quinta-feira, 28 de outubro de 2010

LABIRINTO LÚDICO - Percepção, Desenvolvimento e Criatividade em Curitiba!

Por meio de pesquisas descobri os LABIRINTOS LÚDICOS.
Pra minha surpresa esta maravilha está em Curitiba.
Fui conhecer o espaço e a pessoa responsável, a Fabiana.

Estou conquistada!
 
Quem quiser brincar nos labirintos entre em contato! http://labirintoludico.blogspot.com/
Diga que conheceu através do CAMINHOS DO AUTISMO e receba um desconto.


Ficaram curiosos?

Vejam as fotos abaixo:















segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DOWNLOAD OCEAN HEAVEN - JET LI INTERPRETA PAI DE UM AUTISTA

Mais uma vez o Cine Anarquia sai na fente e nos traz com legendas em português o filme OCEAN HEAVEN.
Abraços e aproveitem!!!!



Sinopse: A história do amor incansável de um pai pelo seu filho autista. Uma pessoa em cada mil nasce com autismo. Como consequência, a China tem 1 milhão de pacientes autistas. David é um deles: parece distraído, repete o que as pessoas lhe dizem, nada com maestria, mantém tudo em casa em lugares determinados e talvez não esteja totalmente ciente da morte de sua mãe, ocorrida há alguns anos. Trabalhando em um aquário, Sam Wong mostra extremo cuidado e carinho com seu filho de 22 anos. Com a generosa ajuda de seus vizinhos, os dois vivem prosperamente. Porém, Wong compreende muito bem que um dia deixará o mundo e seu filho ficará sozinho. O que ele ainda não descobriu é que esse dia pode estar mais perto do que imagina.


Elenco:

Ran Chen

Lunmei Kwai ... David

Jet Li Jet Li ... Xing chang

Ficha Técnica:

Título Original: Haiyang Tiantang

Gênero: Drama

Duração: 97 Minutos

Ano de Lançamento: 2010

Direção: Xiao Lu Xue

Tamanho: 706 MB

Formato: Avi

Qualidade de Vídeo: DVDRip

Idioma: Mandarim

Legenda: Português

sábado, 23 de outubro de 2010

REVISTA AUTISMO - Como fazer o desfralde de autistas?


O atraso de desenvolvimento presente no autismo dificulta a aquisição de habilidades, diferentemente de pessoas com desenvolvimento típico, que a medida que crescem desenvolvem maior independência de modo gradual e progressivo. Com isto, é necessário que seja ensinado às pessoas com autismo tudo, até mesmo o que parece uma habilidade simples que ao longo da vida aprende-se de forma espontânea, para eles tem que ser ensinada.
Um problema levantado pelos pais de pessoas com autismo é a dificuldade em tirar a fralda dos filhos.
Inicialmente, o mais importante para começar o desfralde de alguma criança com autismo é ter em mente que será necessário paciência, persistência e confiança, porque para obtermos sucesso no desfralde, é indicado iniciar quanto mais cedo possível, em torno de dois anos e meio e três anos de idade. E ao tomar a decisão de iniciar o desfralde, a fralda não deverá mais ser colocada novamente na criança em nenhum momento seja para dormir, passear de carro, ficar na escola.
Como já foi explicado anteriormente crianças com autismo são diferentes de crianças com desenvolvimento típico, sendo assim sua mente fica confusa, sem saber quando pode fazer as necessidades na fralda ou não.
Pode ocorrer de algumas crianças segurarem suas necessidades até o momento em que é colocada a fralda, por fazerem associação de que xixi e cocô é só na fralda. Por isso é necessário que ela associe as suas necessidades agora ao vaso sanitário e não seja mais colocada a fralda.
É recomendado levar a criança ao banheiro com frequência, inicialmente com pequenos intervalos de tempo, deixando sempre a criança no vaso sanitário um tempo também inicialmente reduzido.
Começamos com os pequenos intervalos de tempo que devem ser aumentados conforme o desenvolvimento do ensino. Exemplo: iniciou-se o treinamento com um intervalo de dez em dez minutos, deixando a criança de 30 segundos a um minuto no vaso sanitário, foi observado que a criança está fazendo várias vezes as suas necessidades no vaso sanitário, com isso pode-se aumentar o intervalo de tempo de idas ao banheiro para 15 em 15 minutos e assim sucessivamente.
Sugere-se também registrar os horários em que ocorrem o xixi e o cocô para ser possível ter uma noção de seus horários e lhe dar uma idéia do tempo de intervalo que pode ser praticado com a criança.
O tempo que se permanece no banheiro tem que ser prazeroso, deve-se levar brinquedos, música, algo que seja bom e que a criança goste, para que a ida ao vaso sanitário seja positiva e reforçadora a ela.
Lembrando das palavrinhas chaves: paciência, persistência e confiança, deve-se durante a noite acordar para levar a criança ao banheiro também. Recomenda-se que não dê muito líquido a ela no período da noite. Se não for possível acordar a criança durante a noite, devido a um distúrbio de sono, que seja colocada a fralda com ela dormindo e retirada antes de acordar.
Quando fizerem qualquer necessidade no vaso sanitário, deve-se elogiar e reforçar com algo que a criança gosta. A questão do reforço é algo muito bom para obtermos resultados positivos, pois motiva as crianças. Os reforços podem ser: receber um brinquedo, ouvir a música que gosta, ver o DVD que gosta, ganhar uma guloseima (um pedaço de chocolate, bala, salgadinho), cantar para ele ou apenas um elogio social (Muito bem! Parabéns!) entre outras coisas que a criança goste.
Esses reforços também aos poucos vão sendo retirados, assim que a criança começa a associar suas necessidades fisiológicas ao banheiro e começa a obter o controle esfincteriano. A retirada também deve diminuir aos poucos, em alguns momentos damos, em outros não.
É importante ter sempre em mente que não tem um tempo certo para a criança aprender, cada uma tem seu tempo.
Para obter sucesso é fundamental que todos que estejam envolvidos com a criança ajam igualmente com ela. Se apenas quando ela estiver com os pais ficar sem fralda, mas quando for para a escola ou para a casa dos avôs ficar de fralda, o treinamento será muito sofrido para a criança e a possibilidade de dar certo será menor.
Quando a criança obteve o controle esfincteriano e aprendeu a usar o banheiro, o próximo passo a ser ensinado deve ser ensinar-se a limpar-se com menos apoio.
Como em qualquer ensino, o importante para que a criança obtenha maior nível de independência e autonomia é não fazer nada por eles, e sim com eles, ou seja, para ensiná-los a limpar-se é necessário dar apoio para a criança se limpar, apoiando fisicamente sua mão e retirar essa ajuda gradativamente, aos poucos.
É possível que algumas pessoas com autismo necessite sempre de um pequeno apoio, mas é necessário que não desista de ensiná-los para que possam alcançar pelo menos um pequeno nível de independência.
Durante o desfralde, deve-se ficar atento a alguns sinais que podem vir a prejudicar a criança, como segurar muito tempo a urina ou prisão de ventre. Inicialmente é normal ocorrer prisão de ventre, porém, caso ocorra com freqüência, causando mal estar à criança, é aconselhável procurar orientação médica, tanto para prisão de ventre, quanto para segurar muito tempo a urina – para que não ocorra uma infecção urinária.
Tudo isso é fundamental para dar a chance das crianças desenvolverem suas habilidades de forma mais autônoma e independente, para uma melhor qualidade de vida presente e futura.

