epidemiologia
-Genética
-Diagnóstico e Tratamento
 

Solução:
Autism Speaks' Global Autism Public Health Initiative (GAPH)

 Tradução livre por
Amanda Bueno.Autism Speaks "Iniciativa Global de Saúde Pública do Autismo"
A (GAPH) é uma abordagem inovadora e integrada, que está centrada em três objetivos:


Aumentar a conscientização pública e profissional dos transtornos do espectro autista (TEA)
Aumentar a perícia da pesquisa e da colaboração internacional através da formação de pesquisadores de autismo, com ênfase na epidemiologia, rastreamento e diagnóstico precoce e tratamento


Melhorar a prestação de serviços, oferecendo formação e especialização para os prestadores de serviços de diagnóstico e intervenção precoce


Estamos buscando parceiros em todo o mundo que possam trabalhar conosco para promover colaborações entre os governos, comunidades e cientistas, que podem ajudar a manter uma infra-estrutura da saúde pública, aumentar a sensibilização ea capacidade dos serviços de autismo e da investigação. Reconhecemos que as diferenças de recursos, infra-estrutura, cultura e prioridades para exigir um plano de acção personalizado para cada território. Os interessados ajudar a determinar as melhores abordagens para fornecimento de soluções para a sua região única no mundo.


Como isso é feito?


Conscientização
A campanha Autism Speaks  de conscientização nos EUA aumentou drasticamente o reconhecimento público e profissional e compreensão do TEA e apoiou a aprovação da legislação federal e estadual significativa destinadas a reforçar a investigação e serviços. Estamos ansiosos por partilhar a nossa estratégia de campanha, conteúdo, canais de divulgação e métodos de avaliação do impacto que eles podem servir como ponto de partida para parceiros interessados. Esta abordagem tem sido utilizada em nossa Iniciativa Pan-Americana de Treinamento da Conscientização do Autismo. Especificamente, podemos prestar assistência no desenvolvimento de uma campanha de publicidade culturalmente sensíveis e / ou material educativo que visa aumentar a consciência global de autismo entre a população em geral, bem como profissionais de saúde e educação.


Colaboração e Treinamento Científico
Um passo necessário para a construção de todo o mundo é a capacidade de investigação adaptação dos instrumentos de rastreio e de diagnóstico normalizado de relevância cultural e sensibilidade. Instrumentos validados para assegurar um diagnóstico preciso e facilitar a detecção precoce do TEA. Embora esses instrumentos tenham sido traduzidos para vários idiomas, existem ainda muitos territórios que não têm acesso a eles. Para ajudar a responder a essa necessidade, Autism Speaks está colaborando com a Western Psychological Services (WPS), a editora e os proprietários de direitos autorais em muitos dos principais avaliações diagnósticas. Com a ajuda da WPS, temos desenvolvido um processo que simplifica o processo de tradução, garantindo as melhores práticas e aprovação atempada.




Além disso, a Autism Speaks " Rede Internacional de Epidemiologia do autismo "(IAEN) foi criado para promover a investigação colaborativa através do intercâmbio de idéias e práticas epidemiológicas entre investigadores e entre os países. Cerca de 80 pesquisadores que representam mais de 30 países diferentes participaram. Além de promover a colaboração, as redes científicas, tais como IAEN oferecer uma plataforma ideal para formação da próxima geração de pesquisadores de autismo, Onde talentosos jovens cientistas podem aprender engajando-se.


Serviços de formação
Os tratamentos eficazes envolvem uma colaboração entre profissionais e famílias, e requerem sensibilidade às perspectivas e valores culturais. Assim, enquanto nós somos capazes de proporcionar informação e formação apoiados empiricamente sob as "melhores práticas", as práticas empregadas e os efeitos alcançados variam de acordo com as necessidades, preferências culturais, e valores de um determinado território. Assim, os esforços para proporcionar treinamento em serviço internacional deve ser controlado e modificado por pessoas locais para se adequar as normas culturais e valores. Estas pessoas incluem pais, profissionais médicos e de saúde mental, profissionais de educação e profissionais de educação especial.


