quinta-feira, 13 de maio de 2010

FIOCRUZ DESENVOLVE EXAME INÉDITO, E MAIS CONFIÁVEL , PARA AUTISMO

 Amigos,
Atenção para esta notícia. Estes estudos só são confiáveis quando possuem continuidade e comprovação.
Sei que é muito bom ler um notícia desta, mas cuidado com alarde!
A fonte é exclusividade da VEJA.com. Não é fonte científica. O estudo ainda não foi publicado! Os testes foram feitos com uma mostragem muito baixa.
Apenas 16 autistas. Atenção!
Esperança é sempre bem-vinda.
Um grande abraço,

Exclusivo VEJA.com | Medicina

Fiocruz desenvolve exame inédito, e mais confiável, para autismo

23 de outubro de 2009

O Brasil está desenvolvendo um exame laboratorial inédito para o diagnóstico do autismo, uma alteração caracterizada por isolar seu portador do mundo ao redor. O método promete ser uma alternativa mais confiável aos testes de laboratório hoje usados para identificar a doença. "Ainda estamos em fase de estudos, mas os resultados são promissores", diz o pesquisador responsável, Vladmir Lazarev, do Instituto Fernandes Figueira, centro de pesquisas ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. "Testamos o método em 16 autistas jovens e obtivemos dados homogêneos, muito significativos estatisticamente. Agora, queremos fazer novos testes. A previsão é de que o exame esteja pronto em até cinco anos."
De acordo com Lazarev, cientista russo radicado no Brasil há 15 anos, a vantagem do novo método está no uso da foto-estimulação rítmica. O recurso torna o exame mais completo que outros. Em linguagem comum: durante o já usual eletroencefalograma, projeta-se sobre o paciente uma luz que pisca de forma ritmada, estimulando os neurônios do cérebro a acompanhar no mesmo ritmo. Como o autismo é uma doença do cérebro, a reação deste ao estímulo luminoso pode indicar se ele apresenta alterações que podem se relacionadas à doença.
Os 16 autistas examinados durante a pesquisa, por exemplo, apresentaram deficiência no lado direito do cérebro. Nesta parte, que é responsável pelas habilidades sócioafetivas da pessoa - confira aqui quadro sobre o cérebro -, a atividade elétrica cerebral dos pacientes seguia o ritmo da luz, mas de maneira mais atenuada. "Com isso, podemos concluir que há uma deficiência funcional no hemisfério cerebral direito do autista", explica Lazarev.
Exames como a eletroencefalografia, se empregados com o paciente em estado de repouso, não detectam alteração na atividade elétrica do cérebro. Os resultados, portanto, nem sempre são satisfatórios quando não são empregados métodos de estimulação..

Arte de Luciana 
Souza


Diagnóstico complexo - Os métodos laboratoriais, chamados de métodos de tipo objetivo, complementam o diagnóstico do autismo feito clinicamente, quando o paciente é avaliado por médicos de diferentes especializações: pediatra, neurologista e fonoaudiólogo, além de um psicólogo. Ou seja, isoladamente, o parecer deve sempre ser associado aos exames de laboratório. "A dificuldade em diagnosticar clinicamente o autismo se deve ao fato de a doença, um mal neuropsiquiátrico funcional, ter aspectos parecidos com os de outras enfermidades", explica Lazarev. Daí a importância de um diagnóstico objetivo cada vez mais confiável.
A grande maioria dos doentes - entre 60% e 70% - tem comprometimento da linguagem, em níveis variáveis. O restante - de 30% a 40% - tem linguagem e inteligência normais e, tecnicamente, são chamados de autistas de alto desempenho. Embora sejam iguais aos demais na dificuldade de compreender o contexto em que se encontram, emitem menos sinais da doença, que pode demorar a ser identificada e tratada. Isso é um fator de risco.
Entenda melhor a doença - Segundo Adailton Pontes, parceiro de Lazarev na pesquisa, o autismo é considerado hoje não apenas uma doença, mas uma série de distúrbios de desenvolvimento capazes de comprometer a interação social, a comunicação social e as habilidades imaginativas. "O autismo não é uma coisa única, há várias formas de autismos que variam no grau de comprometimento das funções - mais leve, moderado, mais grave e com níveis diferentes de inteligência", diz o pesquisador.
A base da doença é genética. O papel do ambiente - das influências externas recebidas pelo autista - ainda é desconhecido. "O que se sabe é que a pessoa nasce com predisposição para o autismo e, já a partir dos dois anos pode apresentar os primeiros sinais da doença, como a ausência de linguagem e a dificuldade de brincar", conta Pontes. "O ideal é diagnosticar a doença até os três anos. Está provado que, quando se faz a intervenção precoce, o prognóstico é melhor. Eles não vão se curar, mas vão se desenvolver mais, vão superar algumas dificuldades que os outros podem não superar porque não foram estimulados."
O autismo não tem cura, mas o portador da doença pode tomar remédios contra sintomas específicos, como a agressividade.


2 comentários:

  1. Oi flôr, é verdade que a gente é bom ficarmos atentos a qualquer notícia sobre pesquisas e metodologias. Mas um dos médicos dessa pesquisa, Dr Adailton Tadeu Pontes, é o médicos do Breno e posso te assegurar que ele é um profissional muito sério e competente. E quando se trata de autismo ele é muito cauteloso mesmo. Não é atóa que ele é chefe da neuropediatria do Inst Fernandes Figeuira, além de ser especializado em autismo. Há anos ele só trata pessoas autistas. O Breno vai fazer parte de sua pesquisa tbm, estou aguardando a chamada para o teste de avaliação cognitiva.
    Todas as vezes que vou a seu consultório conversamos bastante e ele está sempre atento a me esclarecer dúvidas, uma pessoa muito humilde. E com relação a quantidade, acho que até o próprio Kanner avaliou 11 crianças e Asperger 3, é pouco tbm, mas não deixou de ser importante. E acredito tbm, que como lá no IFF já é um centro de pesquisa e é levado em consideração até mesmo siuas avaliações com outros tantos pacientes.
    Bjs linda, adoro seu blog

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  2. Com os cuidados que você bem advertiu, sugiro fazer um comentário adicional na parte que antecede o post mencionando que a "agressividade é um comportamento que pode ocorrer, necessitando de prescrição de remédios, mas não se configura como regra geral nos autistas"

    Continue sempre.

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