Carolina Dutra Ramos é pedagoga, com habilitação em educação especial e pós-graduada em Psicopedagogia, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Trabalha na Associação Amigos do Autisa (AMA), de São Paulo, desde 2004, e atualmente é coordenadora pedagógica das unidades Lavapés e Luis Gama da instituição. E-mail:  carol.dramos@uol.com.br

Autismo poderá ser detectado por ressonância magnética?


http://utahbrain.org/neuroimaging.html
Cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, deram um passo importante rumo ao diagnóstico do autismo por meio de um exame de ressonância magnética (MRI).
Quando totalmente desenvolvido e aprovado pelas autoridades de saúde, o nome exame será um avanço importante que poderá ajudar a identificar o problema mais cedo nas crianças e permitir melhores tratamentos e melhores resultados para as pessoas com o transtorno.
Os resultados promissores foram publicados pela equipe do Dr. Jeffrey Anderson, na revista científica Cerebral Cortex
Comunicação entre hemisférios do cérebro
Os cientistas usaram a ressonância magnética para identificar áreas onde os hemisférios esquerdo e direito do cérebro de pessoas com autismo não se comunicam adequadamente um com o outro.
Essas áreas estão em "pontos críticos" associados com funções como coordenação motora, atenção, reconhecimento facial, e no relacionamento social, comportamentos que são anormais no autismo.
A ressonância magnética de pessoas sem o transtorno não mostra os mesmos défices de comunicação entre os hemisférios cerebrais.
"Nós sabemos que os dois hemisférios cerebrais precisam trabalhar juntos para muitas funções cerebrais," diz Anderson. "Usamos a ressonância magnética para checar a intensidade das conexões de um lado para o outro nos pacientes com autismo."
Diagnóstico do autismo
Além de um aumento no tamanho do cérebro nas crianças com autismo, não há grandes diferenças estruturais entre os cérebros de pessoas com autismo e aquelas que não têm o distúrbio, e que possam ser usadas para diagnosticar o autismo por meio de um exame normal de ressonância nuclear magnética.
Há muito tempo se acredita que é possível encontrar diferenças mais profundas estudando-se como as regiões do cérebro se comunicam umas com as outras.
O estudo está utilizando um sistema especial de ressonância que mede as microestruturas da substância branca que liga as regiões do cérebro.
Os resultados colocam a ressonância magnética como uma ferramenta potencial de diagnóstico, permitindo que os pacientes sejam examinados de forma objetiva, rápida, e de forma precoce, quando as intervenções são mais bem-sucedidas.
Nível biológico
Os avanços também mostram o potencial da ressonância magnética para ajudar os cientistas a entender melhor e potencialmente tratar melhor o autismo em todas as idades.
"Nós ainda não sabemos exatamente o que acontece no cérebro no autismo," explica a pediatra Janet Lainhart, que liderou os experimentos. "Este trabalho traz uma peça importante para o quebra-cabeças do autismo. Ele mostra evidências do comprometimento funcional na conectividade cerebral no autismo e dá um passo rumo a uma melhor compreensão desta desordem. Quando você entende o problema em nível biológico, é possível imaginar como o distúrbio se desenvolve, quais são os fatores que o causam, e como podemos mudar isso. "
A pesquisa envolveu cerca de 80 pacientes com autismo com idades entre 10 e 35 anos e levou cerca de um ano e meio para ser concluída. O próximo passo será um estudo de longo prazo, que acompanhará 100 pacientes ao longo do tempo.

Cães ajudam a diminuir estresse em crianças autistas, segundo pesquisa



Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que estes cães podem ajudar crianças autistas em situações sociais e a melhorar a sua rotina diária. Mas o novo estudo é o primeiro a mostrar que eles podem trazer benefícios fisiológicos também.

O autismo é uma série de condições em que as crianças têm problemas para se comunicar, interagir com os outros e se comportar adequadamente em situações sociais.
Os pesquisadores mediram os níveis de cortisol na saliva de 42 crianças com autismo. Normalmente, a produção de cortisol atinge picos cerca de 30 minutos depois que uma pessoa acorda, e diminui ao longo do dia.
A resposta do cortisol ao acordar das crianças foi medida antes, durante e após o cão-guia ser introduzido na família. Os cães foram treinados para serem obedientes e manterem a calma, mesmo em ambientes caóticos.
Os resultados mostram que os cães tiveram um grande impacto sobre os níveis do hormônio do estresse das crianças. Os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, diminuíram nas crianças após um cão-guia ser introduzido na família. Os cães também melhoraram o comportamento das crianças, reduzindo o número de problemas relatados pelos pais.
Nas duas semanas antes de os cães serem trazidos às casas, os níveis de cortisol das crianças aumentaram 58% durante os primeiros 30 minutos acordados. Mas quando os cães estavam presentes, essa resposta foi reduzida para um aumento de apenas 10%. E, após quatro semanas, quando os cães foram retirados das casas, a resposta do cortisol voltou a ter um aumento de até 48%.
Os pais também relataram uma diminuição de comportamentos problemáticos e perturbadores de seu filho, como birras, enquanto o cão estava presente. A média do número destes comportamentos caiu de 33, nas duas semanas anteriores à presença do cão, a 25 enquanto o animal fez parte da família.
Mas, por enquanto, os pesquisadores disseram que o efeito do cortisol reduzido na criança ainda não pode ser determinado. No entanto, estudos com adultos têm ligado aumentos do hormônio ao aumento do estresse geral, e a diminuição do hormônio a um estado mental positivo.
Mais pesquisas precisam ser feitas em crianças autistas para descobrir se estas diminuições nos níveis de cortisol na verdade correspondem a uma mudança nos seus níveis de estresse.