Nosso modelo de formação constrói a capacidade dos serviços proporcionando o desenvolvimento profissional, assistência técnica, desenvolvimento de conteúdo e modelo de educação. O modelo é composto por três fases:


Fase 1: Identificação de um grupo de planejamento nacional de pais e profissionais, que irão determinar os objetivos e necessidades nacionais, e fazer adaptações culturais, conforme exigido


Fase 2: Desenvolvimento, treinamento e prestação de assistência em curso técnico para a equipe nacional de formação nas práticas de intervenção desejada


Fase 3: Apoio à formação da equipe nacional, enquanto que a transição para tornar-se independente dos outros formadores no seu território


O objetivo é ter um sistema auto-sustentável para a prestação de serviços e treinamento dos prestadores de serviços a nível comunitário, até ao final deste processo em três fases.
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10:30 - Décio Brunoni (UPM-SP) – “Aspectos genéticos no autismo”

Resumo Lattes: Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (1970), Mestrado em Genética pela Universidade de São Paulo (1973) e Doutorado em Ciências Biológicas (Genética) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990). Especialista em Genética Clínica pelo convênio Associação Médica Brasileira/Conselho Federal de Medicina (1996); Livre-Docente de Genética Humana e Médica pela UNIFESP (1999). Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie desde 2004 e Professor Associado do Departamento de Morfologia e Genética da Universidade Federal de São Paulo desde 1977 na qual é professor orientador do Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria e Coordenador do Centro de Genética Médica. Desenvolve pesquisas genético-clinicas e epidemiológicas em defeitos congênitos, doenças genéticas e distúrbios do desenvolvimento. Sócio Fundador da Sociedade Brasileira de Genética Clínica (SBGC) na qual exerceu cargos de Presidente da Comissão de Título de Especiallista, Representante da Sociedade junto à AMB, Secretário, Vice-Presidente e Presidente. Sócio Titular da Sociedade Brasileira de Genética (SBG), Sócio Efetivo da Associação Médica Brasileira e da Associação Paulista de Medicina. Inscrito no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP).
Resumo da palestra:
Recorrência na Irmandade Concordância em gêmeos

= Herdabilidade de 90%

Estudos de relação genótipo-fenótipo devem ser feitos no Brasil.
 
Guidelines:
Casal com filho autista não-sindrômico possuem probabilidade de um segundo filho autista de 5% a 6%


Para todo paciente autista solicitar cariótipo e teste para X-frágil

Quando pais de criança autista macrossômica (pesquisar estudos do Dr° Brunoni) têm outro filho monitorar entre outros aspectos o crescimento do perímetro cefálico.
Se a criança apresentar supercrescimento do perímetro cefálico é recomendável programa de estimulação precoce aos 18-24 meses.

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Indicação de artigo:
Genética do autismo


Indicação de Livro: Falaremos muito desse livro nas próximas postagens!!!!

Autismo e Cérebro Social - Editores: Marcos Tomanik Mercadante - Maria Conceição do Rosário

Décio Brunoni e Maurício Möller Martinho. Capítulo 06 Fatores Genéticos relacionados ao TGD.

Décio Brunoni e Maurício Möller Martinho. Capítulo 07
Fatores Ambientais relacionados ao TGD.
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11:10 - José Salomão Schwartzman (UPM – SP) – “Cérebro, gênero e autismo"

Resumo Lattes: Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (1962) e doutorado em Medicina (Neurologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1987). Atualmente é Diretor Científico e Médico da Associação Brasileira da Síndrome de Rett de São Paulo e professor titular no Curso de Pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tem exercido a prática clínica na área da Neurologia da Infância e Adolescência. As areas de pesquisa que tem desenvolvido nos últimos anos, na Universidade Presbiteriana Mackenzie tem como objeto os seguintes temas: deficiência mental, dificuldades na aprendizagem escolar, distúrbios do desenvolvimento, síndrome de Rett, autismo e diferenças cognitivas e comportamentais entre os gêneros.


Resumo da palestra:

Algumas teorias:
Teorias psicodinâmicas explicando o Autismo pertecem ao PASSADO!

Teoria da Mente. Teoria de Déficit na Coerência Central e Déficit no Sistema de Neurônios Espelho podem sr enquadradas na Teoria Disexecutiva.

Autismo: Uma forma extrema de cérebro masculino.

2002 Baron-Cohen: Indivíduos com TEA tendem a arpresentar um perfil hipermasculino.

2004 Burgani & Schwartzman: Estudo de desempenho de habilidade espacial de homens e mulheres em um labirinto similar a "casinha de fumaça".