Muitos estudos já apontavam os benefícios dos cães-guias para crianças com autismo, e agora, um dos objetivos dos pesquisadores é saber por que os cães diminuem os níveis de cortisol delas. Por exemplo, pode ser que os cães ajudem as crianças a dormirem melhor, o que pode ter afetado os níveis de cortisol. [LiveScience]

AUTISMO BLUMENAU- Município garante ajuda até dezembro, apesar dos cortes feitos na equipe e no número de atendimentos

A verba federal para as Apaes é encaminhada ao Estado, que divide o dinheiro proporcionalmente ao número de atendimentos realizados. Além dos cortes na equipe e no número de atendimentos de Blumenau, as normas do SUS para serviços de reabilitação em deficiência mental e autismo determinam que os profissionais recebam por aluno atendido, e não por consulta individual, como ocorria até o ano passado. Com isso, a equipe multidisciplinar inteira recebe pela mesma consulta. Enquanto as Apaes não conseguem reverter a situação junto ao governo federal, a prefeitura garantiu quarta-feira, em reunião, que repassará até R$ 75 mil mensalmente até dezembro, de acordo com o número de atendimentos feitos.
– Estamos lutando para garantir os recursos para a Apae, pois não queremos que haja mais prejuízos para a estrutura – afirma o secretário de Saúde de Blumenau, Marcelo Lanzarin.
O secretário tenta, junto com o Estado, agendar uma reunião com o Ministério da Saúde para rever esta questão. A diretora da Apae, Ivone de Castro, acredita que a nova divisão da verba inviabilizou todas as Apaes, não só a de Blumenau, pois as entidades que têm uma estrutura montada não conseguirão sobreviver com poucos recursos e as que ainda sofrem de desestrutura, terão dificuldade para montá-la.

Telematrícula para educação especial começa na segunda-feira - TGD, Rett e Asperger

Ascom SEDF
Começam na segunda-feira (25/10) as inscrições de estudantes com deficiência ou transtorno global do desenvolvimento (TGD) pelo Telematrícula 156. A antecipação vale para inscrições de novos estudantes que buscam atendimento na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio.

A educação especial oferece atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência e TGD, que engloba autismo, Transtorno de Rett (anomalia genética que compromete progressivamente as funções motora e intelectual), Transtorno de Asperger (transtorno do desenvolvimento cerebral caracterizado por deficiências na interação social) e transtorno degenerativo da infância.
Os pais, responsáveis legais ou o próprio estudante (caso seja maior de 18 anos) podem ligar entre 25 e 31 de outubro para o número 156.

Primeira fase

O atendimento do Telematrícula vai das 7h às 21h, de segunda a sexta-feira; e das 8h às 18h aos sábados, domingos e feriados.

Para facilitar a inscrição, ao ligar para o 156, é preciso ter em mãos as seguintes informações:

- Nome completo do aluno,

- Data de nascimento (dia, mês e ano),

- Nome da mãe,

- Tipo de deficiência ou TGD,

- Endereço completo, com CEP (pode ser o da residência ou do trabalho do responsável ou do próprio aluno, quando maior de idade)

Segunda fase

A segunda fase da matrícula será de 3 a 9 de novembro. Neste período, os pais ou responsáveis, acompanhados do estudante, devem comparecer à Diretoria Regional de Ensino (DRE) vinculada à escola onde o aluno foi inscrito. A DRE entrará em contato informando o dia para apresentação dos documentos.

Documentos necessários:

- Certidão de nascimento e/ou RG do estudante,

- RG dos pais ou responsáveis legais,

- Histórico escolar (para aqueles que já frequentaram a escola), bem como quaisquer documentos relacionados à vida escolar do estudante,

- Laudo médico e quaisquer outros comprovantes do quadro clínico do estudante.

Terceira fase

A inscrição pelo Telematrícula e o comparecimento à DRE não garantem a vaga. O estudante só terá a vaga assegurada apartir da efetivação de matrícula, que ocorrerá entre 3 e 14 de janeiro de 2011.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DESESPERO PELA CURA DE AUTISMO


por Nancy Shute em Scientific American Brasil

Mat: Jim Laidler no início resistiu às terapias
atuais, mas, por desespero, experimentou-as
mesmo assim em seus fi lhos

QUANDO SE DIAGNOSTICOU AUTISMO em Benjamin, seu primogênito, Jim Laidler e sua esposa começaram a buscar ajuda. “Os neurologistas diziam: ‘Não sabemos as razões para o autismo nem quais serão as consequências para seu filho’”, relata Laidler. “Ninguém dizia: ‘Essas são as causas; esses, os tratamentos.”
Mas, ao pesquisarem na internet, os Laidlers, moradores de Portland, no estado americano de Oregon, encontraram dúzias de tratamentos “biomédicos” que prometiam amenizar ou mesmo curar a incapacidade de Benjamin de falar, interagir socialmente ou controlar seus movimentos. E, assim, os Laidlers testaram essas terapias em seus fi lhos; começaram com vitamina B6 e magnésio, dimetilglicina e trimetilglicina – suplementos nutricionais –, vitamina A, dietas livres de glúten e caseína, secretina – hormônio envolvido na digestão – e quelação, terapia medicamentosa destinada a eliminar chumbo e mercúrio presentes no organismo. Aplicaram esses supostos tratamentos a David, irmão caçula de Benjamim, também diagnosticado com autismo. A quelação não pareceu ser de muita ajuda. Foi difícil perceber qualquer efeito decorrente da secretina. As dietas trouxeram esperança; para onde fossem, os Laidlers carregavam a própria comida. E Papai e Mamãe continuaram a alimentar os garotos com inúmeros suplementos, modifi cando as doses de acordo com cada alteração comportamental.
O primeiro sinal de fracasso dessas experiências veio quando a mulher de Laidler, cada vez mais cética, interrompeu a administração dos suplementos a Benjamin. Ela esperou dois meses para revelar esse segredo ao marido. Seu silêncio chegou ao fi m quando Benjamin, em uma viagem da família à Disneylândia, pegou um waffl e de cima de um bufê e o devorou. Os pais observaram a cena horrorizados, convencidos de que o garoto teria uma regressão do quadro no mesmo instante em que sua dieta restrita fosse interrompida. Mas isso não aconteceu.
Jim Laidler tinha o dever de saber disso: é anestesista. Desde o começo, estava ciente de que os tratamentos usados em seus fi lhos não passaram por testes clínicos aleatórios,o padrão-ouro para terapias médicas. “No princípio, tentei resistir”, justifi ca. Mas a esperança venceu o ceticismo.
Todos os anos, centenas de milhares de pais sucumbem à mesma tentação de encontrar algo capaz de aliviar os sintomas de seus sofridos fi lhos e fi lhas: ausência de fala ou comunicação, interações sociais ineptas, comportamentos repetitivos ou restritos, como bater palmas ou fi xar-se em um objeto. De acordo com alguns estudos, quase 75% das crianças autistas recebem tratamentos “alternativos” não desenvolvidos pela medicina convencional. Além disso, essas terapias frequentemente são enganosas; não passam por testes de segurança ou efi cácia, podem ser caras e, em alguns casos, produzir danos.

Nancy Shute Nancy Shute cobre as áreas de neurociência e saúde infantil há mais de 20 anos. É editora colaboradora do U.S. News & World Report, para o qual escreve o blog On Parenting.

SEM CAUSA, SEM CURA

AUMENTA MUITO A DEMANDA PARA O TRATAMENTO DE AUTISMO, pois mais crianças estão sendo diagnosticadas sob critérios cada vez mais amplos. No início dos anos 1970, quando o autismo era conhecido como “psicose infantil” – mistura de défi cits sociais e defi ciência mental –, considerava-se essa condição rara. Os pediatras recomendavam aos pais já afl itos de uma criança de 8 meses que, por exemplo, não fazia contato ocular que “dessem tempo ao tempo”.

Estudos indicavam, nos Estados Unidos, que cerca de 5 crianças em 10 mil apresentavam autismo, mas essa proporção aumentou quando os médicos redefi niram a condição como transtorno do espectro autista, que inclui sintomas mais leves. Com a publicação, em 1994, da versão atualizada da bíblia da psiquiatria, o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, conhecido como DSM, incluíram-se a síndrome de Asperger – condição altamente incapacitante, popularizada pelo fi lme Rain Man – e um grupo abrangente, denominado “transtornos invasivos do desenvolvimento, sem outra especifi cação”. Os médicos também começaram a perceber os benefícios do diagnóstico e tratamento precoces. Em 2007, a Academia Americana de Pediatras recomendava a avaliação universal para autismo de todas as crianças entre 18 e 24 meses. Nessa época, a taxa de incidência de autismo disparou para 1 em 110 crianças.

É controverso dizer que diagnósticos mais sofi sticados refl etem um aumento real dos casos, pois pouco se sabe sobre as causas desse problema. “Na grande maioria dos portadores de autismo, não conseguimos identifi car nenhum fator genético claro”, indigna-se David Amaral, diretor de pesquisa do Instituto Mind, ligado à University of California em Davis, e presidente da Sociedade Internacional de Pesquisa do Autismo. Não há biomarcadores disponíveis para indicar as crianças sob risco nem para aferir a efi cácia dos tratamentos. O conjunto mais substancial de pesquisa está relacionado às intervenções comportamentais destinadas a ensinar interação social e comunicação, que parecem ajudar de várias formas algumas crianças.

A falta de terapias empiricamente comprovadas torna mais fácil “vender a esperança”, trabalho dos vendedores de tratamentos não testados. “O que se tem é uma combinação de pseudociência e fraude”, considera Stephen Barrett, psiquiatra aposentado de Chapel Hill, na Carolina do Norte, que escreve sobre terapias médicas duvidosas em seu site Quackwatch.com. “Os pais estão sob grande estresse. E querem ajudar muito seus fi lhos a melhorar. Com o tempo, percebem uma recuperação, mas dão créditos às coisas erradas.” Esses ganhos não são decorrentes do “tratamento”, elucida o psiquiatra, mas do desenvolvimento da criança com o passar dos anos.

Proliferam na internet os vendedores de fórmulas mágicas. Um site afi rma que os pais podem “combater o autismo de seus fi lhos” ao comprar um livro de US$ 299; outro veicula um vídeo de “uma menina autista que apresenta melhoras após receber injeções de células- tronco”. Muitos pais confessam obter informações da internet e, segundo o cientista associado do Centro de Estudo Infantil de Yale, Brian Reichow, “vários deles se baseiam em relatos fantasiosos, amigos ou outros parentes”. “Quando se trata de autismo, a pesquisa não sobrepujou os tratamentos.”
MATÉRIA NA ÍNTEGRA:

parte 04
parte 05
parte 06
parte 07
parte 08

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Recém-nascidos com icterícia têm mais risco de autismo - Segundo estudo dinamarquês


Os cientistas detectaram em crianças nascidas na Dinamarca entre 1994 e 2004 que aquelas que sofriam de icterícia tinham 67% mais possibilidades de ser autistas.
A icterícia do recém-nascido é provocada geralmente por uma produção excessiva de bilirrubina, uma substância produzida durante a destruição de glóbulos vermelhos pelo organismo.
No total, 60% das crianças recém-nascidas padecem de icterícia, e o fenómeno é reabsorvido naturalmente após algumas semanas, mas uma exposição prolongada a taxas elevadas de bilirrubina é neurotóxica e pode provocar problemas de desenvolvimento a longo prazo.

Pai de um autista - Ele viu o valor dos diferentes e cria empregos

Pai de um autista, o dinamarquês Thorkil Sonne abriu uma consultoria de tecnologia da informação para empregar portadores da doença. O resultado: um negócio lucrativo e preciosas lições de vida
Por IVAN PADILLA
UM BOM NEGÓCIO Thorkil Sonneno jardim
de sua consultoria, a Specialisterne: em cinco anos,
faturamento de 2 milhões de euros
Lars começou a apresentar os primeiros distúrbios de comportamento assim que entrou no jardim de infância, aos 3 anos. Em vez de brincar com os amiguinhos, passava horas solitariamente, entretido com os próprios brinquedos. A rotina não variava, do momento em que chegava até o sinal da saída. As palavras, antes abundantes, começaram a faltar. Seus dois irmãos mais velhos, Anders e Rasmus, de 10 e 7 anos, nunca haviam demonstrado nenhum problema de fala ou de relacionamento. Algo parecia errado com Lars.

Era início de 2000. Poucos meses depois, Thorkil Sonne e sua mulher, Annete, moradores de Copenhague, na Dinamarca, receberam o diagnóstico de seu filho: autismo. “Todos os nossos planos desabaram”, disse Sonne a Época NEGÓCIOS. O autismo manifesta-se de forma diferente em cada pessoa – por isso, é tratado como um espectro de transtornos. Mas alguns sintomas são comuns. A comunicação, a interação social e a capacidade de imaginação são sempre afetadas. Não existe cura. A pessoa nasce e morre com a doença.

Sonne começou a frequentar associações de apoio aos pais e a acompanhar atentamente o comportamento dos portadores da doença. Descobriu neles muitas habilidades. Autistas podem ser extremamente atentos e capazes de permanecer concentrados na mesma atividade por muito tempo. Também conseguem seguir instruções com facilidade e têm boa memória. Como não gostam de surpresas, percebem facilmente qualquer alteração em um padrão.

Qualidades como essas seriam úteis em diversas áreas de atividade, pensou Sonne. Mas que serviços seriam? Em que empresas estariam esses postos? Sonne pesquisou possíveis mercados de trabalho. Em 2004, quatro anos depois do diagnóstico do filho, pediu demissão da TDC, a companhia dinamarquesa de telecomunicações, e abriu uma consultoria de tecnologia da informação na sala de casa. Ele mesmo daria emprego a portadores de autismo. O nome escolhido para a empresa foi Specialisterne, ou Os Especialistas.