2003 Baron-cohen: Quociente de empatia. Desempenho no Quociente de sistematização.The Autism Spectrum Quocient, 2001

TGD: uma forma extrema de cérebro masculino?

Linguagem maior:
Mulher > Homem > Autista

Empatia:
Mulher > Homem > Autista

Habilidades Viso espaciais:
Mulher < Homem < Autista

Tamanho do Encéfalo:
Autista > Homem >Mulher

Relação com Poda Neuronal!

Indicação de Artigo:
Percepção de faces em crianças e adolescentes com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
Fernanda Tebexreni Orsati; Tatiana Mecca; José Salomão Schwartzman; Elizeu Coutinho de Macedo.

Indicação de Livro:
Autismo infantil






Jose Salomao Schwartzman
Ed. Memnon, 2003







APELO PARA O BOM SENSO:
AO REPRODUZIR UMA INFORMAÇÃO DÊ O DEVIDO CRÉDITO A QUEM A TROUXE! Participar de um evento traz custos, atualizar o blog requer tempo, trabalho e atenção.
Sempre procuro trazer informações precisas, com fotos e links úteis. Tem sido muito triste e decepcionante ver minhas postagens por aí sem crédito. E isso tem acontecido CONSTANTEMENTE.

Dúvidas sobre a postagem: Estou aberta e disposta a procurar mais informações sobre as palestras. Se desejarem algum detalhe é só solicitar que eu procuro a resposta. Caminharemos até ela!

domingo, 25 de abril de 2010

PREFEITURA CRIA CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MENTAL MÚLTIPLAS

Postado por Departamento de Imprensa


Sex, 23 de Abril de 2010 12:50

FOTO ILUSTRATIVA
Com início previsto para a próxima semana, Centro deve atender aos 133 alunos que hoje estão matriculados na Apae de Cubatão


A Prefeitura de Cubatão está criando o Centro Multidisciplinar de Atendimento às Pessoas com Deficiência Mental, Múltiplas e Autismo, numa parceria entre as secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social. O projeto do Centro Multidisciplinar era um sonho acalentado por diversos professores e foi elaborado pela professora Waldísia Rodrigues de Lima, chefe do Serviço de Educação Especial (SEE), da Seduc.



A ideia do Governo Municipal é iniciar o atendimento no Centro já a partir da próxima semana para absorver a demanda de alunos hoje matriculados na Apae de Cubatão, cujo convênio foi finalizado este ano.


De acordo com o secretário de Educação, Fábio Oliveira Inácio, o projeto será implantado com urgência para poder atender de maneira satisfatória os 133 alunos com deficiência que estão na Apae de Cubatão. “Juridicamente, não podemos mais repassar recursos, nem oferecer transporte, merenda ou pagar as contas de consumo da entidade, por isso a solução foi colocarmos em prática o Centro Multidisciplinar, que já vinha sendo pensado pelo SEE desde 2009. Vamos aproveitar os professores da rede municipal e oferecer atendimento de qualidade para esses alunos, cujos pais serão contatados pessoalmente para aderir ao novo serviço da Prefeitura”, explicou o secretário.


Segundo ele, a pedido da prefeita Marcia Rosa, que não quer que nenhum aluno da Apae seja prejudicado, o Centro Multidisciplinar terá uma estrutura de atenção especializada à criança e ao adolescente com deficiência, com profissionais das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social.


A Prefeitura está alugando um imóvel na Vila Nova para abrigar emergencialmente o Centro Multidisciplinar e vai disponibilizar transporte, merenda e serviço especializado aos alunos que optarem pelo atendimento. Ainda de acordo com o secretário, para equipar emergencialmente o novo Centro, a prefeita Marcia Rosa está solicitando inclusive apoio de outras prefeituras da região no sentido de doar o material necessário nesse início de funcionamento.


Entre os serviços que serão oferecidos no Centro estão o educacional, neurológico, psiquiátrico, fonaudiológico, psicológico, de assistência social, de enfermagem e ainda atividades nas áreas de Artes, Música e Educação Física.
Texto: Cecília Beu (MTb. 22.332)
20100423-SEDUC-centro multidisciplinar-CB'

terça-feira, 20 de abril de 2010

FEIRA APRESENTA NOVIDADES EM TECNOLOGIA PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

19/04/2010 12:58
A 9ª edição da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech 2010) aconteceu entre os dias 15 e 18 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes (SP), e contou com cerca de 210 expositores e com público de aproximadamente 35 mil pessoas.