Foi uma ação solidária, de inclusão social, sem dúvida, mas não apenas. A iniciativa logo se mostrou um negócio lucrativo. Em cinco anos de atividade, a empresa atingiu faturamento de 2 milhões de euros. Possui dois escritórios na Dinamarca e até o fim deste ano terá aberto filiais em Glasgow (Escócia) e em Zurique (Suíça). Seu maior cliente é a Microsoft. Dos 60 empregados, 43 são portadores de autismo. Sonne foi procurado por mais de 50 instituições europeias interessadas em implantar projetos semelhantes. Neste semestre, o caso da empresa fará parte do programa de ensino da Harvard Business School, a escola de pós-graduação em administração de Harvard. “A razão do sucesso é simples”, afirma Sonne. “Ninguém faz melhor esse trabalho do que eles.” Entre os serviços oferecidos pela consultoria estão testes e desenvolvimento de interfaces de sites e aplicativos para softwares. “Uma pessoa normal consegue checar um manual de instruções uma, duas, três vezes. Mas depois a atenção se dispersa”, diz Sonne. “Nossos funcionários conseguem pegar uma contradição entre a introdução e o último capítulo.”

PENSAR DIFERENTE

A minúcia na checagem de informação é essencial nesse setor. “Essas tarefas são desempenhadas por profissionais iniciantes”, diz Antônio Carlos Guedes Júnior, analista da Topmind, consultoria brasileira especializada em tecnologia da informação. “Falhas, infelizmente, são comuns”, diz Guedes. A taxa de erro registrada na consultoria dinamarquesa, de acordo com Sonne, é de 0,5%. Nas empresas convencionais, a média é até dez vezes maior.

Cerca de 80% dos empregados da consultoria são homens, devido à alta incidência da doença na população masculina. Têm entre 19 e 46 anos. Todos ganham salário. O expediente é de 15 horas semanais. Os escritórios assemelham-se a qualquer outro. Cada empregado tem uma mesa com computador. A diferença está no zelo com a ordem. Autistas precisam de ambientes tranquilos. Muitos serviços são prestados fora da sede. Os clientes, então, são orientados a manter o escritório em silêncio e a falar com eles sem ironia ou sarcasmo. “Autistas não conseguem filtrar o tom de uma conversa”, afirma Sonne.
Os funcionários passam por um treinamento de cinco meses. Os testes de aptidão são feitos com um robô da Lego desenvolvido com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um brinquedo que exige atenção, paciência e lógica. As peças de encaixar vêm com um software e um motor com sensores infravermelhos. O robô pode ser programado no computador para desempenhar funções como buscar objetos. Os dados são transmitidos por Bluetooth. Sonne teve a ideia de usar os pequenos tijolos coloridos ao ver seu filho montar objetos complexos com os pinos e blocos.
A trajetória bem-sucedida da consultoria dinamarquesa deixa algumas lições. Virou lugar-comum nas empresas a valorização do trabalho em equipe. “Mas as corporações não deveriam apenas olhar para as habilidades sociais”, diz Sonne. “A diversidade também é essencial. As empresas precisam de pessoas que pensam diferente. E autistas pensam diferente.” Para eles, trabalhar tem função terapêutica. “Eles se sentem mais confiantes”, diz Sonne.
O pequeno Lars, que inspirou a Specialisterne, tem hoje 13 anos. Quando completar 18, quer trabalhar na consultoria. “Mas por dois ou três anos. Depois disso ele quer ser motorista de trem”, diz o pai. É uma tarefa complexa para os autistas, que costumam entrar em pânico quando precisam tomar decisões. Se pudesse realizar seu sonho, Lars seria um maquinista muito atento.


O TREINAMENTO_Sonne (ao fundo) observa funcionários autistas de sua consultoria montarem robôs com peças do brinquedo Lego: criados em parceria com o MIT, os robôs são usados para testar a capacidade de atenção, paciência e lógica

 

Curso na AMA - Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs)


Tutor: Carolina Dutra Ramos


Atividades Básicas de Vida Diária (ABVDs) são aquelas envolvidas nos cuidados pessoais, tais como escovar os dentes, usar o banheiro, vestir-se, alimentar-se, etc. Ao dominar as ABVDs a pessoa com autismo aumenta sua independência e melhora suas possibilidades de inclusão social, participando mais ativamente do ambiente em que vive. Este curso conceitua as ABVDs e propõe estruturas que auxiliem no treinamento/aprendizado das habilidades necessárias. É um curso de 4 horas, das 8h às 12h.


Local: Rua Luis Gama, 890, Cambuci - São Paulo, SP.
Turmas:


Valor de R$ 80,00 até 30-10-2010, após acréscimo de 50%, valor R$ 120,00


06/11/2010 08:00

Diário de uma autista: Gabriela (enviada de Deus)

Olha que email gostoso que eu recebi hoje!

É da Mariel, mãe da Gabriela. Conheci a Mariel no 1º Encontro Brasileiro de Pesquisa em Autismo em Porto Alegre/RS, em abril deste ano. Essa mamãe me enviou email para compartilhar sua alegria por ter publicado em uma revista a história da Gabriela, sua filha autista.
Me enviou o texto na integra e fotos da gatinha. Que linda!!!

Mensagem especial para a Mariel:
Claro que eu me lembro de você! Nos conhecemos no intervalo da palestra do Dr. Carlos Gadia enquanto eu divulgava o blog. Me me falou com tanto amor da sua filha. Como eu poderia esquecer! Anotei seu email e desde de então envio mensagens. Muito bom saber que o CAMINHOS DO AUTISMO tem sido informativo e acolhedor pra sua família. Continuamos juntas CAMINHANDO!

Como você mesma escreveu: "Vamos divulgar cada vez mais o assunto e mostrar que com amor tudo é possível."


"Sorriso que ilumina nossos dias..."
 Abaixo texto na íntegra e foto da Gabriela.
Esperamos pela publicação! Conte comigo sempre.
Um abraço a todos!
Amanda Bueno

TEXTO ENTREVISTA VICK
Diário de uma autista: Gabriela ( enviada de Deus)

Muitas vezes me pedem para contar: Como é ser uma mãe de autista? como descobrimos? Como diagnosticamos? Como é nossa vida? Como é seu tratamento? Como criamos uma criança especial?

Para contar um pouco dessa experiência única e abençoada vamos dividir com vocês leitores nossa história através de trechos de um diário dedicado a nossa amada Filha, que escrevo desde que ela foi gerada.

1 ano e 5 meses- Querida filha, foi nessa idade que tivemos certeza de que algo não estava certo, pois vínhamos percebendo muitos comportamentos diferentes em você. Tais como: Não responde ao chamado do seu nome, faz pouco contato com o olhar, ainda não fala nada, não utiliza gestos para compensar a falta da fala, não aponta objetos, prefere ao invés de brincar com seus lindos brinquedos brincar com pedrinhas, folhas, prendedores, medindo e comparando os tamanhos de cada um, separa os legos por cores e tamanhos, não imita nada nem ninguém, Não gosta que outros adultos ou crianças toquem em você, não entende o que te pedimos ou te explicamos, chora muito e irrita-se quando tentamos te ensinar as coisas, apresenta estereotipia de bater os braços e mãos como uma borboletinha. Monta sozinha quebra cabeças além da sua idade.

Estamos angustiados pois até agora nenhum médico nos deu um parecer sobre o que tens. Mas não se preocupe por que acima de qualquer coisa você tem nosso amor e estamos fazendo de tudo para buscar ajuda e estaremos sempre do teu lado.