Feira apresenta novidades em tecnologia para portadores de 
deficiência
Portadores de deficiência lotaram a feira em busca de novidades para conseguir melhor qualidade de vida.
Test-drive de carros adaptados e de cadeiras de roda motorizadas, próteses, artigos de informática, quadras adaptadas, animais treinados, palestras, grupos de dança e diversos outros serviços e produtos. Foi o que encontrou quem passou pela 9ª edição da Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, a Reatech 2010.
O evento, que aconteceu entre os dias 15 e 18 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes (SP), contou com cerca de 210 expositores e com público de aproximadamente 35 mil visitantes, segundo os organizadores. A Reatech aconteceReatech em um momento em que o setor de produtos e serviços para reabilitação movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão no Brasil, sendo R$ 200 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais de R$ 800 milhões em automóveis e adaptações veiculares.
Uma das grandes atrações da feira foram os diferentes modelos de cadeiras de rodas apresentados. Uma delas, da empresa Sunrise Medical, é considerada a cadeira mais leve do mundo, pesando 7 quilos – o peso médio das outras é 11,5. Ela chega ao Brasil ao custo de R$ 5.000.
“Os cadeirantes fazem um trabalho de transferência constante da cadeira de rodas para outros lugares. Por isso é importante na vida deles uma cadeira mais leve, sobretudo para as lesões medulares média e alta”,  afirma o expositor Leonardo John. O educador físico Luis Carlos Marques, 43, testou e aprovou a cadeira. “O ponto de equilíbrio da cadeira também é ótimo. Posso jogar ela para trás sem medo de cair. Não dá vontade de sair daqui”.
A terapia com animais também teve espaço na Reatech 2010. O Gati (Grupo de Abordagem Terapêutica Integrada), que participa da feira desde a primeira edição, levou cachorros, gatos, jabutis, coelhos e pôneis para divertir quem passasse por lá. A coordenadora e psicopedagoga do grupo, Eliana Santos, explicou os benefícios deste tipo de tratamento.
“A pet terapia traz ganhos motores e psicológicos. A grande vantagem é que ela atende a uma gama gigante de patologias e necessidades. Você pode usar para quadros motores, para autistas, para pessoas com déficit de atenção, etc. Além disso, o vinculo com o animal é extremamente benéfico, pois amplia a motivação e reduz o estresse”, explicou Eliana.
A professora Andressa de Oliveira, 33, aprovou o que viu na primeira Reatech em que foi e afirmou que pretende voltar nos próximos anos. “A feira é importante porque tem muita novidade, muita coisa técnica, que a pessoa com deficiência não conhece ainda e passa a conhecer aqui. Isso tudo melhora a qualidade de vida dela”, disse.
Já o auxiliar administrativo Altair Calixto, 44, achou que a feira deste ano está fraca em relação às outras que visitou. “Tem muitos expositores que não estão mais vindo. A cada ano o público aumenta, mas a feira diminuiu. Tem coisa aí dentro que não tem nada a ver com deficiente, tem que rever isso”, opinou Calixto. “A feira é boa, mas ficou muito comercial”, completou.
A Universidade Metodista marcou presença na Reatech 2010. A instituição apresentou o Projeto Vida, que trabalha para a inclusão e melhora na qualidade de vida das pessoas portadoras de deficiência através de atividades de cunho esportivo e artístico. 
Mas a sensação do estande foi um circuito em que as pessoas podiam sentar em uma cadeira de rodas e ter uma pequena ideia da realidade do deficiente físico. O professor de fisioterapia Domingo Belasco Jr, 44, ressaltou o valor deste tipo de ação. “Todos nós devemos ser responsáveis. Alguns de nós vamos ser, por exemplo, donos de comércio, então não vamos colocar mesa na calçada quando lembrar da dificuldade que é andar na cadeira. A ideia é conscientizar, formar cidadãos”, pontuou.
A atividade surtiu efeito entre os participantes. Leandro Silva, 20, estudante de educação física, falou sobre o que achou do percurso. “Foi cansativo, mas bem legal. Achei um pouco fácil, mas no dia a dia deve ser muito difícil, pois não é todo lugar que tem rampa”. A jornalista Vivian de Almeida concorda com ele e acrescenta: “Para a gente, que fez só por alguns minutos, acaba sendo até uma diversão, mas deve ser bem complicado usar a cadeira todos os dias”.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

PMCG está confirmando inscrições para Seminário de Formação para Educadores

A Secretaria de Educação, Esporte e Cultura da Prefeitura de Campina Grande já começou a confirmar as inscrições para o VI Seminário de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. O evento acontecerá entre os dias 07 e 11 de junho e está oferecendo 200 vagas para educadores e técnicos especializados na área, sendo uma promoção da Secretaria e do Ministério da Educação.

A confirmação das inscrições está sendo realizada na sala pedagógica da Secretaria de Educação, com os articuladores do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. O local do seminário será definido nas próximas semanas. O Seminário tem como objetivo compreender e fortalecer a gestão dos sistemas educacionais inclusivos expandindo e concretizando orientações político, técnico e pedagógica em torno de toda comunidade escolar.

O Seminário de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade reunirá educadores e técnicos dos 49 municípios participantes do pólo de articulação de Campina Grande, além de professores da rede municipal de educação e integrantes das entidades que prestam assistência às pessoas com necessidades especiais.

A programação do seminário será aberta no dia 07 de junho, às 8h, com a participação do secretário de educação, esporte e cultura, Flávio Romero e do prefeito Veneziano Vital do Rego. Também estão previstas palestras, mesas redondas, oficinas e lançamento de livros.

Entre os temas que serão debatidos no Seminário estão: Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o decreto 6.571 /2008 e as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica; Políticas Públicas – gestão da educação especial na perspectiva da educação inclusiva; As acessibilidades e a inclusão das pessoas com deficiência; Acompanhamento e monitoramento do acesso e permanência na escola das pessoas com deficiência; A Formação Continuada de Educadores da Educação Especial; O Autismo e Suas Implicações no Processo de Ensino e Aprendizagem, entre outros.

DOWNLOAD - MARY & MAX - Caso real serviu para tese.

Apelo para o bom senso: Se for copiar algum post deste blog, POR FAVOR, dê o devido crédito.
Valorize o trabalho de seu colega e caminhe junto!

 Abaixo: informações sobre a animação "MARY & MAX", que foi inspirada em caso real de amizade e no final do post (depois de horas esta noite procurando!) link para download. Ufa!!!!

Abraços!

Amanda **** amandabueno.autismo@gmail.com

CINEMA




Caso real serviu de base para tese
A Síndrome de Asperger é na verdade um tipo de autismo. Nas correspondências que trocam, Max conta para Mary seu diagnóstico. Diz à jovem amiga que é em razão de sofrer da doença que tem ataques de pânico quando lê os questionamentos dela sobre detalhes de sua vida, principalmente sobre o tema “namoro”.
Quando Mary cresce e vai para a universidade, resolve pesquisar sobre o problema do amigo distante. Especializa-se no assunto e, a partir de observações sobre ele, publica um livro técnico na Austrália. O caso de Max se torna então conhecido no meio médico e acadêmico da região de Melbourne. É quando chega aos ouvidos do animador Adam Elliot.
O cineasta de 38 anos, que ganhou o Oscar de curta em animação por Harvie Krumpet (2003), trabalhou cinco anos para fazer dessa história o seu primeiro longa-metragem. Mary & Max foi lançado em Sundance 2009 e foi consagrado vencedor na mostra Generation do Festival de Berlim.
Link para download do torrent e legenda:
http://www.4shared.com/file/QC_GOVl3/Mary_and_Max__Mary_and_Max__20.html


Se não possuir programa de torrent, sugiro este aqui:
http://www.baixaki.com.br/download/utorrent.htm


Em caso de dúvida leia este tutorial:
http://www.cine-anarquia.net/search?q=tutorial
Gostaria de algum filme? Faça sua sugestão que caminharemos atrás!

domingo, 18 de abril de 2010

ASPERGER - "MARY & MAX" - UMA AMIZADE DIFERENTE

Amigos!
Assistam! É espetacular! Viciante!
Um grande abraço,
Amanda *** amandabueno.autismo@gmail.com



SINOPSE


Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle, uma menina com sobrepeso e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. A amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Dos criadores do vencedor do Oscar de curta de animação ''Harvie Krumpet''.