07 de março de 2008- 1 ano e 9 meses- Gabriela hoje levamos você em Santa Maria em uma Psicopedagoga e depois de tantas consultas, tantos exames, tivemos um diagnóstico que ao que tudo indica você apresenta Comportamentos do Espectro Autista, mas ainda precisa ser confirmado por uma Neuropediatra de POA que é especialista em Transtornos de desenvolvimento.

Em primeiro lugar, gostaríamos que você soubesse que esse “diagnóstico não muda em nada o amor incondicional que temos por você e sim vai nos dar uma caminho a seguir e te confesso que hoje estou com medo, assustada, angustiada, com o coração em pedaços, apertado e triste. Mas tudo isso se reduz quando olho nos teus olhos e vejo que sabes que te amamos muito e que és uma menina feliz e que deseja estar aqui do nosso lado e que seu mundo é aqui conosco. Minha menina mamãe jamais vai deixar que você se isole e se perca em nosso mundo, onde quer que esteja ou vá sempre vai querer voltar, pois saberá que teu lugar é aqui com as pessoas que te amam.

Filha, sei que esse é apenas o início de uma grande caminhada, mas agora sabemos por onde ir , mas principalmente “ Por que ir, ou melhor “por quem” e é por você nosso anjo de luz, e de amor que Deus nos confiou que seremos muito fortes, tenho certeza que sabia que serias muito bem vinda e acolhida em nossas vidas, mamãe sempre disse que você era especial e hoje tenho certeza que entenderemos o verdadeiro significado da palavra “ especial”. Todos juntos munidos de muito amor e fé iremos estar do teu lado.

Qual o caminho a seguir? 1 ano e 10 meses- Amor vivemos dias de dúvidas, estudo, dor, angústias mas sobre tudo de muita fé e amor. Finalmente depois de muita leitura, conversas, escolhemos teu tratamento, contratamos uma profissional especialista em Autismo que irá nos orientar em como agir com você e ajudá-la. Prometo a você sempre agir como o coração, fazer por você tudo aquilo que te fizer bem e te deixar feliz.

Filha se realmente “ é através dos olhos da mãe que uma criança descobre o mundo, a vida, meus olhos são teus meu amor.” Por isso sei que tudo vai dar certo, tua mãe está longe de ser uma mulher perfeita , mas o que não falta é amor no coração, força, alegria de viver, fé, determinação. Deus nos abençoe.

Início dos atendimentos- Seu primeiro atendimento começou na Apae, com a Estimulação precoce ( 1x por semana) com uma profissional experiente e comprometida. Escolhemos tua Fonoaudióloga( 3x por semana) pela confiança que tivemos nela, por sua dedicação e sinceridade. Sua escolinha tem sido incansável em nos auxiliar e ajudar, percebemos que você adora estar lá.

Filha sei que está sendo tudo bem difícil para você , pois estranhou essa rotina toda, e chorava muito, mas você como sempre se superando logo logo se adaptou e entendeu que era para seu próprio bem e se ajudou também.

2 anos e 2 meses- Amor da minha vida, conseguimos uma vaga para você na Equoterapia, ainda chora muito, pois é mais uma coisa nova na tua vida, estranha o local, as pessoas, mas sei que tudo vai dar certo a equipe é bem preparada e orientada , e fazem seu atendimento com muito amor.

3 anos- Princesinha de nossa vida, você deu um salto em teu desenvolvimento, seu olhar está muito expressivo, nos mostra teus desejos e teus sentimentos através dele.

Amor teu tratamento continua o mesmo 3x na fono, 2x na estimuladora , 1x na equoterapia e mais acompanhamento em casa.

Tua força de vontade é invejável, creio que tuas primeiras palavras estão bem próximas, pois percebemos que hoje tens prazer em realizar tuas atividade, tua imaginação parece estar despertando, estás imitando bastante e o faz de conta está começando a existir para você. Amada não usa mais fraldas.

Na equoterapia então, a cada dia se supera e nos mostra habilidades novas, anda sozinha no cavalo, com as terapeutas do lado, põe sozinha o capacete, alimenta o cavalo, solta as mãos, acaricia o cavalo, dá beijos, uma gracinha.

Estamos tão felizes com você na escola também, pois estás completamente adaptada e incluída em todas as atividades possíveis, pois todos são incansáveis em te auxiliarem.

És a luz de nossos dias e nossa inspiração.

3 anos e 10 meses- Querida filha Gabriela...você nos surpreende mais e mais, só coisas boas pra te escrever. Estás falando muitas palavrinhas, imitando sons dos animais que você adora. Esses dias entrei em uma sessão tua com a Fono e fiquei encantada com o trabalho de vocês duas juntas. Senti muito orgulho e felicidade por você. Sabe filha às vezes me pego te olhando e não consigo esconder minhas lágrimas de felicidade, ao lembrar do quanto já caminhamos juntas e o quanto ainda temos que caminhar. Hoje me sinto mais forte, mais confiante e sei que você também e que a cada dia nos unimos mais ainda nessa busca, que hoje é nossa pois você já demonstra muito bem o que desejas.

Agradeço a Deus por estar crescendo assim, tão cheia de vida, de alegria, enchendo nossos dias de uma paz verdadeira, a paz do amor. Tudo que desejo nessa vida é ver você e seu irmão, que são a razão do meu viver, felizes, e espero poder ver os seus sonhos realizados, podendo abraçá-los em cada vitória, com nossa família muito unida.

4 anos- Dias felizes- Gabriela sempre vamos procurar fazer o melhor por ti, estamos sempre buscando aquilo que consideramos importante e correto para você e uma medida fundamental para isso é o bom senso e acima de tudo olhos bem abertos a teus sentimentos, anseios, medos , realizações e desejos. Iremos sempre respeitar em 1º. Lugar você como um ser humano que hoje já sabe bem o que deseja, o que gosta e o que não gosta.

Nenhum de nós conhece os mistérios da vida, nem seu significado definitivo, mas, “Acreditamos em você meu amor e sabemos que a vida é uma dádiva preciosas e que com amor, paciência e persistência tudo se torna possível.”

Quando as pessoas hoje perguntam: O que vocês fizeram para que a Gabriela esteja assim tão bem? Sempre respondo inspirada nas palavras de( Goethe ): Nós acima de tudo acreditamos e a tratamos como se ela fosse o que poderia ser e isso a ajudou a se tornar aquilo que era capaz de ser.

O Amor de sua família, amigos, profissionais, a permitiram fazer e realizar aquilo que parecia impossível. Agradeço a deus todos os dias as pessoas que estão do nosso lado pois sem eles certamente não teríamos conseguido.