FICHA DO FILME

Título original: Mary e Max

Diretor: Adam Elliot

Gênero: Animação

Duração: 80 minutos

Vozes: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana (em inglês)

Ano: 2009

Data da Estreia: 16/04/2010

Cor: Colorido

Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos

País: Austrália
 
http://www.maryandmax.com/
 
SÃO PAULO (Reuters) -
Na animação "Mary e Max - Uma Amizade Diferente", os protagonistas são duas pessoas um pouco diferentes, mas com algumas coisas em comum. E isso não tem nada a ver com o fato de serem de massinha, nessa bela animação que estreia em São Paulo, Rio, Brasília, Salvador e Porto Alegre, apenas em cópias legendadas.


Mary (voz de Bethany Whitmore) é uma menina australiana, de 8, que não tem o amor ou a atenção dos pais. Ela é muito solitária, por isso, seu único amigo é um galo. Já Max (Philip Seymour Hoffman) é adulto, mora do outro lado do planeta, em Nova York, e "gostaria de morar na Lua, para não ter contato com as pessoas".

Apesar da distância e das peculiaridades de cada um, Mary e Max tornam-se amigos por correspondência. A troca de cartas começa meio a contragosto por parte do americano, que não quer de forma alguma relacionar-se com outras pessoas. Mas a menina é insistente e surpreendente. Em uma de suas primeiras cartas, pergunta de onde vêm os bebês.

Aos poucos a amizade floresce, nos moldes de "Nunca te Vi, Sempre te Amei" (1987), apenas pela troca de cartas. O filme acompanha alguns anos das idas e vindas das correspondências e na vida dos dois personagens. Ambos são marginais, no sentido de nunca se encaixarem em um padrão e por isso viverem solitários e, até certo ponto, infelizes. A Austrália de Mary é sempre acinzentada, enquanto a Nova York de Max, em tons de marrom.

Mary vai à escola, onde é esnobada, mas ainda assim, enquanto cresce, encontra o seu lugar no mundo. Namora e casa com o garoto por quem é apaixonada, tem um filho e também se forma em medicina. Quando a personagem entra na adolescência, passa a ser dublada por Toni Collette. O futuro não é tão promissor para Max. Ele fica cada vez mais isolado e tem sérias variações de humor - o que, às vezes, é prejudicial à correspondência -, sintomas que ele detecta mais tarde serem parte de uma síndrome de Asperger.

Escrito e dirigido por Adam Eliott, "Mary e Max" começa como uma comédia bizarra e caminha, até sua conclusão, rumo a um drama melancólico.
Seus temas e a forma como são abordados deixam claro que não se trata de um filme para o público infantil. Mas também parece não encontrar totalmente seu tom para dirigir-se ao público adulto. Afinal, fica num meio termo que, embora bonitinho, às vezes parece uma piada esticada demais. Quando as situações começam a repetir-se, Eliott parece perder um pouco a mão e nunca reencontra o que havia de bom da primeira parte do filme - meio obcecado, agora, mais com o que há de excêntrico em relação a Mary e a Max do que com seus aspectos humanos.

Eliott, que ganhou um Oscar e um prêmio no Anima Mundi por seu curta "Harvie Krumpet", também assina o desenho de produção de "Mary e Max". Ele fez seu filme inteiro na técnica stop-motion, em que cada cena é fotografada quadro a quadro, como, por exemplo, os filmes dos personagens Wallace e Groomit. Em seu primeiro longa, embora bonito e bastante melancólico, o animador parece não saber ao certo a que público o filme se destina.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

AÇORES COM ELEVADO ÍNDICE DE AUTISTAS

Há mais crianças autistas nos Açores do que em Portugal Continental e menos no Norte do que nas regiões Centro e Lisboa.. 
A Associação Portuguesa para as Perturbações de Desenvolvimento e Autismo (APPDA) funciona actualmente nos Açores, nas ilhas de S. Miguel e Santa Maria. O Centro de Atendimento e Acompanhamento Psico-social da valência é financiado pelo Instituto de Acção Social de Ponta Delgada e pela Direcção Regional de Solidariedade e Segurança Social. A associação recebe também donativos, quotas dos associados e comparticipações pagas pelos pais dos utentes do centro. Carolina Benjamim Ferreira, psicóloga clínica do APPDA relata os constrangimentos da Associação. “Apesar de termos importantes fontes de financiamento, estas manifestam-se insuficientes para constituir uma equipa multidisciplinar que permita uma intervenção mais adequada e para concretizar projectos de outras valências com um maior leque de serviços e intervenções Há falta de recursos financeiros e humanos”.