Gostaríamos de deixar um recado a todos os pais que tem um filho Autista, que estão desconfiando que seu filho tenha o Transtorno: O seu papel , colaboração, afeto, paciência e disponibilidade são fundamentais no desenvolvimento de seu filho. Nunca neguem, escondam ou evitem falar sobre o assunto, pois quanto mais informadas as pessoas estiverem sobre seu filho mais poderão ajudar. Amor, amor, amor, paciência, paciência, paciência...




















































domingo, 10 de outubro de 2010

Secretário de Educação anuncia que EC 405 Norte não será fechada

Depois de dois meses de reuniões, manifestações e muito diálogo, a comunidade da Asa Norte conseguiu reverter o processo de fechamento da Escola Classe 405 Norte. A secretaria de educação havia decidido fechar a instituição de ensino e utilizar o espaço para a intalação do Centro Interescolar de Línguas (CIL), até 23 de dezembro, mas neste sábado (9/10) uma nova decisão mudou o destino dos 158 alunos atendidos pelo local, sendo 30 especiais, principalmente com autismo, psicose infantil, transtorno de deficit de atenção e hiperatividade.


Entidades e pais já haviam organizado um protesto, que se transformou em comemoração pela conquista - (Leonardo Arruda/Esp.CB/D.A Press)
Entidades e pais já haviam organizado um protesto,
que se transformou em comemoração pela conquista
Integrantes da associação de pais da escola, professores e representantes de entidades de defesa de pessoas portadoras de distúrbios haviam divulgado um ato de protesto neste sábado, mas antes mesmo de ele acontecer, na sexta-feira à noite, o secretário de educação, Sinval Lucas, anunciou que o fechamento seria revertido. “Está garantido o funcionamento da escola até o final de 2010 e em todo o ano letivo de 2011. Antes de se fazer uma mudança como essa é preciso ter um estudo”, enfatizou.

Segundo ele, o Plano Piloto tem espaço disponível para instalar o centro de línguas sem retirar os estudantes da instituição. “Vamos manter o CIL funcionando no Setor Leste até que a última turma se forme. Nesse meio tempo, é preciso conversar com os moradores, com os alunos e ver a real necessidade da vinda dele para a Asa Norte. Se constatado o pedido da população, encontraremos um local para fazer a mudança”, garantiu. “O que não podemos é tirar as crianças especiais de um lugar que elas já se acostumaram e são bem atendidas”, complementou o secretário.
A decisão foi aplaudida de pé por todos aqueles que lutavam pela causa. O presidente do Conselho Escolar e pai de um aluno autista, Valmir Ferreira Gomes, viu o filho mudar de atitude depois de ir para a Escola Classe. “Nunca pensei que meu filho pudesse ler e aqui ele conseguiu. Além disso, o Renan está sociabilizado. Este é o maior ganho, ver que ele rompeu barreiras e saiu de um mundo particular para interagir com as pessoas”, alegrou-se.

Quando Renan Lira Gomes tinha apenas 5 anos, o pai se mudou de Sobradinho, onde morava, para se instalar na Asa Norte, apenas por procurar um ensino de qualidade para o filho. Valmir era viúvo e encontrava dificuldades para lidar com o autismo, mas encontrou na escola um novo refúgio. Seis anos depois, viu a possibilidade do sonho acabar com a decisão da secretaria. A reversão desse quadro manteve as esperanças acesas e a vontade de lutar pela continuidade dela ainda mais aflorada.
Tanta comoção se dá ao ensino de excelência oferecido pelo local. Embora o governo tivesse alegado que ela poderia ser fechada por ter poucos alunos matriculados, esse é justamente o motivo do atendimento diferenciado. Uma criança autista fica nervosa com a presença de muitas pessoas em um mesmo local e tem o aprendizado muito inferior ao que deveria. Com o número de estudantes que a escola possui hoje é possível atender dois alunos por professor e trabalhar a integração nas turmas maiores depois de se perceber uma evolução do autista.

DISTÚRBIO

O autismo é uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente a determinados ambientes. No Brasil, de cada 500 nascimentos um bebê é autista. No mundo, eles representam 1,5% da população.
 
por Manoela Alcântara.
Publicação: 10/10/2010 08:47 Atualização: 10/10/2010 09:02


sábado, 9 de outubro de 2010

Carro mais barato facilita a inclusão - Desconto!

DEFICIÊNCIA > Desconto para portador de necessidades especiais chega a 30%

Sérgio Machado:
pessoas com deficiência
têm ido em busca de seus direitos

Sérgio Machado: pessoas com deficiência têm ido em busca de seus direitos
Não é por falta de automóvel que as pessoas portadoras de deficiência (PPDs) congênita ou adquirida vão ficar isoladas em suas casas. Com incentivos dos governos federal e estadual, elas podem adquirir seu carro de passeio com descontos de até 30% sobre o valor da nota fiscal. Só em Santa Cruz do Sul, existem trinta processos em andamento.
Há quase duas décadas, o Brasil possui lei que concede isenção tributária para PPDs. Por vários anos, no entanto, ela contemplava apenas portadores de deficiência física ou paraplégicos, devidamente habilitados. Em 2003, a legislação foi modificada pelo governo federal, beneficiando também os portadores de deficiência visual, mental severa ou profunda e autistas, e vítimas de acidentes que ficaram com sequelas.

O despachante Sérgio Machado, de Santa Cruz do Sul, é especializado no encaminhamento da documentação exigida para a compra, atendendo a diversos municípios dos vales do Rio Pardo e Taquari. Conforme ele, as novas regras abriram a possibilidade de mais pessoas se beneficiarem e elas estão indo atrás desse direito. Este ano, dezenas de negócios já foram fechados. “Só hoje, estamos com trinta processos em andamento.” O veículo adquirido deve ser de fabricação nacional e não pode custar mais de R$ 70 mil.
PREÇOS
As aquisições podem ser realizadas diretamente pelo portador de deficiência ou por intermédio de seu representante legal (curadores ou parentes de primeiro grau). Picapes e furgões não têm direito ao desconto.

Na véspera dessa entrevista, Machado emplacou um veículo completo, inclusive com câmbio automático. O preço de tabela era de R$ 64.480,00 e a pessoa pagou R$ 46.736,00. Os carros populares, em média, saem por R$ 20 mil.

Comprador

•• Pessoas portadoras de deficiência física (aquela que apresenta alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia ou hemiparesia.


•• Portadores de membro com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.


•• Portadores de deficiência visual, mental, severa ou profunda, paralisia cerebral e autistas.


•• Amputados e pessoas com ausência de algum membro.
Janaína Zilio/Ag. Assmann

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Curso de Histórias Sociais na AMA 30/10

Estudo liga Déficit de Atenção e Hiperatividade a alterações no DNA

Artigo polémico defende que TDAH tem apenas causas genéticas




Anita Thapar é investigadora do Departamento de Neurologia da Universidade de Cardif
 Num artigo recentemente publicado na revista «Lancet», investigadores da Universidade de Cardiff (País de Gales, Grã-Bretanha), são apresentadas evidências de origem genética para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Os investigadores, liderados por Anita Thapar, acreditam que esta condição, que afecta crianças (e não só) em todo o mundo resulta de um problema do cérebro – tal como o autismo, por exemplo – e não de factores educacionais ou sociais. No estudo compararam-se partes do DNA de 366 crianças diagnosticadas com TDAH e de 1046 que não sofrem desta condição.