Quanto ao número de autistas em Portugal, nomeadamente na região açoriana, Carolina Benjamim Ferreira informa: “segundo estudos norte-americanos existem em Portugal cerca de 65 mil autistas. Pela primeira vez, a nível nacional, realizou-se um estudo sobre o autismo, liderado pela investigadora Guiomar Oliveira entre 1999-2000 (que foi galardoado com o Prémio Pfizer para investigações clínicas) e que conclui que uma em cada mil crianças portuguesas sofre do espectro do autismo. Há mais crianças autistas nos Açores do que em Portugal Continental e menos no Norte do que nas regiões Centro e Lisboa. O mesmo estudo revelou que apenas um em cada três casos está correctamente diagnosticado.” Para os próximos anos, os objectivos da APPDA passam por reforçar a equipa existente e a médio prazo a construção de um Centro de Actividades Ocupacionais para os utentes acima dos 16 anos de idade que já não frequentam o ensino obrigatório e não consigam integrar-se no mercado de trabalho.


Existem vários tipos de terapias aplicadas nas perturbações do espectro autista, de realçar as terapias comportamentais e de fala. A terapia de gestão comportamental visa reforçar os comportamentos desejados e reduzir os indesejados, indicando aos cuidadores o que fazer antes e entre os comportamentos problema. Os terapeutas de fala podem ajustar as pessoas com autismo a melhorar a sua capacidade geral de comunicação e a eficácia das suas interacções com os outros. O objectivo é desenvolver a fala, as competências linguísticas e até formas não verbais de comunicação, melhorando as palavras, as frases, a taxa e o ritmo da fala e conversação. Outros profissionais como os terapeutas ocupacionais podem ajudar as pessoas com autismo a encontrar tarefas e condições que correspondam às suas capacidades e necessidades individuais e os fisioterapeutas podem construir actividades e exercícios para fortalecer o controlo motor e a melhorar a postura e o equilíbrio, nomeadamente favorecendo o contacto corporal. Podem existir também opções educativas e baseadas na escola “Educar os autistas inclui uma combinação de intervenções um a um, em pequenos grupos e com integração em turmas regulares. A escola deverá possuir uma equipa de pessoas, que inclua especialistas em desenvolvimento infantil e deverá trabalhar em conjunto na elaboração de um Plano Educativo Indivual (PEI) para a criança. Um PEI inclui objectivos específicos a nível académico, de comunicação, de aprendizagem, etc. A equipa deve avaliar e reavaliar regularmente a criança para determinar os seus progressos e se devem ser feitos ajustes ao PEI”, explica Carolina Benjamim Ferreira.


Faltam equipas especializadas de intervenção precoce


Segundo a psicóloga clínica Carolina Benjamim Ferreira “foram já dados passos importantes no que diz respeito à integração educativa destes indivíduos, com a criação das UNECAS (Unidades Educativas Especializadas) nas Escolas direccionadas às perturbações de desenvolvimento do espectro autista nas escolas direccionadas às PEA”. Contudo, a psicóloga refere que ainda existem falhas significativas quanto à integração de indivíduos adultos com autismo e síndrome de Asperger no mercado de trabalho, assim como estruturas de apoio institucional para os de baixo nível de funcionalidade “A intervenção precoce também carece de equipas especialmente vocacionadas para as peturbações de desenvolvimento do espectro autista. No nosso centro, necessitamos de reforçar a equipa de funcionários existentes, no sentido de a tornar multidisciplinar, com técnicos da área da Educação Especial, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional, uma vez que neste momento apenas dispomos de uma psicóloga, uma ajudante de reabilitação e uma auxiliar de serviços gerais.


Esta é uma pretensão para curto prazo, uma vez que já foi feito o pedido às entidades governamentais competentes há cerca de dois anos” conclui Carolina Benjamim Ferreira.
PAULA CRISTINA GOUVEIA


15 de Abril de 2010

MP cobrará explicações do Estado sobre fechamento de escola para alunos especiais

Um grupo de pais de alunos e a chefe do Conselho Escolar do Centro de Ensino Especial Helena Antipoff, localizada no bairro do Ipase, estiveram na manhã desta quarta-feira, 14, na 11ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Eles foram pedir o apoio do Ministério Público na tentativa de resolver o problema enfrentado pelos alunos que estão há 15 meses fora das salas de aula.


De acordo com a chefe do Conselho Escolar, Creusa Lages, foi iniciada uma reforma na escola em janeiro de 2008 que até hoje não foi finalizada. Segundo informações obtidas junto à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a empresa responsável pela obra pediu, inicialmente, um aditivo de tempo à obra e, posteriormente, aditivo no valor licitado.

Atualmente, cerca de 250 alunos encontram-se fora das salas de aula. O Helena Antipoff atende a estudantes com deficiências múltiplas, incluindo Síndrome de Down, deficiências físicas, paralisia cerebral, autismo entre outros, sempre apresentando deficiência intelectual.


O promotor de Justiça Ronald Pereira dos Santos ouviu as queixas dos representantes dos pais de alunos e está enviando, ainda hoje, um ofício à Supervisão de Educação Especial da Seduc. Uma reunião envolvendo a supervisão, a promotoria e os pais de alunos deverá acontecer na próxima quinta-feira, 22.


De acordo com Ronald Pereira dos Santos, o Ministério Público irá cobrar dos gestores estaduais o retorno dos alunos às salas de aula, seja com a conclusão imediata das obras no prédio da escola ou com a disponibilização de um local temporário para o funcionamento do Centro de Ensino Especial Helena Antipoff. (Da Ascom / MP-MA)

XVI ENCONTRO DE AMIGOS PELO AUTISMO - AMA SP

PROGRAMAÇÃO 

15 de julho


08h30m–09h30m - Política para pessoas idosas com autismo


09h30m–09h40m - Perguntas


09h40m–10h10m - Intervalo


10h10m–11h10m - Expectativa de vida de pessoas com autismo


11h10m–11h30m - Perguntas


11h30m–13h00m - Almoço


13h00m–15h30m - Como o processo de envelhecimento é afetado pelas consequências do autismo


13h00m–13h40m – Pelas características do autismo


13h40m–14h20m - Uso de medicação continuada e a longo prazo


14h20m-15h00m – Pelas co-morbidades do autismo, principalmente epilepsia


15h00-15h30m - Perguntas


15h30m- 16h00 - Intervalo


16h00m-17h40m – Investimento ao longo da vida para a qualidade de vida no envelhecimento das pessoas com autismo


16h00m-16h20m - Através do exercício

16h20m-16h40m - Através de medidas preventivas, como exames clínicos


16h40m-17h00m - Através do cuidado odontológico


17h00m-17h20m – Através da nutrição


17h20m-17h40m – Perguntas




16 de julho


09h00m-12h20m -Envelhecimento e Autismo – Visão das instituições


09h00m-09h20m - Núcleo Luz do Sol


09h20m-09h40m- Associação de Convivência Novo Tempo


09h40m-10h00m - AMA – Associação de Amigos do Autista


10h00m10h30m - Intervalo


10h30m-11h10m – Nos Estados Unidos


11h10m-11h50m – Na Suécia


11h50m-12h20m – Perguntas


12h20m 13h30m – Almoço


13h30m-15h00m - Envelhecimento na Síndrome de Asperger


13h30m-14h10m – Quadros psiquiátricos comumente associados à Síndrome de Asperger


14h10m-14h50m – O papel da família


14h50m-15h00m – Perguntas


15h00m-15h30m – Intervalo


15h30m-16h20m – Panorama traçado em visita a instituições européias


16h20m – Encerramento


Palestrantes convidados:


Alison Dickson


Bruno Caramelli


Cristiane Rodrigues Silva


Eliana Prado


Gunilla Heijbel


Lara Cunha


Lena Nylander


Leticia Amorim

Marcos Mercadante

Maria América Andrade


Marialice Vatavuk


Marina Cardeal


Marli Bonamini Marques

Mauro Stepanes

Raymond Rosenberg

Rosa Magaly Morais


Faça a inscrição pelo site da AMA ou pelo tel.: (11) 3376-4401.

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