A equipe de Cardiff constatou que 15 por cento das crianças com o distúrbio tinham alterações raras no DNA, em comparação com apenas sete por cento do outro grupo. No entanto, estes dados não convencem outros especialistas, pois não consideram o número significativo.
Tim Kendall, do Royal College of Psychiatrists, citado pela BBC, considera que associar exclusivamente a doença a causas genéticas pode resultar em tratamentos incorrectos, pois esta é uma mistura de factores genéticos e ambientais.
Outro especialista, Olivier James, psicólogo infantil, diz que estudos anteriores têm também em conta o efeito da ansiedade durante a gravidez e as dificuldades de relacionamento entre as mães e os bebés logo após o nascimento.
A equipa que realizou o estudo agora publicado entende que não há provas directas que liguem os factores ambientais ao TDAH e que esta suposta ligação é “estigmatizante” para quem sofre do problema.


Artigo: Rare chromosomal deletions and duplications in attention-deficit hyperactivity disorder: a genome-wide analysis

I SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR SOBRE AUTISMO E EDUCAÇÃO



Dia 11/10 começam as inscrições para a quarta palestra do I SEMINÁRIO
TRANSDISCIPLINAR SOBRE AUTISMO E EDUCAÇÃO. O encontro será realizado em
Santa Maria (RS), dia 21 de outubro deste ano, das 19h às 20h30min, no
Auditório Audimax do Centro de Educação – prédio 16 da Universidade
Federal de Santa Maria. As inscrições ocorrerão de duas formas:

1) Inscrições presenciais: Para professores, profissionais, familiares e
alunos de pós-graduaçãoserão feitas pela Internet
(www.ufsm.br/autismo/eventos). Já para os alunos de graduação as
inscrições presenciais deverão ser realizadas somente no hall do Centro de
Educação dia 14/10.

No dia da palestra estarão sendo feitas encomendas das camisetas do evento no
valor de R$20,00.
2) Inscrições à distância: serão realizadas somente através do site
www.ufsm.br/autismo/eventos para todos os interessados.

Atenção!

Para os inscritos à distância, pedimos que anotem o seguinte link,
http://www.multiweb.ufsm.br/web/ para que não aconteça transtornos para o
acesso no dia 21/10. Ao entrarem neste link os inscritos deverão clicar em
“evento ao vivo” e após isso procurar no cinco canais abaixo da tela o da
transmissão da palestra.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O CAMINHOS DO AUTISMO JÁ ESTÁ ENTRE OS CEM MELHORES DO PAÍS!

Muito obrigada a quem votou para o primeiro turno!
Já estamos entre os cem melhores do país.

  
Agora precisamos continuar com a votação para o segundo turno que inicia 10/10.

Conto com o apoio de vocês.

Mais uma vez muito obrigada!

Um abraço,

Amanda
*amandabueno.autismo@gmail.com

Clique aqui para votar!

http://www.topblog.com.br/2010/index.php?pg=Busca&c_b=1811754 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Workshop Autismo Intervenções e Acomodações do Modelo DIR/Floortime - CURITIBA

NOS VEREMOS LÁ!!!

Um grande abraço!

Amanda
*amandabueno.autismo@gmail.com

Gostaríamos de convidá-los para o Workshop Autismo Intervenções e Acomodações do Modelo DIR/Floortime que acontecerá em Curitiba- PR nos dias 15, 16 e 17 de outubro de 2010. Tendo em vista a importância deste assunto, peço que se possível você divulgue e repasse este email para todos os profissionais e pais.



Workshop Autismo em Curitiba O autismo é descrito por autoridades no assunto dos Estados Unidos e da Europa como uma epidemia atual. O Brasil não possui estatística sobre a síndrome. Dados de 2007 apontam apenas para uma estimativa. De acordo com o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), num universo de cerca de 190 milhões de habitantes, havia aproximadamente um milhão de casos de autismo.
 No mundo, segundo a ONU, acredita-se ter mais de 70 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. A incidência em meninos é maior, tendo uma relação de quatro meninos para uma menina com autismo. Na Inglaterra, há estudos de que o número possa ser de uma criança autista a cada 58 nascidos, conforme estudo da Universidade de Cambridge. Desde 2009, o Brasil tem atraído pais e profissionais interessados nos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID), em especial os do espectro autista.

No mesmo ano, a especialista em Desenvolvimento Infantil, Patrícia Piacentini, ministrou o primeiro workshop sobre o assunto. Em 2010, vários segmentos tomaram a iniciativa de promover cursos e debates a respeito do tema. Pela primeira vez no Parana, Patrícia, terapeuta em formação pelo Interdisciplinary Council on Developmental and Learning Disorders (ICDL), Instituto do DIR®/Floortime Model, USA, virá oferecer o Workshop Autismo: Intervenções e Acomodações através do modelo DIR/Floortime. O evento acontecerá entre os dias 15, 16 e 17 de outubro, no hotel Alta Regia, próximo ao circulo militar em Curitiba. Durante o encontro, haverá o lançamento do livro Autismo: aprender brincando, um guia de orientação para pais.

Modelo DIR/FloortimePodemos dizer que o modelo DIR/Floortime não é simplesmente uma terapia ou programa de intervenção. Nele, o foco não está sobre os sintomas, mas sobre a compreensão do funcionamento de cada criança em particular, das formas únicas de organizações como um caminho apresentado para a intervenção. Criada pelo Dr. Greenspan, juntamente com a Dra. Serena Wieder, nos EUA, na década de 1990, a sigla DIR significa um modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças Individuais e na Relação. O DIR é geralmente referenciado como Floortime, que é parte do guarda-chuva desse modelo. O DIR incide numa avaliação e intervenção associada à abordagem Floortime, que busca o envolvimento e a participação da família, com as diferentes especialidades terapêuticas (Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Psicologia etc), além das articulações e da integração nas estruturas educacionais.

 

 
Workshop Autismo Intervenções e Acomodações através do modelo DIR/Floortime 15, 16 e 17 de outubro de 2010.

O evento vai proporcionar aos familiares e profissionais (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, etc), conhecimentos sobre as intervenções e acomodações baseado no modelo DIR/Floortime. Este modelo baseia-se numa leitura perceptual dos estímulos e respostas sensoriais e individuais em cada criança, considerando dificuldade no campo neuro-motor , assim como os aspectos nutricionais, biomédico e sobre tudo relacional.

Público Alvo: Pais, familiares, educadores e profissionais da saúde

Local: Altareggia Plaza Hotel - Endereço: Dr. Faivre 846 - Centro Curitiba-Pr

Informações e inscrições: workshop.autismo@hotmail.com


Ana Lucia(41) 9905-7939
Workshop Curitiba

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